sábado, 27 de março de 2010

A Hora do Planeta


Neste sábado (27), entre 20h30 e 21h30, pessoas de todo o mundo apagarão voluntariamente suas luzes em um ato simbólico contra o aquecimento global. A campanha foi proposta pela Rede WWF (World Wide Fund for Nature) em 2007 e tem ganhado mais adesões a cada edição. Neste ano, pelo menos 812 cartões-postais de mais de 120 países ficarão no escuro, como a Torre Eiffel, em Paris, e o Portão de Brandemburgo, em Berlim. No Brasil, monumentos como o Cristo Redentor, no Rio, a Ponte Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, o Palácio de Cristal, em Curitiba, e o Arco da Praça Portugal, em Fortaleza, também vão ficar apagados durante a Hora do Planeta.

A Hora do Planeta respeita os diferentes fusos horários do mundo, ou seja, sempre acontece a partir das 20h30 conforme o horário de cada local. O primeiro lugar do mundo a aderir à chamada Hora do Planeta deve ser as Ilhas Chatham, na Nova Zelândia, quando as 20h30 locais corresponderão às 3h45 no horário de Brasília. Para quem estiver nos arquipélagos de Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, assim como nas ilhas Martin Vaz e Trindade, a Hora do Planeta deve começar às 19h30 segundo o horário de Brasília. Nos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, a Hora do Planeta começa mais tarde, quando em Brasília forem 21h30.

A mobilização já conta com o apoio de 64 cidades brasileiras - das quais 17 capitais - distribuídas em 19 Estados de norte a sul do país, além de mais de 1.500 empresas e 249 organizações. "Estamos felizes com os resultados já obtidos e esperançosos de que vamos conseguir ainda mais adesões", diz Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA
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Anos anteriores
A adesão estimada no Brasil deve superar a do ano passado, quando participaram 51.926pessoas cadastradas e centenas de outras que não fizeram o cadastro, mas apagaram suas luzes durante uma hora.

No resto do mundo, a participação também aumentou. Esta edição conta com 33 novos países, entre eles Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos.

Causas
No Brasil, a WWF escolheu como temas da Hora do Planeta o combate ao desmatamento, a proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares e as nascentes, e a obrigatoriedade do cumprimento das metas de redução de desmatamento e de emissões de gases de efeito estufa assumidas na Conferência de Copenhague em 2009 (COP-15 da UNFCCC).

O país é considerado o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. A maior parte da emissão (75%) é proveniente de queimadas e desmatamento.

Embora defenda a economia de energia e a maior eficiência na sua produção, transporte e consumo, o WWF-Brasil esclarece que a Hora do Planeta é apenas um gesto simbólico. "Como acontece por apenas uma hora, não há qualquer impacto previsto sobre a economia", afirma Hamú.

O site oficial da campanha para obter mais informações e se cadastrar é www.horadoplaneta.org.br.

Fonte: uol

quinta-feira, 25 de março de 2010

Valeu, Darcy


Nesta semana, os bancários, os sindicalistas e os lutadores do povo em geral perderam um grande exemplo de militante. Aos 79 anos, Darcy Leite morreu deixando órfãos uma geração de dirigentes sindicais, em particular os bancários, que aprenderam com ele que mesmo as mais duras adversidades não devem nos impedir de seguir lutando e, sempre que possível, sorrindo.

Darcy Leite foi funcionário do BNB e presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Após o golpe militar de 1964, teve seu mandato cassado, assim como seu emprego no banco e seus direitos políticos. Essa perseguição só cessou em 1979 quando recuperou o posto no BNB graças à Anistia. Mesmo com a idade avançada, voltou a ser dirigente sindical entre 2000 e 2006, quando esteve a frente da secretaria dos aposentados em duas gestões do sindicato.

