domingo, 28 de fevereiro de 2010

As várias fomes de Marina




Belo texto comentando o preconceito contra Lula, Marina e tantos outros "Silvas" de origem humilde e que têm fome, muita fome... (nota do Blog)

Por José Ribamar Bessa Freire*

“Ai, meu Deus! / O que foi que aconteceu / Com a música popular brasileira”?

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política. A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.

“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito de roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?



O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não agüentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal. Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem….e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”. O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil.



Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.

♦ O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós- Graduação em Memória Social (UNIRIO).

Marina começa a montar a equipe

Publicado em 28.02.2010

Economista Eduardo Gianetti integrará equipe que formulará o programa de governo da presidenciável. Caio Túlio Costa atuará na área de comunicação

SÃO PAULO – Aos poucos, a pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC), começa a montar a sua equipe de governo. Na semana passada, a legenda confirmou que o economista Eduardo Gianetti da Fonseca aceitou convite para integrar a equipe que formulará o programa de governo da senadora. Gianetti, segundo o PV, aderiu voluntariamente à campanha e não será remunerado pelo trabalho de organização das propostas que os verdes defenderão nas eleições deste ano.
A equipe de Marina também está sendo reforçada na área de comunicação, com o jornalista Caio Túlio Costa e João Ramires, especialista em mídias sociais. A ideia é reforçar a atuação dos verdes na internet, a exemplo do que fez Barack Obama na eleição presidencial nos Estados Unidos.

Além de Gianetti, outros economistas aderiram ao núcleo de formuladores das políticas a serem defendidas pelo PV, entre eles José Ely da Veiga, da USP, João Paulo Capobianco, que foi secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente quando Marina comandava a pasta, e Beto Ricardo, diretor do Instituto Socioambiental. O sociólogo Orjan Olsen, que já foi diretor do Ibope, também vai ajudar Marina no setor de pesquisas.

O jornalista Caio Túlio Costa se juntará à equipe de jornalistas da MVL, de Mauro Lopes, contratada pelo PV para coordenar a assessoria de imprensa do partido e que tem o jornalista Nilson de Oliveira à frente. Ramires é um dos criadores da Migux, um game social acessado por crianças e adolescentes. “Marina vai explorar todas as mídias sociais na internet, como Twitter, Facebook e Orkut, para disseminar suas ideias e projetos, como fez Obama. Lideranças do PV, como Fernando Gabeira, já usam muito a internet”, disse um dirigente do PV.

Fonte: Jornal do Commercio

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Campanha Das “Arvoreatas” - Coluna Pinga Fogo do JC 27/02/2010

JC Imagem / 27-11-2009

Sérgio Xavier, Roberto Leandro e Marina Silva

Da coluna Pinga Fogo do Jornal do Commercio (27/02/2010)

A Campanha Das “Arvoreatas”
O PV inaugura na próxima visita de Marina Silva (foto) a Pernambuco, dia 30, “a campanha das arvoreatas”. O partido vai calcular a quantidade de CO2 emitida em cada carreata de Marina pelo Estado e compensá-la com o plantio de árvores. “Serão as nossas arvoreatas”, inovou Sérgio Xavier, presidente do PV.

Chega perto
Segundo o autor do projeto das “arvoreatas”, o presidente do PV pernambucano, Sérgio Xavier, existem hoje fórmulas relativamente simples de cálculo da emissão de CO2, cujo resultado, embora impreciso, é bastante aproximado da quantidade reduzida.

Matas do PV
O roteiro de Marina em Pernambuco será Recife, Gravatá, Escada e Garanhuns. E nessas localidades, filiados ao PV, proprietários de reservas de mata, disponibilizarão as áreas para o plantio de árvores que cubram o CO2 liberado nas carreatas de Marina Silva.

PLR do funcionalismo do BB deve ser até 30% superior à do primeiro semestre

Com o lucro de R$ 10,148 bilhões do Banco do Brasil em 2009, recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, o valor da PLR referente ao segundo semestre do ano passado deverá crescer por volta de 30% para os postos efetivos e caixas em relação ao primeiro semestre, segundo cálculo preliminar da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A Contraf-CUT está reivindicando do BB a antecipação do pagamento da PLR para 10 de março, mesma data da distribuição de dividendos do lucro aos acionistas.

O montante que o banco pagará de PLR relativa ao segundo semestre será superior a R$ 703 milhões, um aumento de 38% em relação aos R$ 509 milhões distribuídos no primeiro semestre de 2009. Mas como o número de funcionários aumentou em mais de 10 mil trabalhadores, a proporção no acréscimo do valor da PLR não será a mesma, devendo ficar na casa dos 30%.

Com isso, os postos efetivos, que no primeiro semestre de 2009 receberam R$ 2.890.48 de PLR, deverão embolsar agora algo em torno de R$ 3.700. E os caixas, que tiveram R$ 3.189,34 no semestre anterior, deverão receber mais de R$ 4.100. Os funcionários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro do ano passado receberão o equivalente a um sexto desses valores. Além desse valor, há ainda o módulo bônus para os comissionados.

Pelo acordo aditivo à Convenção Coletiva dos Bancários do ano passado, a PLR semestral do funcionalismo do BB é composta de 45% do salário mais R$ 512,00 fixos, mais 4% do lucro líquido distribuídos linearmente a todos os trabalhadores. "Esse modelo, conquistado em 2004 e que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, acabou se transformando em parâmetro para as reivindicações de PLR dos bancários dos demais bancos", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Caixa mais uma vez não avança na discussão de jornada e PCC/PFG

Foto: Augusto Coelho/Fenae

Em negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) a Caixa Econômica Federal frustrou as expectativas dos bancários e não avançou na discussão a respeito da diminuição para seis horas da jornada de trabalho para os ocupantes de cargos técnicos e de assessoramento vinculados ao Plano de Cargos Comissionados (PCC) de 1998. A reunião foi realizada nesta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, em Brasília (DF).

O único ponto positivo apresentado pela empresa foi o compromisso de adiar a implantação da nova jornada, inicialmente prevista para o dia 1º de março. Além disso, o banco concordou em discutir alternativas em uma comissão de trabalho, formada por representantes da CEE/Caixa e da empresa, sendo seus integrantes os seguintes: Jair Pedro Ferreira (Fenae e Fetec/CN), Antônio Luiz Fermino (Fetec/PR), Augusto Vasconcelos (Feeb BA/SE), Francisco de Assis Kuhn Magalhães (Feeb/RS), Sebastião Martins Andrade (Caixa), Wesley Cardoso (Caixa), Emílio Ângelo Carmigan (Caixa) e Luciano Peixoto (Caixa). Essa comissão se reúne nos dias 2 e 3 de março, em Brasília, e os pontos discutidos - os consensuados e não-consensuados - serão remetidos para negociação em mesa permanente.

Na reunião com a empresa, a representação nacional dos empregados reafirmou a reivindicação de respeito à jornada de seis horas para todos os trabalhadores, sem redução salarial. A Contraf-CUT deixou claro, mais uma vez, que não assinará acordo aditivo com diminuição de salários, sob qualquer hipótese.

PLR

No início da rodada de negociação, os representantes dos empregados entregaram correspondência à Caixa solicitando o imediato pagamento de parcela complementar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dado que o lucro líquido da Caixa em 2009 foi maior que a projeção apresentada durante a campanha salarial do ano passado. A Contraf-CUT - CEE/Caixa avalia que o crédito dessa complementação serviria como forma de estímulo a todo o corpo funcional, sem o qual esses relevantes resultados não seriam obtidos.

A Caixa concordou com a antecipação, mas não definiu ainda data do pagamento, que será divulgada em breve.

REG/Replan

A reunião prosseguiu com a representação dos empregados formalizando protesto contra a reabertura do saldamento do REG/Replan, aprovada em reunião do Conselho Deliberativo da Funcef, com voto de minerva do presidente dessa instância, nomeado pela Caixa. Na ocasião, seguindo definição do Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais da Caixa, realizado em dezembro de 2009, os conselheiros eleitos pelos trabalhadores se manifestaram contrariamente à medida, pois fica clara a intenção da empresa de pressionar os empregados a abrirem mão do direito à livre opção de permanecerem no REG/Replan não-saldado, caso queiram aderir ao novo PCC. Nas atuais circunstâncias, a reabertura do saldamento é inoportuna. Tanto que quem continuar no antigo PCC, para não ter que mudar de plano de benefícios, ficará estagnado na carreira, sem qualquer possibilidade de progressão.

