Do Diario de Pernambuco
Quando acredita-se que não dá para ficar mais quente do que a semana que passou, o tempo mostra que pode sim. Esta segunda-feira deve ser o dia mais quente do ano. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta a temperatura máxima de 33 graus e o nível de radiação ultravioleta (UV) chega ao seu número extremo, que é de 14. Quem for enfrentar o sol hoje não pode esquecer do protetor solar, do chapéu, óculos de sol e de beber bastante água. Ontem, a temperatura atingiu a máxima do ano, marcando 32,7 graus, segundo o Inmet, e o nível de radiação UV foi de 13. Marcas que devem ser batidas ainda hoje.
O meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) Vlamir da Silva Júnior explicou que o nível de radiação de UV está extremo e que somados a outro fatores pode aumentar a sensação de que o sol está castigando ainda mais. "O índice está elevadíssimo, mas é comum acontecer no verão. A máxima para o Recife amanhã (hoje) é de 33 graus eo nível de UV é 14. Mas a sensação vai depender também das nuvens, do vento e da umidade. Se está muito quente e muito úmido é pior. Se tem muito vento, acaba refrescando e as pessoas podem se expor mais ao sol", explicou.
Ontem, a falta de nuvens e o alto nível de radiação ultravioleta (UV) deixou a sensação de que o sol estava de rachar. A solução para muita gente foi ir à praia. Em pleno sol do meio-dia e sem uma nuvem no céu para amenizar os raios UV, o público lotava a orla de Boa Viagem. Teve gente que apostou no protetor solar e no guarda-sol para frequentar a praia no horário menos recomendado pelos dermatologistas.
O público que caminhava no calçadão da Avenida boa Viagem ou se amontoava entre cadeiras, cangas e toalhas estendidas pela faixa de areia sentia muito calor, mas nem pensava em deixar a orla. "Apesar do sol do meio-dia, vim caminhar, como faço todos os dias. Acordei mais tarde hoje, mas vim dar minha caminhada. Uso uma camisa especial (que ameniza o impacto dos raios solares na pele), chapéu e protetor solar fator 60 no rosto e 45 no corpo" explicou a comerciante Márcia Vilarim, 45 anos.
Antes de sair de bicicleta com o filho, Lucas, 9, e a neta, Maria Eduarda, 5, o empresário Ari Queiroz, 43, garantiu uma boa camada de protetor solar neles e nas crianças. "Estou achando hoje muito mais quente do que o normal. E esse horário só piora. A gente costuma vir mais cedo, mas hoje não deu", contou.
Na areia da praia, Livia Giseliu Alves, 23, passava o protetor, mas não se escondeu embaixo do guarda-sol. Ficou tomando sol de frente e de costas na cadeira de praia. "Eu fico no sol, mas de hora em hora reponho o protetor", disse. Para aguentar o calor, a estudante se refresca com cerveja. Ela e boa parte do público que se apertava entre os guarda-sóis fogem do calor assim.
Desde a semana passada quem está no Recife e em outras 12 capitais do país tem essa sensação é de que o sol nunca esteve tão forte, por conta desse nível máximo de radiação ultravioleta. Quando coincide com poucas nuvens, a sensaçãoé de que o sol nunca esteve mais forte. O cenário é típico do verão e deve se repetir até o fim da semana.
O Índice Ultravioleta (IUV) é acompanhado pela Somar Meteorologia e pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe). A medição é feita para um prazo de cinco dias com a intenção de medir a radiação do sol na superfície da terra e o efeito dele nas pessoas. A incidência dos raios é calculada de acordo com características geográficas e estações do ano. No Nordeste brasileiro, os índices permanecem na classificação extrema durante o verão por conta da posição do sol mais próxima ao hemisfério Sul. Isso significa que a escala permanece entre 11 e 14 IUV, variando de acordo com a nebulosidade.
Do Diario de Pernambuco
segunda-feira, 1 de março de 2010
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