Perdemos o amigo e o militante, mas seu exemplo permanece vivo. Valeu, Darcy.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Mundial da Água - Imagens

Aqui estão imagens de grande plástica que transmitem mensagens importantíssimas e compõem o material de divulgação da edição azul na National Geographic (ver post anterior). O mundo tem sede e muita. Para quem vive em um país com tantas fontes de água limpa como o Brasil, essas imagens devem nos fazer lembrar mais da responsabilidade de utilizar bem o mais precioso dos recursos naturais. Afinal de contas, basta andar um pouco pelo sertão de Pernambuco ou outro estado nordestino para perceber o quanto a escassez de água pode ser devastadora para o meio ambiente, para a economia e principalmente para as pessoas.









No Dia Mundial da Água, National Geographic lança edição azul

Pela primeira vez no país, National Geographic Brasil lançará uma edição Azul: publicação totalmente dedicada à situação da Água no planeta. Serão mais de 150 páginas com reportagens que abordam lugares onde a escassez de água vem transformando a fauna e flora locais, a importância da água para diversas religiões e culturas, as migrações humanas provocadas pela falta de água, entre muitos outros assuntos.

A primeira edição Azul de National Geographic Brasil chegará às bancas de todo o país a partir da próxima segunda-feira, 22 de março - Dia Mundial da Água, sendo lançada oficialmente em evento promovido pelo movimento Planeta Sustentável e pela Sabesp, em São Paulo. A edição especial contará com a presença de Natura, Planeta Sustentável, Sabesp, AmBev, Petrobrás e Santander, parceiros de National Geographic Brasil neste importante momento de conscientização dos leitores brasileiros.

Para a edição Azul, as empresas apresentarão ações e conteúdos dedicados aos cuidados e à preservação da água no planeta. A Natura, por exemplo, estará presente na edição promovendo sua linha infantil Natura Naturé, que busca incentivar a descoberta do mundo e o cuidado com a natureza por meio de histórias e brincadeiras sobre a água. Já a AmBev integrará esta edição na campanha de lançamento de seu projeto "Movimento Cyan - Quem vê a água enxerga seu valor", através do patrocínio do folder "As origens da água no mundo".

Fonte: Comunicação Ambiental

Marina terá três dias de agenda no Estado

Do Jornal do Commercio - 22.03.2010

Nova visita, entre os dias 30 deste mês e 1º de abril, colocará a pré-candidata do PV em contato com empresários pernambucanos. Também servirá para o lançamento de Sérgio Xavier ao governo estadual

Gilvan Oliveira
goliveira@jc.com.br

A senadora e presidenciável Marina Silva (PV-AC)
dedicará boa parte de suas atividades a contatos com empresários durante a nova visita que fará a Pernambuco, no fim do mês. Segundo o presidente estadual do PV e pré-candidato a governador do partido, Sérgio Xavier, colocar Marina em debate com o setor produtivo é parte de uma estratégia para quebrar um paradigma de que defesa do ambiente e desenvolvimento econômico são agendas conflitantes, e também para tornar a senadora mais conhecida entre o empresariado.

“O PV recebe muitos convites para Marina participar de eventos, debates e palestras. Estamos dando prioridade a segmentos que precisam conhecê-la melhor, caso dos empresários. Queremos mostrar que sustentabilidade é um assunto econômico, e não só ecológico. É um assunto que temos que aprofundar. Vamos apresentar algo que dinamiza a economia”, afirmou Xavier. Dentro do tema, um dos assuntos que a presidenciável destacará são negócios envolvendo crédito de carbono, uma das propostas de campanha do partido.

A senadora terá três dias de atividades no Estado, entre 30 de março e 1º de abril – Marina chega no mesmo dia que está prevista a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mais uma visita ao Estado. Além de empresários, ela terá vários eventos com estudantes. Na terça (30) à tarde, Marina fará uma palestra na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), no Recife, sobre as mudanças climáticas e seu impacto para o setor empresarial, à noite, ela dará uma palestra na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Está previsto um sobrevoo de Marina no complexo portuário de Suape na quarta (31) pela manhã. À tarde, ela segue para Garanhuns (Agreste), onde participará do plantio de 110 árvores na cidade, e à noite, assiste a apresentação da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém (Agreste). Na quinta (1º de abril), a senadora falará para empresários do Agreste em Caruaru e fará de uma palestra para estudantes locais.