Os outros itens negociados na rodada desta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, foram os seguintes:

PCS: promoção por merecimento

A Contraf-CUT - CEE/Caixa cobrou do banco a definição dos critérios de avaliação de desempenho para a promoção por merecimento no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), relativos ao ano de 2009. O atraso nesse processo pode gerar inconvenientes para os empregados. Nas reuniões da comissão que trata do tema chegou-se a vários consensos, incluisve quanto a substituição do atual critério de distribuição que prevê um determinado grupo de empregados, com as menores notas, não recebam deltas, por um que estabeleça uma linha de corte em que todo empregado que atinja uma determinada nota receberá pelo menos um delta. Porém a Caixa ficou de verificar qual seria o impacto financeiro dessa proposta e dar um retorno, mas até o momento isso não ocorreu.

A Contraf-CUT lembrou ainda que a discussão sobre os critérios para 2010 deve ser iniciada assim que estiverem definidos os critérios para 2009, de forma a permitir que os bancários tenham conhecimento dos critérios antes da avaliação e possam adaptar sua conduta. A Caixa concordou com a demanda.

Condições de trabalho

A Contraf/CUT - CEE/Caixa cobrou a substituição dos exaustores instalados nas bancas de penhor. Segundo estudo contratado pelo sindicato dos bancários do Ceará, os equipamentos são inadequados para os objetivos propostos. A Caixa afirmou que está realizando estudos para resolver a questão.

Eleição para as Cipas

As entidades representativas cobraram novamente a realização de eleições para os representantes de Cipa. A Caixa afirma que não tem condições operacionais de implementar todas as Cipas ao mesmo tempo e propõe que as eleições sejam feitas em ondas. Para isso, a empresa ficou de apresentar à Contraf/CUT - CEE/Caixa uma sugestão de cronograma a ser analisado e aprovado pelos bancários.

Dias parados em 2007

A Contraf/CUT - CEE/Caixa voltou a cobrar a solução para os problemas decorrentes da prorrogação das greves de 2007 e 2008. Em relação à greve de 2007, quando a prorrogação aconteceu nas bases sindicais de Belo Horizonte (MG), Bahia e Sergipe, já havia sido definida uma fórmula em mesa de negociação para a solução da questão, da qual os bancários cobraram a implementação. Segundo a proposta, a Caixa irá devolver o dinheiro dos quatro dias descontados e abrir um prazo para compensação de um único dia. Esgotado o prazo, os bancários que não compensarem terão descontado apenas um dia. A empresa se comprometeu a verificar a implantação, mas não deu retorno. Quanto à greve de 2008, a Caixa não tem ainda solução para apresentar.

Reestruturação

Os bancários cobraram da Caixa esclarecimentos sobre as repercussões da implantação do Novo Modelo de Filiais, processo de reestruturação nas áreas meio. O modelo propõe um enxugamento nas áreas-meio do banco, fazendo com que muitas funções desapareçam e deixando muitos bancários sem seus postos de trabalho. Os empregados lembraram de problemas nas RET-PVs, que serão extintas pelo Novo Modelo, deixando os gerentes sem função.

Outra questão levantada é a relativa às Gipes que, segundo comentários, serão reduzidas das atuais 15 unidades para apenas cinco em todo país. Na avaliação dos trabalhadores, a mudança vai comprometer ainda mais o Saúde Caixa e os programas de Saúde do Trabalhador, coordenados nas Gipes. A reivindicação da Contraf-CUT - CEE/Caixa é que exista uma unidade responsável por saúde do trabalhor e Saúde Caixa em cada estado.

Os bancários cobraram que o banco apresente modelo para discussão. Os representantes da empresa comprometeram-se a encaminhar o pleito junto à área responsável.

Segurança bancária

Empregados registraram mais uma vez a necessidade de iniciar debate sobre as condições de segurança nas agências e correspondentes bancários. Os membros da CEE/Caixa destacaram ainda a reportagem veiculada no último domingo no programa Fantástico, da Rede Globo, que focou na falta de segurança das lotéricas e agências de Correio.
A Contraf-CUT informou ainda para a Caixa que a CUT está encaminhando, por iniciativa da Contraf em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) proposta de criação de uma Norma Regulamentadora (NR) sobre segurança no sistema financeiro.

Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA)

A Caixa informou que, até o momento, cerca de 1.250 empregados aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Segundo a empresa, 80% desse contingente encontram-se aposentado pelo INSS, dado que é bastante reduzida a adesão daqueles aptos a se aposentarem até a data de 28 de fevereiro de 2011.

O prazo para adesões encerra-se em 1º de março. Para o desligamento da empresa, o período estabelecido vai de 2 de março a 30 de abril.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

O futuro da mobilidade urbana


Pesquisa recém lançada pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) mostra que não adianta o Brasil apostar em uma ou outra modalidade de transporte, como o metrô, bastante defendido como solução para a mobilidade paulistana, por exemplo. É preciso investir em uma rede integrada de transporte público, para que o aumento na demanda seja atendido no futuro. Setor aposta alto nos grandes eventos esportivos dos próximos anos para sua renovação.

Nas últimas décadas, muitos avanços foram realizados no transporte público brasileiro. A diminuição das emissões de poluentes pelos veículos a partir da criação do Proconve, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, é uma delas. Mas ainda falta muito para que as melhorias alcancem todas as grandes cidades do país e estejam associadas ao avanço nas tecnologias e a uma maior vontade pública para incentivos na área.

Ao traçar um panorama sobre a matriz energética do transporte público urbano, o estudo da NTU lembra que a demanda de energia ainda é muito alta. O Balanço Nacional, de 2007, já mostrava que o setor de transportes é responsável por cerca de 31% do total de energia consumida no país. Quando levada em conta somente a energia produzida por fontes fósseis, como o petróleo, a participação dos transportes sobe para 52%. Comparando os diversos meios, o setor rodoviário absorve 92% da energia gasta, sendo irrisória a participação dos setores ferroviário, hidroviário e aéreo.

Aumento na demanda

Se mesmo com as melhorias feitas a situação já não é lá das melhores, no futuro ela tende a piorar, caso mudanças não comecem a ser implementadas. Em 2030, a estimativa é de que o consumo total de combustível pelo transporte rodoviário triplique em relação ao que é hoje. Em 2005,o montante era da ordem de 50 milhões de toneladas equivalentes de petróleo por ano. Daqui a 20 anos, esse número deve chegar a 150 milhões. Para daqui a duas décadas, é esperado um incremento de 53% no número de viagens no país, a maioria de automóveis.



Isso significa que a poluição jogada no ar pela queima de combustíveis e as doenças decorrentes da má qualidade de ar também tendem a crescer em igual proporção, se os governos locais e empresas responsáveis pela produção e administração do transporte público não começarem a se mexer.

“Os aspectos mencionados convergem para a necessidade de uma nova política nacional de transportes públicos, que busque combinar as melhores alternativas ambientais e energéticas, passando pela análise da distribuição da rede de transportes coletivos e das mais diversas tecnologias de veículos e combustíveis”, diz o relatório.

Alternativas existem, falta vontade

Quando se fala em rede interligada de transportes coletivos e novas tecnologias, não se está tratando do futuro. Com planejamento, ônibus convencionais poderiam ser interligados a veículos BRT (Bus Rapid Transit)- baseado no transporte por corredores -, a metrôs, trens e até o velho conhecido trólebus, bastante viável em cidades de ruas largas e trânsito moderado. Para abastecê-los, diesel de baixo teor de enxofre, biodiesel, gás natural, álcool, hidrogênio e energia elétrica também já estão à disposição, no Brasil ou fora dele.



O trabalho da NTU mostra que tanto o tipo de transporte como o combustível usado existem no mercado, mas que, para que sejam realmente implementados e cada vez mais aperfeiçoados, é preciso que haja interesse. “O setor acompanhou as evoluções da matriz energética, mas todas elas sem resultados expressivos. Na verdade o que a gente sente é a falta de uma política energética mais coerente que possa dar respaldo à mudança de tecnologia”, diz Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU.

Segundo Bicalho, a questão do gás natural é emblemática. Menos poluente que o diesel, o gás foi testado várias vezes nos ônibus de transporte urbano, mas todas as experiências feitas até hoje resultaram em fracasso porque a falta de uma política de preços, por parte do governo, não deu segurança para que os operadores investissem na mudança da frota. “Para mudar, precisamos ter o mínimo de segurança de que a política energética vai dar respaldo às tecnologias”, diz.

Copa das esperanças

Em meados de janeiro, o governo federal anunciou que R$ 8 bi dos R$ 20 bilhões destinados ao chamado PAC da Copa vão para obras de mobilidade urbana. A notícia reascendeu os ânimos do setor de transporte público do país, que vê neste evento e nas Olímpíadas de 2016 uma possibilidade de mudança. “Acreditamos que, com a Copa, vai haver um salto no setor. Os eventos [a Copa e as Olimpíadas] acabaram obrigando nossos governantes a tomar uma atitude mais ousada para tentar melhorar o caos urbano que vivemos hoje”, defende Bicalho.

Para o superintendente da NTU, a expectativa é que as melhorias não se restrinjam às 12 cidades-sede dos jogos. “Acreditamos que esse é apenas o pontapé inicial. São 12 cidades agora, mas as outras de médio e grande porte não vão querer ficar pra trás. Passado esse momento de euforia, vai haver uma demanda por parte delas. Os eventos esportivos podem trazer uma nova Era para o transporte coletivo no Brasil”, diz Bicalho, cheio de esperança.

O estudo “Perspectivas de Alteração da Matriz Energética no Transporte Público Urbano por ônibus” pode ser lido na íntegra no site da NTU.

Fonte: O Eco.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Entrevista de Marina hoje na CBN/RJ




Muito boa a entrevista da Senadora Marina Silva na CBN do Rio de Janeiro. Vale a pena conhecer mais sobre suas idéias.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O que é eco-socialismo?

Martin Barraud

Extraído do artigo O QUE É O ECO-SOCIALISMO? (escrito em Português de Portugal) de MICHAEL LÖWY

O que é eco-socialismo? Trata-se de uma corrente de pensamento e de acção ecológica que faz suas as aquisições fundamentais do marxismo – ao mesmo tempo que o livra das suas escórias produtivistas. Para os eco-socialistas a lógica do mercado e do lucro – assim como a do autoritaris¬mo burocrático de ferro e do “socialismo real” – são incompatíveis com as exigências de preservação do meio ambiente natural. Ainda que critiquem a ideologia das correntes dominan¬tes do movimento operário, eles sabem que os trabalhadores e as suas organizações são uma força essencial para qualquer transformação radical do sistema e para o estabelecimento de uma nova sociedade, socialista e ecológica.

O eco-socialismo desenvolveu-se sobretudo durante os últimos trinta anos, graças às obras de pensadores do porte de Manuel Sacristan, Raymond Williams, Rudolf Bahro (nos seus primeiros escritos) e André Gorz (ibidem), bem como graças às preciosas contribuições de James O’Connor, Barry Commoner, John Bellamy Foster, Joel Kovel (EUA), Juan Martinez Allier, Francisco Fernandez Buey, Jorge Riechman (Espanha), Jean-Paul Déléage, Jean-Marie Harribey (França), Elmar Altvater, Frieder Otto Wolf (Alemanha), e de muitos outros, que se exprimem numa rede de revistas, tais como Capitalism, Nature and Socialism, Ecologia Política, etc.

Essa corrente está longe de ser politicamente homogénea, mas a maioria dos seus representantes partilha alguns temas comuns. Em ruptura com a ideologia produtivista do progresso – na sua forma capitalista e/ou burocrática – e oposta à expansão até ao infinito de um modo de produção e de consu¬mo destruidor da natureza, tal corrente representa uma tentativa original de articular as ideias fundamentais do socialismo marxista com as aquisições da crítica ecológica.

James O’Connor define como eco-socialistas as teorias e os movimentos que aspiram a subordinar o valor de troca ao valor de uso, organizando a produção em função das necessidades sociais e das exigências da protecção do meio ambiente. O seu objectivo, um socialismo ecológico, seria uma socieda¬de ecologicamente racional fundada no controle democrático, na igualdade social e na predominância do valor de uso. Eu acrescentaria que tal sociedade supõe a propriedade colectiva dos meios de produção, um planeamento democrático que permita à sociedade definir os objectivos da produção e os investimentos, e uma nova estrutura tecnológica das forças produtivas.

O raciocínio eco-socialista repousa em dois argumentos essenciais:

1) O modo de produção e de consumo actual dos países capitalistas avançados, fundado numa lógica de acumulação ilimitada (do capital, dos lucros, das mercadorias), do esgotamento dos recursos, do consumo ostentatório e da destruição acelerada do meio ambiente, não pode, de modo algum, ser expandido para o conjunto do Planeta, sob pena de uma crise ecológica ainda maior. Segundo cálculos recentes, se generalizássemos para o conjunto da população mundial o consumo médio de energia dos EUA, as reservas de petróleo conhecidas seriam esgotadas em dezanove dias. Tal sistema, portanto, fundamenta-se, necessariamente, na manutenção e no au¬mento da desigualdade gritante entre o Norte e o Sul.

2) Seja como for, a continuação do “progresso” capitalista e a expansão da civilização fundada na economia de mercado – mesmo sob essa forma brutalmente desigual – ameaça directamente, a médio prazo (qualquer previsão seria arriscada), a própria sobrevivência da espécie humana. A preservação do meio ambiente natural é, portanto, um imperativo humanista.

A racionalidade limitada do mercado capitalista, com o seu cálculo imediatista de perdas e lucros, é intrinsecamente contraditória com uma racionalidade ecológica, que leve em conta a longa temporalidade dos ciclos naturais. Não se trata de opor os “maus” capitalistas ecocidas aos “bons” capitalistas verdes: é o próprio sistema, fundado na impiedosa competição, nas exigências da rentabilidade, na corrida atrás do lucro rápido, que é o destruidor dos equilíbrios naturais. O pretenso capitalismo verde não passa de uma manobra publicitária, de uma etiqueta que visa vender uma mercadoria, ou, na melhor das hipóteses, de uma iniciativa local equivalente a uma gota de água sobre o solo árido do deserto capitalista.

Contra o fetichismo da mercadoria e da autonomização reificada da economia pelo neo-liberalismo, o jogo do futuro está, para os eco-socialistas, na implantação de uma “economia moral” no sentido que E.P. Thompson dava a essa expressão, ou seja, uma política económica fundada em critérios não monetários e extra económicos: por outras palavras, a «reimbricação » da economia no ecológico, no social e na política.

As reformas parciais são de todo insuficientes: é preciso substituir a micro-racionalidade do lucro por uma macro-racionalidade social e ecológica, o que exige uma verdadeira mudança de civilização. Isso é impossível sem uma profunda reorientação tecnológica, que vise a substituição das actuais fontes de energia por outras, não-poluentes e renováveis, tais como a energia eólica ou solar.9 Portanto, a primeira questão que se coloca é a do controle dos meios de produção, e, sobre-tudo, das decisões de investimento e de mutação tecnológica, que devem ser arrancadas dos bancos e das empresas capitalistas para se tornar um bem comum da sociedade. Certamente, a mudança radical diz respeito não apenas à produção, mas também ao consumo. Todavia, o problema da civilização burguesa/industrial não é – como pretendem em geral os ecologistas – “o consumo excessivo” da população e a solução não é a “limitação” geral do consumo, notadamente nos países capitalistas avançados. É o tipo de consumo actual, fundado na ostentação, no desperdício, na alienação mercantil, na ob¬sessão acumuladora, que deve ser questionado.

É necessária uma reorganização de conjunto do modo de produção e de consumo, fundada em critérios exteriores ao mercado capitalista: as necessidades reais da população (não necessariamente “pagáveis”) e a preservação do meio ambiente. Por outras palavras, uma economia de transição para o socialismo, “re-inserida” (como diria Karl Polanyi) no meio ambiente social e natural, porque fundada na escolha democrática das prioridades e dos investimentos pela própria população – e não pelas “leis do mercado” ou por um politbureau omnisciente. Por outras palavras, um planeamento democrático local, nacional, e, cedo ou tarde, internacional, que defina: 1) que produtos deverão ser subvencionados ou até mesmo distribuídos gratuitamente ; 2) que opções energé-ticas deverão ser seguidas, ainda que não sejam, num primeiro momento, as mais “rentáveis”; 3) como reorganizar o sistema de transportes, em função de critérios sociais e ecológicos; 4) que medidas tomar para reparar, o mais rápido possível, os gigantescos estragos do meio ambiente deixados pelo capitalismo “como herança”. E assim sucessivamente...

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Essa transição levaria não apenas a um novo modo de produção e a uma sociedade igualitária e democrática, mas também a um modo de vida alternativo, a uma civilização nova, eco-socialista, para além do reino do dinheiro, dos hábitos de consumo artificialmente induzidos pela publicidade e da produção até ao infinito de mercadorias nocivas ao meio ambiente (o carro individual!).