APRESENTAÇÃO
Na prática, a estratégia de levar Marina a segmentos onde ela é pouco conhecida significa também quebrar estigmas e mostrar que a candidatura do PV não é monotemática nem trata defesa do ambiente de forma fundamentalista, mas sim aliada ao desenvolvimento sustentável. Esses encontros serão os primeiros eventos públicos onde Sérgio Xavier será oficialmente apresentado como pré-candidato a governador. O PV local, porém, ainda não celebrou alianças para reforçar seu candidato majoritário nas eleições de outubro.

domingo, 21 de março de 2010

Marina propõe que taxista use carro elétrico


Equipe que detalha programa de governo do PV estuda isenções fiscais para que toda a frota de táxis do país seja substituída

Da Folha de São Paulo (Via Blog do Noblat)

Colaboradores e especialistas envolvidos na elaboração do programa de governo da pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), decidiram incluir na proposta duas ideias novas no debate político brasileiro: a substituição de toda a frota de táxis do país por carros elétricos e a abertura de conteúdos de empresas de comunicação na internet em troca de incentivos fiscais do Estado.

Os conceitos, combinando isenção tributária, sustentabilidade e liberdade de informação, serão detalhados por tributaristas e economistas ambientais. Entre os acadêmicos que participam das discussões estão os economistas Jacques Ribemboim e Clovis Cavalcanti, ambos de Pernambuco.

"É papel do Estado auxiliar no acesso à livre informação na internet. A ideia é que as empresas disponibilizem seus conteúdos na rede e, em troca, recebam incentivos. Seria facultativo", disse Sérgio Xavier, um dos coordenadores da pré-campanha e candidato do PV ao governo de Pernambuco.

Em relação à substituição de carros movidos a combustíveis fósseis por carros elétricos, a sugestão é que também haja um programa de incentivo fiscal, associado à redução do preço do transporte. A bandeirada ficaria mais barata pois, segundo especialistas, o custo da manutenção do veículo é menor.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Pesquisa do Idec aponta que bancos escondem taxas cobradas de clientes

Depois de um ano avaliando as práticas dos dez maiores bancos do Brasil, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) constatou que o desrespeito às leis por parte das instituições ainda é grande. O balanço apurou que os bancos cumprem pouco mais da metade (55%) do que estabelece a legislação que rege cada aspecto da relação com o cliente.

Para realizar o teste, o Idec abriu e manteve por 12 meses contas nos bancos Itaú, Unibanco (hoje Itaú Unibanco), Santander e Real (hoje grupo Santander), Banrisul, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Nossa Caixa (hoje um só banco) e Bradesco. Nesse período avaliou o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e de resoluções e decretos do Banco Central a cada passo dado no relacionamento, desde a abertura da conta até seu encerramento.

Já no começo, apenas seis dos dez bancos entregaram aos clientes - voluntários do Idec - o contrato de abertura da conta, e nenhum entregou o termo de adesão ao pacote de serviços. "Eles dão folheto mostrando qual é o pacote, mas em nenhum documento oficial há o detalhamento dos serviços e produtos. Com o passar do tempo o cliente esquece qual é o pacote e acaba pagando a mais por serviços avulsos", afirma a economista do Idec e coordenadora do estudo, Ione Amorim.

Em negociação para contratação de crédito, BB, Banrisul e Real sequer forneceram o contrato. Nos demais bancos, houve contratos que previam cláusulas consideradas abusivas e alteração unilateral de cláusulas.

Ione considera insuficiente o nível de informação dada aos clientes de forma geral. Apenas o Itaú informou, sem que o cliente pedisse, o Custo Efetivo Total (CET) da operação de crédito, por exemplo. "O cliente tem o direito de saber tudo, mas não é obrigado a isso. O banco é que tem que fornecer as informações", afirma ela.