Utopia? No sentido etimológico (“lugar algum”), sem dúvida. Mas se não acreditamos, com Hegel, que “tudo o que é real é racional, e tudo o que é racional é real”, como pensaremos numa racionalidade substancial sem apelarmos para as utopias? A utopia é indispensável para a mudança social com a condição de que seja fundada nas contradições da realidade e nos movimentos sociais reais. É o caso do eco-socialismo, que propõe uma estratégia de aliança entre os “vermelhos” e os “verdes” não no sentido político estreito dos partidos so¬ciais-democratas e dos partidos verdes, mas no sentido amplo, ou seja, entre o movimento operário e o movimento ecológico – e de solidariedade para com os oprimidos e explorados do Sul.

Essa aliança implica que a ecologia renuncie às tentações do naturalismo anti-humanista e abandone a sua pretensão de substituir a crítica da economia política. Essa convergência implica, outrossim, que o marxismo se livre do produtivismo, substituindo o esquema mecanicista da oposição entre o desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção que o entravam pela ideia, muito mais fecunda, de uma transformação das forças potencialmente produtivas em forças efectivamente destrutivas.

Lucro do Banco do Brasil atinge R$ 10,15 bi em 2009 e bate recorde do setor

Enquanto isso seus funcionários continuam recebendo salários baixos, muito baixos(nota do Blog)

da Folha Online
da Reuters

O Banco do Brasil registrou no ano passado o maior lucro da história do setor (R$ 10,148 bilhões), com alta de 15,3% na comparação com 2008. O Itaú Unibanco detinha a maior marca até então, com R$ 10,067 bilhões em 2009, considerando os bancos de capital aberto brasileiros.

Essas duas instituições financeiras e o Bradesco ocupam as dez primeiras posições no ranking de maiores lucros do setor, de acordo com cálculos da Economática, efetuados com os resultados ajustados pela inflação medida pelo IGP-DI até dezembro passado.

Lucro do Itaú Unibanco cresce 29% em 2009, para R$ 10,1 bilhões
Lucro da Caixa dispara no fim do ano, mas fecha 2009 com queda de 23%
Lucro do Santander Brasil salta 40% e chega R$ 5,5 bilhões em 2009
Lucro de 2009 do Bradesco foi o terceiro maior da década entre bancos

No quarto trimestre de 2009, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 4,155 bilhões, montante que equivale a um avanço de 41,1% em relação aos R$ 2,944 bilhões obtidos em igual período do ano anterior.

Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 1,819 bilhão entre outubro e dezembro, 11,9% maior que em igual intervalo de 2008. A estimativa média de nove analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 1,802 bilhão.

No final de dezembro, a carteira de crédito do maior banco do país era de R$ 300,829 bilhões, um incremento de 33,8% em 12 meses.

Essa evolução foi puxada pelo segmento pessoa física, cujos financiamentos deram um salto de 88,1%, para R$ 91,79 bilhões.

A inadimplência, medida pelo total de operações vencidas em prazo superior a 90 dias, atingiu 3,3% no trimestre, acima dos 2,4% de dezembro de 2008, mas menor que o pico de 3,6% alcançado em setembro.

Por isso, o saldo das despesas com provisões para perdas esperadas com calores encerrou dezembro em R$ 18,617 bilhões, 2,4% do que três meses antes, embora ainda 36,2% maior do que o de dezembro de 2008.

O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio --índice de rentabilidade de um banco-- evoluiu de 47,4% para 56,8% entre o quarto trimestre de 2008 e o de 2009. Em bases recorrentes, houve queda, de 24,5% para 22,5%.

As receitas com serviços no trimestre foram de R$ 3,61 bilhões, crescimento de 17,9% na comparação anual.

No fim de 2009, os ativos totais do BB somavam R$ 708,549 bilhões, ante R$ 521,273 bilhões um ano antes, um avanço de 35,9%.

Verde aponta falhas do Governo Estadual

Foto: Cristiana Dias / Folha
Gilberto Prazeres

Pré-candidato ao Governo do Estado pelo PV, o jornalista Sérgio Xavier afirmou que há falhas na administração do governador Eduardo Campos (PSB) no tocante às questões ligadas ao equilíbrio do desenvolvimento econômico com a preservação do meio-ambiente. Para o verde, que preside a legenda, falta à gestão atual conciliar as ações empreendidas no Complexo Portuário de Suape com o impacto que elas provocam no ecossistema.

“É preciso discutir a sustentabilidade. Há desequilíbrios ambientais que refletem na praia de Boa Viagem. Os tubarões, que atacam na região, tiveram sua alimentação reduzida com a diminuição das áreas de mangues em Suape”, criticou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Xavier disse ainda que as ações realizadas pela Secretária de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente, são apenas pontuais e, por isso, pretende forçar uma discussão, através do debate político para tentar aumentar a preocupação do Governo com esses assuntos. “Vamos exigir do governador”, prometeu o dirigente, destacando que o formato como o Governo do Estado trata das questões ambientais era parecido com o modelo adotado na gestão do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) - provável candidato da oposição ao Palácio do Campo das Princesas. A secretária Luciana Santos foi procurada para falar sobre as declarações de Sérgio Xavier, mas estava em Brasília e não atendeu às ligações.

Marina

Com relação à candidatura da senadora Marina Silva (PV/AC) à Presidência da República, Sérgio Xavier afirmou que a direção nacional do partido está trabalhando para compensar o provável pouco no guia eleitoral de Rádio e Televisão que a verde terá com ações desenvolvidas na Internet. “Vamos compensar com a Internet. Marina lidera, entre os candidatos, as ações espontâneas na rede. De pessoas que não são ligadas ao PV, mas que simpatizam com o que a Marina representa. É um universo que iremos aproveitar”, adiantou, o verde. Segundo ele, a presidenciável virá a Pernambuco, em março.

Fonte: Folha de Pernambuco

"Os Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência no PNDH-3" abre série de debates promovidos pelo Conselho Nacional do Idoso

O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), ligado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), inicia na próxima quinta-feira (25), em Brasília (DF), uma série de nove videoconferências para a apresentação e debate de diversas temáticas que envolvem o universo dos direitos da pessoa idosa no Brasil. A primeira rodada será realizada em parceria com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) e terá como tema “Os Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência no Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3”.

A subsecretária Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Izabel Maior, e o subsecretário de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, discorrerão, em viodeoconferência transmitida para todo o Brasil, os pontos do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) que abordam, respectivamente, a área da pessoa com deficiência e da pessoa idosa. Além dos subsecretários, participam do debate José Luiz Telles, presidente do CNDI, e Denise Costa Granja, presidente do Conade.

O objetivo é promover a divulgação das propostas, potencializar as discussões e sedimentar a articulação entre conselhos. O debate é aberto a todos os segmentos representativos interessados em contribuir.

“É fundamental criarmos fóruns específicos para difusão do PNDH-3; temos que discutir os pontos específicos de cada área; o PNDH-3 traz em suas diretrizes e objetivos estratégicos a promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência e a acessibilidade igualitária. O movimento de pessoas com deficiência precisa conhecer todas as propostas defendidas pelo programa, pois representam um avanço”, afirmou a subsecretária Izabel Maior.

O evento será transmitido por videoconferência e por vídeo streaming (vídeo re-escalado e/ou comprimido através de redes, com download rápido e eficiente) a partir do auditório da Interlegis, em Brasília. As Assembléias Legislativas de cada estado interligadas ao sistema terão salas de videoconferência onde qualquer cidadão interessado pode acompanhar o debate ao vivo, inclusive fazendo observações e perguntas para os debatedores.

Todas as pessoas interessadas que possuam acesso à Internet poderão acompanhar o evento, bastando acessar, na data e nos horários programados, o serviço de vídeo streaming disponibilizado no sítio do Interlegis (www.interlegis.gov.br).

Questões também poderão ser enviados para o e-mail videoconferenciacndi@sedh.gov.br.

Videoconferência: Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência no PNDH-3
Data: 25 de fevereiro de 2010 (quinta-feira)
Horário: 16h às 18h
Local: auditório Antônio Carlos Magalhães, Secretaria Especial do Interlegis, Via N2, Anexo E do Senado Federal, Brasília/DF.

Fonte: presidencia.gov.br

Marina Silva: é urgente implantar a política nacional de mudanças climáticas


Preocupada com o aumento do número de desastres climáticos causadores de perdas humanas e econômicas, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse que é urgente a implementação da lei que institui a política nacional de mudanças climáticas (Lei 12.187/2009), especialmente no que diz respeito às ações de adaptação aos efeitos nocivos do aquecimento global.

Em seu discurso na sexta-feira (19/02) no Plenário, Marina citou uma série de estudos nacionais e estrangeiros que comprovam o aumento no número de doenças e de outros problemas na produção de alimentos em função das alterações de clima da Terra.