O Unibanco que, segundo constatou teste, deixou de dar a informação sobre o CET, argumenta, por meio da assessoria do Itaú-Unibanco, que o dado consta no contrato. "Mas o cliente só vê o contrato depois de fechar o negócio. Ele perde a chance de pesquisar", diz Ione.

A cobrança de tarifas indevidas, detectada em seis bancos, é reclamação recorrente na coluna Advogado de Defesa do Jornal da Tarde. Em caso recente, uma leitora contesta encargos no valor de R$ 162. "O pior não é o valor, mas não me darem protocolo das ligações e ficarem me jogando de um lado par a outro", reclama. A falta do protocolo foi constatada em quatro bancos.

"Os bancos fingem não ver o CDC e as normas do BC", afirma o advogado especialista tem defesa do consumidor Josué Rios. "Eles não encaram a lesão ao consumidor como questão de ética, mas como questão de custo, que já está previsto por eles".

O Banco do Brasil, que durante o teste deixou de entregar o termo de adesão ao pacote de tarifas, afirma, via nota, que essa entrega é praxe, em suas agências.

O Itaú Unibanco afirma que só cobra tarifas de serviços previamente contratados. O grupo Santander afirma, em nota, que falhas na época da pesquisa não refletem a prática do banco e foram corrigidas.


Fonte: Jornal da Tarde

O perigo dos consensos ocos

O ex-vice-presidente Al Gore, dos Estados Unidos, foi considerado “otimista” durante sua última entrevista para a Folha de São Paulo. Ele afirmava acreditar que a humanidade fará uma escolha coletiva de proteger o meio ambiente em nome das gerações que herdarão o planeta.

Gore concordou com o repórter acrescentando:

Muitos achavam que as mulheres nunca receberiam permissão para votar e participar de modo igualitário na sociedade. Nos séculos passados, muitos achavam que a escravidão era uma condição natural, que deveria ser tolerada.

Hoje vivemos em uma sociedade que corre o risco de se acomodar pelo cinismo dos consensos ocos.

Por exemplo: acreditamos que é importante acabar com a pobreza e educar a população, então, todos nos tornamos favoráveis a isso e podemos passar para outro assunto porque já estamos em acordo.

Mas não se discute o processo para fazer com que a educação seja melhorada ou para o problema da pobreza ser resolvido. Como se viabiliza os recursos para isso?

Utopias, como as citadas por Al Gore, criam uma espécie de desequilíbrio que nos dá a oportunidade para assimilar novas práticas, costumes, visões de mundo e pensamento. E, por isso, combatem o cinismo de quem é a favor de ideais apenas para não ser incomodado.

Fonte: minhamarina.com.br

quarta-feira, 17 de março de 2010

Marina Silva planeja encontro com diretor de Avatar


AE - Agencia Estado

Senadora e pré-candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva está buscando uma aproximação com o cineasta James Cameron, vencedor de três Oscar pelo blockbuster "Avatar". Marina acredita que o filme, detentor da maior bilheteria da história do cinema, é mais um gatilho importante para o ativismo ambiental - plataforma essencial de sua campanha. Se tudo ocorrer como planeja a equipe da pré-candidata, um encontro com Cameron está próximo de acontecer.

Nos dias 26 e 27 de março, ambos devem participar, ao lado do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore e do ecólogo Thomas Lovejoy, do Fórum Internacional de Sustentabilidade, que será realizado em Manaus (AM). Assessores da senadora estão esperançosos, mas cautelosos sobre a confirmação do encontro com o cineasta. Como o fórum começa em uma semana, é preciso acelerar contatos com interlocutores e assessores de Cameron para estabelecer uma agenda conjunta entre os dois no Brasil.


Para isso, Marina aposta nos argumentos que estão em texto publicado em seu blog (minhamarina.org.br) desde o dia 2 de março, logo após ter assistido ao filme. "Avatar e a síndrome do invasor", título do post da senadora, compara sua infância nos seringais do Acre à história dos Na'vi, o povo da floresta criado por Cameron. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Audiência da Fenae com a presidenta da Caixa debate reestruturação


Reunião foi realizada no dia 11 de março e também abordou Plano de Funções Garantidas, tíquete dos aposentados e temas da Funcef

O presidente da Fenae, Pedro Eugenio, e a vice-presidente da Fenae, Fabiana Matheus, participaram de uma audiência com a presidenta da Caixa, Maria Fernanda Coelho, para tratar dos anúncios de reestruturações que surpreenderam os empregados da empresa na semana passada. A reunião ocorreu na quinta-feira, 11 de março, em Brasília, e teve a participação também da assessora da presidenta, Roseli Moraes.

Os diretores da Fenae questionaram os motivos que levaram a Caixa a implantar a reestruturação da forma como está sendo feita e se não haveria como suspender essas mudanças. A presidenta da empresa, Maria Fernanda Coelho, explicou que o processo é irreversível e que está no Planejamento Estratégico de 2007. Ela reconheceu que existiram alguns problemas na comunicação aos empregados envolvidos mas que a divulgação da CI 012 trouxe mais tranqüilidade ao processo.

Em resposta aos questionamentos da Fenae, da Contraf/CUT e de outras entidades do movimento do pessoal da Caixa, a empresa publicou a CI 012/10, da Surse/Suape/Sudhu com regras para realocar os empregados afetados pela reestruturação. Dentre os itens anunciados, um é relativo aos processos seletivos internos (PSI) e propõe que durante um período de 90 dias os empregados ocupantes de cargos em comissão nas áreas readequadas poderão ocupar cargos em comissão de mesmo nível remuneratório em outras unidades, sem necessidade de PSI.

Outro ponto é que poderão ocorrer condições flexibilizadas para os PSI, visando promover e garantir a retenção de conhecimentos (dentro da própria unidade ou do processo). Além disso, para todos os cargos em comissão será acrescido o benefício adicional de 60 dias para as regras vigentes de asseguramento.

Caso o empregado concorde com a transferência de município, será paga uma ajuda de custo de duas Remunerações Base, sem limitação, pagamento das despesas com mudanças, para o empregado e seus dependentes e cinco dias de trânsito consecutivos com freqüência livre, a ser utilizado em até 365 dias e pagamento de 60 dias de hospedagem em hotel.

Na CI a Caixa também informa que as vagas oriundas de empregados desligados pelo PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria) serão priorizadas para os empregados das unidades que sofrerem mudanças.

Plano de Funções Garantidas (PFG)
Os diretores da Fenae aproveitaram a audiência para cobrar da presidenta da Caixa celeridade em relação ao Plano de Funções Garantidas (PFG), pois esse é um compromisso assumido pela empresa na campanha salarial de 2008. Maria Fernanda informou que a proposta de PFG da empresa está sendo revista devido aos questionamentos feitos pelo Ministério da Fazenda, dentre eles o crescimento horizontal na carreira.

Tíquetes dos aposentados
Os diretores cobraram também uma resposta em relação ao tíquete dos aposentados. A Fenae e o movimento do pessoal da Caixa cobra o restabelecimento do auxílio-alimentação na aposentadoria a todos que ingressaram na empresa até 8 de fevereiro de 1995, data em que o benefício foi extinto.

A Fenae cobrou da presidenta da Caixa a implantação da cláusula 35ª do Acordo Coletivo 2008/2009, que traz o compromisso da empresa de “concluir estudos em andamento e apresentar proposta de acordo extrajudicial ou judicial com empregados que ingressaram antes de 1995 e venham a se aposentar e se desligar da Caixa, para conciliação de demandas relacionadas ao benefício auxílio alimentação”.

Funcef
A Fenae apresentou uma demanda dos participantes ex-Sasse, que poderão ser prejudicados por uma medida do INSS. Os diretores da Fenae solicitaram que a Caixa, juntamente com a Funcef e os representantes dos participantes, estude uma alternativa nos moldes ao que foi feito para o ex-PMPP para garantir que os participantes atingidos pela medida do Ministério da Previdência não tenham seus benefícios reduzidos.