A senadora explicou que essa "crise ambiental global", como denominam os cientistas, tem consequências para diferentes setores da vida na sociedade.

- O custo de não encararmos com a devida urgência e prioridade essa questão aumentará enormemente o sofrimento das pessoas e os custos para a sociedade - afirmou Marina Silva, observando que, no Brasil, os efeitos negativos são mais claros na questão da saúde pública.

A senadora explicou que isso acontece porque com a mudança climática, que provoca invernos mais quentes, há maior proliferação de insetos transmissores de doenças como a dengue e a malária. Ela lembrou que as enchentes também aumentam o número de enfermidades transmitidas por meio da água contaminada, como a diarreia e a leptospirose. As doenças, por sua vez, continuou Marina Silva, acabam gerando mais despesas com ações de defesa civil, com o sistema de saúde e de assistência social.

Já em relação aos alimentos, a senadora contou que o aquecimento da Terra provoca queda na produção agrícola e falta de trabalho, particularmente nas regiões mais carentes, como o semiárido nordestino. Por isso, ela defendeu que os governantes adotem medidas de adaptação para essas mudanças, como a construção de cisternas de armazenamento de água e o desenvolvimento de culturas mais resistentes à seca para enfrentar as alterações do clima.

Marina Silva atentou ainda para outras dificuldades que podem advir com as mudanças climáticas, que têm provocado no Brasil fortes estiagens, bem como enchentes. No caso das primeiras, observou, o suprimento de geração de energia elétrica pode ser prejudicado. Já as enchentes, disse ela, agravam ainda mais os problemas ambientais que o país já tem, como a devastação e o assoreamento dos rios, o desmatamento e os deslizamentos de áreas ocupadas irregularmente.

Ao comunicar que irá apresentar na semana que vem requerimento para a realização de uma série de audiências públicas no Senado, destinadas a discutir o problema com a sociedade, a senadora criticou a inação do governo federal diante da questão.

- Mesmo diante de tão preocupantes fatos e desastres naturais, ainda não vemos nenhuma autoridade do governo federal se dispondo a iniciar esse processo de formulação de uma estratégia nacional de adaptação - lamentou a senadora.

Fonte: Envolverde / Agência Senado.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Recife e outras 14 capitais atingem índice máximo de radiação


da Folha Online

Os raios UV (ultravioleta) chegaram à condição extrema de radiação na manhã de ontem no Recife e em 14 capitais do país, segundo a Somar Meteorologia, marcando índice entre 11 e 14, numa escala cujo máximo corresponde a 14. Para o período da tarde, mais capitais brasileiras podem alcançar marcação extrema, inclusive São Paulo.

De acordo com o meteorologista Marcel Rocco, do Somar Meteorologia, a elevação do índice acontece devido a fatores como a estação do ano e a pouca nebulosidade, que causam a elevação do nível de raios solares que chegam à superfície da Terra. Além disso, ele aponta que essa é uma condição que se repetiu algumas vezes nas últimas semanas.

Para a médica Selma Cernea, coordenadora da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o alto índice registrado de raios UV aumenta o risco de danos à pele, que podem variar de uma vermelhidão até o aparecimento de manchas, envelhecimento e câncer de pele, se a exposição for feita por tempo prolongado, regularmente.

Os locais com índices mais elevados, às 10h, eram Brasília, Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal, Palmas e Recife, com índice 14, seguidos por Rio de Janeiro e Vitória, com 13, e Porto Alegre, que tinham índice 11, considerado extremo.

De acordo com a escala, índices de 1 a 2 são considerados baixos; de três a cinco são apontados como moderados; seis e sete são altos; já entre oito e dez são considerados muito alto; enquanto os superiores a dez são apontados como extremos.

Na cidade de São Paulo, o índice era de 5 no horário, considerado moderado. Apesar disso, o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontava previsão de elevação do índice, podendo alcançar níveis extremos --de 11 a 14.

Para evitar problemas causados pelos raios ultravioletas as pessoas devem evitar exposição ao sol. Mas quando for necessário, devem usar protetor solar e roupas com cores claras, que refletem a radiação diminuindo o contato dela com a pele. Em casos de aparecimento de mancha na pele durante um tempo prolongado, a pessoa deve procurar um médico

Brasil é o campeão do lixo eletrônico entre emergentes


Jamil Chade

GENEBRA - O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que nesta segunda-feira, 22, lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria.

O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar celulares, TVs e impressoras.

O estudo foi realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), diante da constatação de que o crescimento dos países emergentes de fato gerou maior consumo doméstico, com uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir empréstimos para a compra de eletroeletrônicos. Mas, junto com isso, veio a geração sem precedente de lixo.

A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso. Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, Brasil, México, Índia e China serão os países mais afetados pelo lixo, enfrentando "crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública".

Em meio a críticas ao Brasil, por não contar com dados sobre o assunto, a ONU optou por fazer sua própria estimativa. O resultado foi preocupante. Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.

Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China. É 0,4 quilo por pessoa ao ano. Em números absolutos, seriam 115 mil toneladas no Brasil, contra 495 mil na China. No setor de impressoras, são outras 17,2 mil toneladas de lixo por ano no Brasil, perdendo apenas para a China.

O Brasil também é o segundo maior gerador de lixo proveniente de celulares, com 2,2 mil toneladas por ano e abaixo apenas da China. Entre as economias emergentes, o Brasil é ainda o terceiro maior responsável por lixo de aparelhos de TV. É 0,7 quilo por pessoa ao ano, mesma taxa da China. Nesse setor, os mexicanos são os líderes.

A avaliação da ONU é de que o Brasil estaria no grupo de países mais preparados para enfrentar o desafio do lixo eletrônico, principalmente diante do volume relativamente baixo de comércio ilegal do lixo em comparação a outros mercados.

Mas o alerta é de que a situação hoje não é satisfatória. Informações sobre lixo eletrônico são escassas e não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema. A ONU ainda indica que falta uma estratégia nacional para lidar com o fenômeno, e que a reciclagem existente hoje não é feita de forma sustentável.

As Nações Unidas ainda indicam que o problema não parece ser uma prioridade para a indústria nacional e que a ideia de um novo imposto não é bem-vinda, diante da carga tributária no País.

Diante da constatação, a ONU pediu que países comecem a adotar estratégias para lidar com esse crescimento do lixo. O alerta é sobretudo para o impacto ambiental e de saúde que as montanhas de resíduos tóxicos poderiam gerar. Hoje, parte importante desse lixo se acumula sem qualquer controle. A China é o segundo maior produtor de lixo eletrônico do mundo (2,3 milhões de toneladas ao ano) atrás apenas dos Estados Unidos.

Os especialistas estimam que, até 2020, o volume de resíduos procedentes de computadores abandonados crescerá 500% na Índia, e 400% na China e África do Sul, em comparações aos níveis de 2007.

Em uma década, a quantidade ainda de telefones celulares abandonados na Índia e na China seria 18 e 7 vezes maior que a atual, respectivamente. Já o número de televisões e geladeiras no lixo seria duas vezes maior.

Entre as soluções, a ONU pede novas tecnologias de reciclagem, além da criação os países emergentes de "centros de gestão de lixo eletrônico". Um dos problemas a ser superado ainda seria a resistência de empresários que, na realidade, estão lucrando com o comércio desse lixo eletrônico.

Outro problema é a falta de investimentos em infraestrutura. A ONU ainda propõe como medida a exportação de parte desse lixo de países emergentes aos ricos. Isso deveria ser utilizado principalmente para peças perigosas, como circuitos integrados e pilhas, que seria então processado de forma adequada.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Para Marina, crise no governo do DF empobrece a política


DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online


O escândalo que atinge o governo do Distrito Federal só empobrece a política, avalia a senadora Marina Silva (PV-AC). "A crise do DEM é uma crise da política", diz a pré-candidata à Presidência.

Segundo ela, só uma reforma política pode evitar escândalos como o que envolve o governador afastado José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido).

"Enquanto não tiver uma reforma política vão permanecer os péssimos exemplos para a política. Vai ter o mensalão do PT, o mensalão do PSDB, o mensalão do DEM, o mensalão de outros partidos", afirmou a senadora, em São Paulo, onde participou de uma aula inaugural de um curso de Medicina.

De acordo com a senadora, a política somente vai sair da crise ética quando houver "instituições virtuosas".

Semana passada, em um discurso na tribuna do Senado, Marina afirmou que a prisão de Arruda "mancha" todo o trabalho feito durante sua gestão no DF. Ela lembrou também que Arruda chegou a ser cotado para disputar a vice-presidência da República na chapa da oposição, mas se envolveu em um episódio "lamentável", cercado de atitudes "nefastas".

"Eu não sou de me regozijar com a desgraça alheia. Obviamente que esse problema da corrupção, a prisão do próprio governador Arruda, acaba manchando todo o trabalho que fez, inclusive na área da educação", afirmou na ocasião.

Contraf-CUT e Caixa retomam nesta quarta negociações sobre jornada de trabalho

A Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal se encontram nesta quarta-feira, 24, às 11h, em Brasília, para nova rodada de negociações. Inicialmente marcada para o dia 10 de fevereiro, a reunião foi adiada a pedido do banco e representará a retomada das negociações permanentes, iniciadas no dia 22 de janeiro.

Entre os principais temas em discussão estarão a jornada de trabalho e os desdobramentos de conquistas da Campanha Salarial de 2009, como eleições para Cipas, saúde Caixa e comitês de combate ao assédio moral.

A reivindicação da representação nacional dos empregados é de jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução salarial.

Na rodada do dia 22 de janeiro, a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) denunciaram as más condições de trabalho nas agências e áreas-meio da empresa, provocadas principalmente pela falta de empregados nas unidades. A carência de mão-de-obra traz, em consequência, a extrapolação constante da jornada de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O futuro da Tamarineira: Omissão do poder público


Acabo de ler no Acerto de Contas e no Blog de Jamildo que a área do Hospital Psiquiárico Ulysses Pernambucano (Tamarineira) deverá ser realmente transformada em um Shopping Center. Caso essa informação seja confirmada, estaremos diante de um verdadeiro absurdo e até um caso de desmando pela omissão do poder público em relação a uma das poucas áreas verdes de um muncípio já tão saturado de concreto como o Recife.

A Constituição Federal em seu artigo 5º, incisos XXVIII e XXIV, garante a União, estados e municípios a prerrogativa de desapropriar propriedades privadas por utilidade pública ou interesse social (garantindo justa indenização ao proprietário). Então porque nenhuma das esferas estatais se movimenta efetivamente para transformar aquela área (hoje pertencente à Santa Casa de Misericórdia) em parque público?

Os cerca de 100 pacientes internos do hospital poderão ser transferidos, pela Santa Casa ou Secretaria de Saúde, para outro local em que até podem receber um melhor tratamento (o que já deveria ter ocorrido, independentemente do destino do terreno), mas qualquer pessoa de bom senso sabe que é impossível construir um Shopping Center naquela área sem destruir boa parte da cobertura verde existente.

Deve-se lembrar ainda que um empreendimento desse porte causaria impactos ambientais nos arredores também. Como ficaria o já saturado trânsito de veículos da avenida Rosa e Silva? E a poluição do ar e sonora produzida no entorno?

Um planejamento urbano responsável deve direcionar e estimular grandes empreendimentos comerciais em áreas carentes disso (o que não é o caso da Tamarineira) e, mesmo assim, de forma adequada e cuidadosa, minimizando os impactos ambientais e os compensando com ações como a melhoria do transporte público no local, por exemplo.

Portanto, é obrigação do poder público tomar para si o terreno da Tamarineira, não apenas para preservar o meio ambiente, mas também para criar mais uma área de socialização na cidade. Em vez disso, permanece inerte, infelizmente.

Contra essa omissão das esferas estatais, a única alternativa da população é seu poder de pressão através da mídia ou até diretamente nos órgãos responsáveis, Ministério Público ou parlamentares. Nas próximas eleições, é preciso colocar questões como essa no centro do debate político. A luta em defesa dos poucos espaços verdes e públicos de socialização como a Tamarineira (e outros que também são constantemente ameaçados por interesses econômicos míopes e imediatistas) não são apenas uma questão local, pois estão plenamente sintonizadas com a busca da humanidade por um modo de vida sustentável.

PT: qual a grande transformação? Por Leonardo Boff*


Não sou membro do PT, mas cidadão que se interessa pelos destinos do nosso País, nos últimos sete anos moldados pelo governo Lula.

A campanha eleitoral se iniciará oficialmente dentro de pouco. Há o grande risco de que predomine um espírito menor, diria quase infantil, de uma campanha plebiscitária entre os feitos do governo de FHC e daquele de Lula. Seria a disputa tola entre o ontem e o anteontem ou entre o atrasado e o velho, como preferem alguns ecologistas. Pois ambos os contendores, na relação desenvolvimento e natureza, manejam o mesmo paradigma, sob severa crítica mundial, por conter o veneno que nos pode matar. Isso só serviria para distrair os eleitores dos verdadeiros problemas que o Brasil e o mundo irão enfrentar.

Uma disputa eleitoral séria, à altura da fase planetária da humanidade e da importância fundamental do Brasil dentro dela, não deveria estar voltada para o passado a ser continuado, mas, sim, para o futuro a ser construído coletivamente. Quem apresenta o melhor projeto de Brasil para o nosso povo e em sua relação para com a nascente sociedade mundial? Que contribuição essencial podemos dar face aos cenários dramáticos que se desenham no horizonte?

Permito-me apresentar três sugestões para animar a discussão interna do PT. O lema do encontro nacional A grande transformação nos remete Karl Polanyi com o clássico livro do mesmo título (1944) no qual mostra como a sociedade virou uma sociedade de mercado, transformando tudo em mercadoria. Não será essa a grande transformação pensada pelo PT. Para que seja outra coisa, o partido deve assumir seriamente este fato irrecusável: a Terra mudou porque já estamos dentro do aquecimento global. A roda não pode mais ser parada, apenas diminuir-lhe a velocidade. Se o termômetro da Terra subir para mais de dois graus Celsius, nos próximos decênios, como previsto pelos melhores centros de pesquisa, enfrentaremos no Brasil e no mundo a tribulação da desolação. Muitos projetos já concluídos do PAC poderão ser anulados. Não incluir em todos os planejamentos este dado é mostrar falta de inteligência prática e irresponsabilidade histórica. Do contrário, teremos que aceitar a maldição de nossos filhos e netos.

Outro dado não menos perturbador é a insustentabilidade do sistema Terra. A partir de 23 de setembro de 2008, ficamos sabendo que o planeta Terra ultrapassou em 30% sua capacidade de repor os bens e serviços necessários para a vida. Estamos consumindo hoje o que precisaremos amanhã. Se quisermos universalizar o nível de consumo das classes médias mundiais, incluídos os 80 milhões de brasileiros, precisaríamos já agora de três Terras iguais a esta. Este modelo de crescimento, como parece subjacente ao PAC, mostra a sua inviabilidade a médio e a longo prazos. Não é que devamos deixar de produzir. Devemos produzir, mas dentro de um outro paradigma menos depredador do sistema Terra, com um acordo de respeito à suportabilidade de cada ecossistema e com uma ampla inclusão social, imbuídos todos de uma ética do cuidado, da responsabilidade universal e da busca do bem viver para todos.

Por fim, o PT precisa conscientizar o fato de que o Brasil é, seguramente, o país-chave para o equilíbrio do planeta. Ele é a potência das águas, o detentor das maiores florestas, as grandes sequestradoras de dióxido de carbono e reguladoras dos climas, com imensa biodiversidade e vastas terras agricultáveis, podendo ser a mesa posta para as fomes do mundo inteiro, com capacidade incomparável de gerar energias alternativas e com um povo altamente criativo, que fez um ensaio civilizatório dos mais significativos, não imperialista, e com uma visão encantada do mundo que lhe permite, no meio das contradições, celebrar suas festas, torcer por seus times e dançar seus carnavais, características essas decisivas para conferir um rosto humano à mundialização em curso.

O futuro passa por nós. Não percebê-lo por ignorância ou distração é não escutar os apelos da mãe Terra e é defraudar seus filhos, nossos irmãos que apenas pedem singelamente para viver com decência.

lboff@leonardoboff.com
*Teólogo, professor e membro da Comissão da Carta da Terra

domingo, 21 de fevereiro de 2010

As questões ambientais vão ser determinantes na escolha dos seus candidatos nas eleições deste ano?


O título aí em cima é o tema da primeira enquete colocada no nosso blog. As respostas a esta pergunta serão importantes para nos dar uma idéia de como as questões ambientais estão posicionadas entre as prioridades dos eleitores atualmente.

É inégável que o debate da defesa do meio ambiente e de uma economia sustentável vem avançando muito na mídia e no cotidiano das pessoas, mas isso já é suficiente para determinar seus votos? Vamos descobrir.

Para responder, basta clicar em uma das respostas no lado direito da sua tela (no alto).

Itaú Unibanco, Bradesco e Santander fecharam 9.902 postos de trabalho em 2009

Os três maiores bancos privados que operam no país (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) fecharam 9.902 postos de trabalho em 2009, apesar de apresentarem um lucro líquido superior a R$ 24 bilhões e de terem ampliado o número de agências e a base de clientes no mesmo período, segundo estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos balanços das empresas.

O Itaú Unibanco foi o que mais lucrou e o que mais cortou empregos no ano passado, fechando 7.176 postos de trabalho. O maior banco privado brasileiro tinha 108.816 trabalhadores em dezembro de 2008, após a fusão. Um ano depois reduziu para 101.640 bancários. O Santander cortou 1.652 empregos e o Bradesco 1.074.

"Os grandes bancos privados estão andando na contramão da economia brasileira. No ano passado, apesar do reflexo da crise nos primeiros meses, o Brasil criou 955 mil novos empregos. Não podemos aceitar que o sistema financeiro, que não foi atingido pela crise e continua com esse imenso lucro, reduza postos de trabalho. Os bancos precisam ter responsabilidade social e compromisso com o Brasil", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A política de corte de empregos dos bancos privados também destoa dos bancos públicos, que estão contratando trabalhadores para fazer frente à expansão de suas atividades no mercado financeiro. Pelos acordos coletivos assinados pela Contraf-CUT com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal, que pôs fim à greve nacional de duas semanas que os bancários fizeram em 2009, as duas instituições assumiram o
compromisso de abrir 15 mil novos postos de trabalho (10 mil no BB e 5 mil na Caixa) até 2011.

"Com a redução do número de vagas e a expansão do número de agências e da base de clientes, significa que aumentará a carga de trabalho de cada bancário, que já é brutal, com impactos negativos na saúde dos trabalhadores", critica o presidente da Contraf-CUT.

Rotatividade para reduzir salários
Pesquisa realizada trimestralmente pela Contraf-CUT e pelo Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostra que, além de cortar postos de trabalho, os bancos privados estão utilizando a rotatividade de mão-de-obra para reduzir a remuneração dos trabalhadores.

Os desligados de janeiro a setembro de 2009 recebiam remuneração média de R$ 3.494,25. Já os contratados têm remuneração média de R$ 2.051,80, o que representa uma diferença de 41,28% - quase a metade.

"Os bancos querem reduzir custos cortando empregos e diminuindo a remuneração dos bancários. Tentaram fazer isso na campanha salarial do ano passado, quando quiseram reduzir a participação nos lucros e resultados (PLR) de toda a categoria para aumentar os bônus dos altos executivos. Os bancários tiveram de fazer a greve nacional de duas semanas para impedir o corte na remuneração", destaca Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pesquisa IBOPE: um crescimento evidente



Os jornalões consideram o crescimento de Marina de 6%, de novembro de 2009, para 8%, em fevereiro de 2010, na pesquisa IBOPE, uma "oscilação dentro da margem de erro". Mas vale um olhar mais atento.

Alfredo Sirkis (www.sirkis.com.br)

Num período marcado pela aparição de Dilma e Marina no horário político gratuito e por uma enorme exposição de Dilma na mídia, principalmente junto a Lula, na televisão nacional (sem contar as eventuais edições dos telejornais locais), Marina apresentou uma clara progressão que os jornalões equivocadamente situaram como uma "oscilação dentro da margem de erro".

Marina ganhou 2 pontos na intenção de voto estimulada, 5 pontos entre os que "conhecem bem ou mais ou menos", 1 ponto no "voto com certeza", 4 pontos no "poderia votar, diminuiu em 1 ponto os que dizem "não votaria de jeito nenhum e diminuiu 3 pontos o "não conhece o suficiente para saber se votaria".

No mesmo período, Serra e Ciro perderam votos, mesmo obtendo pequenos ganhos de conhecimento. Ciro foi o mais prejudicado, com aumento de sua rejeição.

Dilma ganhou 8 pontos e Serra perdeu 2 no voto estimulado, reduzindo a diferença de 21 para 11 pontos. Confirma-se o crescimento gradativo de Dilma. À medida que for sendo identificada com Lula por mais eleitores, a tendência é de se aproximar mais de Serra, chegando a uma diferença de 5 a 7 pontos que é fronteira do potencial de transferência de voto de Lula. Daí para frente ela dependerá dela mesma.

Vejamos a evolução de Marina da pesquisa IBOPE de novembro 2009 para a de fevereiro 2010:

Marina no voto total do estimulado: de 6% para 8%. Marina entre os que "votam com certeza" em um dos candidatos(as): 5% para 6%. Marina entre os que "poderiam votar": 17% a 21%.

Marina ainda é, de longe, a menos conhecida. Isso tem evoluído lentamente. Os que dizem que "conhecem bem" aumentaram 5% para 7%. Os que "conhecem mais ou menos": 16% para 19%, os que " só ouviram falar" cariam de 51% para 41%.

31% dos pesquisados "nunca ouviram falar" em Marina. Em relação aos outros candidatos essa percentagem é de Serra(1%), Dilma(10%) e Ciro(4%).

Esse dado é fundamental para se levar em conta o "não votaria de jeito nenhum": Serra(29%); Dilma(35%); Marina (39%) e Ciro (41%). A imprensa costuma apresentar esse dado sem vincula-lo ao conhecimento quando qualquer analista de instituto de pesquisa explicará que as pessoas costumam dizer que não votariam em quem não conhecem. Ao analisarmos essa "rejeição" em confronto com o conhecimento é possível concluir que entre os que conhecem a rejeição de Marina é a menor. No caso de Ciro cujo desconhecimento é de apenas 4% e a rejeição de 41% a situação é mais preocupante.

A pesquisa foi feita no período próximo dos programas de TV do PT com Dilma e do PV com Marina. A diferença que Dilma está praticamente todos os dias no Jornal Nacional e nos similares das outras emissoras, a tiracolo de Lula. Serra aparece com freqüência como governador de São Paulo. Marina e Ciro simplesmente não aparecem. Na imprensa escrita (que influencia pouco as pesquisas a não ser nas relativamente pouco numerosas classes A e B) temos praticamente todo o dia Dilma e Serra com matérias de uma ou duas páginas e Marina e Ciro com notícias esparsas.

Nesse contexto o crescimento gradual porem firme de Marina é um dado auspicioso até porque não se trata de uma corrida de 100 metros rasos mas uma longa maratona.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Contraf-CUT cobra da Caixa antecipação do pagamento da PLR

A Contraf-CUT irá procurar a direção da Caixa Econômica Federal para reivindicar a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O banco divulgou balanço na última sexta-feira, 12, mostrando lucro em 2009 de R$ 3 bilhões, ultrapassando as previsões da própria empresa.

Segundo cálculos da subseção do Dieese na Contraf-CUT, os empregados da Caixa receberão a regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT) (90% do salário base mais R$ 1.024), mais uma PLR Adicional cujo valor ficará em torno de R$ 740 (dos quais R$ 532,90 já foram pagos na antecipação).

O pagamento da segunda parcela da PLR está previsto para março, de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT). Além disso, o acordo entre o banco e os trabalhadores prevê que a empresa garanta aos bancários um valor mínimo de PLR de acordo com o cargo ocupado pelo trabalhador, variando de R$ 4 mil até R$ 10 mil. Da PLR calculada com base no lucro auferido pelo banco em 2009, será descontada a primeira parcela já recebida pelos trabalhadores em 3 de novembro de 2009.

É importante lembrar que a Caixa optou por pagar antecipadamente a PLR integral em novembro de 2009. No entanto, as previsões de lucro disponíveis naquela ocasião e que foram utilizadas pelo banco para o cálculo trabalhavam com um resultado menor do que alcançado, levando a um redutor de 23% no valor pago aos bancários. Os empregados receberão agora a diferença entre os dois valores.

"Além da antecipação da segunda parcela, queremos discutir com a Caixa a criação de uma regra perene para a PLR dos trabalhadores. A fórmula apresentada pelo banco na campanha salarial de 2009 foi positiva naquele momento, mas não contempla as reivindicações dos trabalhadores. Defendemos uma regra mais justa, que contemple todos os trabalhadores de forma igual na distribuição dos resultados", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa).

Além disso, os bancários defendem que a regra leve em consideração o papel de banco público exercido pela Caixa. "A empresa teve um lucro menor neste ano por conta de sua correta atuação frente à crise internacional, com aumento do crédito. No entanto, essa mesma atuação fez com que a carga de trabalho dos empregados aumentasse muito. Isso precisa ser levado em consideração para o cálculo da PLR", afirma Jair.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários do BB fazem mobilização nesta sexta por PCCS e plano odontológico

Nesta sexta-feira, 19, os funcionários do BB estarão mobilizados em todo o país em mais um Dia Nacional de Lutas. Entre as principais reivindicações, estão a criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) digno e a imediata implantação do Plano Odontológico da Cassi sem custos para o funcionalismo.

Estão previstas atividades nas bases dos sindicatos de Belo Horizonte, Pernambuco, Porto Alegre, Paraíba, Piauí, entre outras. Em São Paulo, a atividade foi antecipada para essa quinta-feira, com distribuição de material e discussão com os trabalhadores.

A realização da campanha foi decidida na plenária nacional dos dirigentes sindicais do BB, realizada pela Contraf-CUT no dia 15 de janeiro, em São Paulo.

"É muito importante que todos os funcionários do banco estejam a tentos a cada rodada de negociação da mesa temática, porque, com os bancários mobilizados, o banco certamente vai pensar bem antes de fazer uma proposta ruim", afirma Eduardo Araújo, novo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

Fonte: Contraf-CUT

Roberto Leandro bota seu bloco na rua e no espaço virtual

Do Blog de Inaldo Sampaio

O ex-deputado Roberto Leandro (PV) está mesmo se movimentando para tentar voltar à Assembleia Legislativa. Depois do Carnaval, onde seu boneco gigante saiu às ruas de Olinda junto com o da senadora Marina Silva (PV), ele aproveita para lançar um blog (www.robertoleandropv.blogspot.com) e um perfil no twitter (roberto_leandro).

A sua ideia é que os espaços virtuais sirvam para catalisar debates sobre política, meio ambiente, movimentos sociais e direitos humanos. "Essa campanha vai ser diferente das outras. A internet está muito mais massificada e deve ter um papel decisivo como palco do debate político”, diz ele.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Baixe em PDF o material de Marina


Colaboradores do Movimento Marina Silva produziram uma série de materiais para divulgar o nome da senadora pré-candidata à Presidência da República pelo PV. São camisas, bottons, banners e outras peças cujo design pode ser baixado livremente em arquivo PDF.

A idéia é que as redes de apoiadores de Marina possam reproduzir e multiplicar esses materiais. Os adesivos, por exemplo, podem ser impressos até em casa, enquanto as camisas em pequenas serigrafias. O site indica ainda uma lista de empreendimentos ligados à rede de economia solidária como prioridade para a confecção das peças, que aliás estão muito bonitas. Muito boa a iniciativa.

Acesse: http://www.movimentomarinasilva.org.br/

Recife + 99 (os 100 lugares)


Ainda sob o impacto de Avatar, veio a mente o site 100 places to Remember (100 lugares para lembrar): http://www.100places.com/en/the100places0/.

Não é exatamente uma novidade, mas muita gente ainda não viu, então vale o registro. O site em questão mostra 100 lugares no mundo para nos lembrarmos pois eles estariam fadados ao desaparecimento caso nada seja feito para diminuir os efeitos do aquecimento global. Infelizmente, não está disponível em português ainda, mas mesmo quem não fala inglês (ou outra das línguas em que o site é escrito) pode perfeitamente entender a mensagem que ele passa ao navegar por um mapa mundi interativo que mostra os tais 100 lugares que seríam mais sensíveis às mudanças climáticas, com fotos, vídeos e textos sobre cada localidade.

Vale ressaltar que, dos 100 locais apontados pelos site, dois ficam no Brasil. Um é a Amazônia e o outro é o Recife! Aliás, basta caminhar pela orla da nossa Região Metropolitana para conferir o avanço do mar e ter a noção do quanto esse problema é real. No vídeo do Recife, o narrador explica que provavelmente as formações de corais que dão o nome à nossa capital seriam destruídas pelas mudanças do clima, deixando a cidade ainda mais exposta ao avanço do mar e eventos climáticos como tornados e maremotos que podem se tornar frequentes em todo o globo. Assustador.

Repetindo, vale a pena conferir e divulgar:http://www.100places.com/en/the100places0/

Avatar é um retrato do nosso tempo

Até hoje, eu ainda não tinha assistido o filme Avatar. E, para minha grata surpresa, descobri que Hollywood conseguiu fazer uma obra que ajuda a massificar o debate sobre a preservação ambiental.

Mesmo sendo uma ficção científica futurista, Avatar nos faz refletir sobre o presente: A exploração econômica insustentável e o esgotamento dos recursos naturais não fazem parte do contexto de outro tempo ou de outro planeta. Infelizmente, é a dura realidade de quem vive na Terra hoje.

O interesse das grandes corporações vale mais do que a vida? Definitivamente, não. A luta que travamos agora contra a exploração predatória do meio ambiente e do homem pelo próprio homem é ainda mais desafiadora do que aquela mostrada no filme. E só mos vencê-la com muita conscientização, evitando assim que um dia o homem tenha que ir a outro planeta para descobrir que nada vale mais do que a vida.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

E quem disse que Marina Silva não veio para o Carnaval de Olinda?

Do Blog de Jamildo

Verdes acompanham Boneca Marina no carnaval

Senadora ficou no Acre, mas boneca participou da farra

Do Blog da Folha

Dirigentes, militantes e simpatizantes do Partido Verde acompanham a Boneca Marina nos pólos carnavalescos de Olinda e Recife. A senadora Marina Silva, pré-candidata presidencial do PV, está no Acre, com a família, como sempre fez no carnaval. Mas sua boneca gigante, uma está presente na festa multicultural, numa homenagem dos verdes do estado. No sábado "Marina" desfilou no Galo da Madrugada. No domingo e hoje desfilou em vários blocos em Olinda e no Recife Antigo.

"A boneca desperta olhares por onde passa. Todos fotografam. Despertou até a atenção dos concorrentes da eleição presidencial. No Recife Antigo, conversei com Ciro Gomes (PSB) e ele elogiou a presença artística da Boneca Marina, no meio do povo, no Galo da Madrugada", garante Sérgio Xavier, presidente do PV.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Boa receptividade

Foto: Valdecarlos Alves / Folha de Pernambuco

O carnaval apenas começou, mas uma coisa já deu pra sentir: a boa receptividade do folião pernambucano ao nome da senadora Marina Silva. Tanto que a boneca gigante de Marina vem fazendo o maior sucesso pelas ruas do Recife e ladeiras de Olinda e vários foliões estão aproveitando para tirar fotos com ela, que está sendo acompanhada pelo nosso boneco gigante também, este com mais experiência na folia.

Bom Carnaval para todos! E nunca é demais lembrar: Se for dirigir, não beba. O ideal mesmo é deixar o carro em casa e ir para a folia tranqüilo.

Programação da Juventude PV no Carnaval

De www.juventudeverdepe.com.br/

A Juventude do Partido Verde de Pernambuco estará presente nos diversos pólos de atrações do nosso estado, tais como: Papangu de Bezerros, Recife Antigo e Olinda. Porém, dois momentos serão especiais e oficiais de encontro da Juventude.

São eles:

Domingo dia 14/02/2010 às 11hs na Sé em Olinda.

Segunda dia 15/02/2010 às 19hs na Rua da Guia no Recife Antigo.

Ressaltamos que teremos a satisfação e a responsabilidade de frevar pelas ruas e ladeiras das nossas cidades festeiras ao lado da Boneca Marina, feita em homenagem à nossa querida Marina Silva.

Pois bem, conclamamos todos da Juventude e do Partido Verde para fazerem a festa conosco.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Festa do PV de Pernambuco para Marina

O aniversário da Senadora Marina Silva foi na última segunda (08/02). E o PV de Pernambuco comemorou a data com uma bela festa no mercado da Boa Vista, no Recife, em ritmo de carnaval. O ato também foi a primeira aparição pública da boneca gigante de Marina, que vai circular por vários polos de animação do nosso Estado neste Carnaval.

Programa do PV 04/02

Para quem ainda não assistiu o último programa do PV, vale a pena dar uma conferida. Para quem já assistiu vale a pena ver de novo:

Sejam Bem vindos!

Espero que este blog seja mais uma ferramenta na luta por mais justiça social e sustentabilidade em Pernambuco, no Brasil e no Mundo. A velocidade da troca de informações na Internet nos permite estar em contato até com pessoas que não conhecemos pessoalmente, que muitas vezes moram em locais distantes, mas que nos são próximas por terem idéias e sonhos parecidos.

Este espaço vai estar permanentemente em construção, seja na forma ou no conteúdo, e idéias e sugestões de cada leitor (colaborador) são mais do que bem vindas, são fundamentais para alcançarmos nossos objetivos na luta por mais justiça e social e sustentabilidade agora e no futuro. Um abraço a todos e, novamente, sejam bem vindos.