Por fim, os diretores reivindicaram da presidenta da Caixa que a empresa ajude a acelerar o processo de incorporação do REB pelo novo plano da Funcef. A medida já foi aprovada na Diretoria Executiva e no Conselho Deliberativo da Funcef, e encontra-se em análise dos órgãos controladores. A presidenta informou que essa é uma das prioridades dela e que já teve a oportunidade de pautar o assunto com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do conselho de administração da Caixa, Nelson Machado.

Fonte: Fenae

Marina, boa surpresa


Editorial da Folha de S. Paulo:

O COORDENADOR da pré-candidatura de Marina Silva (PV) à Presidência, Alfredo Sirkis, lançou mão de uma fórmula astuciosa para indicar o lugar da senadora no espectro ideológico: ela não se encontraria nem à esquerda, nem à direita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -mas à frente.

A ideia de uma opção eleitoral “pós-Lula”, que resiste à desgastada e por vezes enganosa oposição entre petistas e tucanos, é uma estratégia pertinente.

Ajusta-se, antes de tudo, à marca da candidatura, que prescreve novas relações entre economia e ambiente – algo difícil de ser enquadrado nos surrados rótulos esquerda e direita. A pauta ambiental, aliás, desperta com frequência rejeições das duas alas, embora tenha-se tornado eleitoralmente vantajoso posar de defensor da natureza.

Essa ambiguidade é nítida na súbita “conversão” ao discurso contra o efeito estufa da ministra Dilma Rousseff -a “mãe” do desenvolvimentismo estatal. De maneira análoga, na oposição é comum a transigência com agressões ao ambiente, embora o governador José Serra também tenha anunciado metas de redução de emissões em São Paulo.

Mas se a presença de Marina cobra dos adversários mais atenção com a temática ecológica, sua candidatura, em sentido contrário, vê-se instada a apresentar propostas consistentes em outras áreas. É o que tem feito -e até aqui de modo mais claro do que os rivais. A entrevista com o possível vice da chapa, o empresário Guilherme Leal, que a Folha traz hoje, é prova disso.

Sabe-se que a candidata dará ênfase à educação; que defenderá uma concepção moderna de Estado, mais leve e eficiente; que será favorável à racionalização tributária; que preservará a autonomia do Banco Central; e que manterá o Bolsa Família.

Para quem imaginava uma postulação confinada a clichês verdes, Marina Silva vai-se revelando uma boa surpresa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Banco do Brasil e Caixa vão represar a alta dos juros

Valor Econômico
Fernando Travaglini, de São Paulo


A Caixa Econõmica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.

A elevação dos juros básicos, que pode ocorrer já na reunião do Comitê de Política Monetária, na quarta-feira, abrirá novo capítulo na concorrência entre bancos públicos e privados. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.

A CEF não pretende alterar as tabelas de suas operações de crédito se a Selic for até 9,5% ao ano. Os bancos médios não devem subir as taxas num primeiro momento, pois têm mercado a recuperar e estão mais líquidos que os grandes, já que não foram afetados pela elevação dos depósitos compulsórios.

Como criar emprego e renda e produzir riquezas sem gerar degradação ambiental?

Interessante a coluna de André Trigueiro na CBN sobre desenvolvimento sustentável e uma nova economia menos poluente.

Ouça aqui.

sábado, 13 de março de 2010

O recado dos recifenses na Tamarineira hoje



A bela manhã de sol do Recife hoje teve um colorido especial. Verde. Esta foi a cor que predominou nas ruas do entorno do terreno do Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamanineira, durante toda a manhã. Assim como outras centenas de moradores do bairro, integrantes de entidades que defendem o meio ambiente e recifenses em geral que lutam pela preservação daquela área, também vesti verde para engrossar as fileiras daqueles que não aceitam que os interresses econômicos se sobreponham à vida.

As pessoas saíram espontaneamente de casa para dar esse recado: o terreno da Tamarineira é área de preservação ambiental. Se é para sofrer modificações, que seja para melhorá-lo. Que o poder público deixe de lado a omissão e assuma aquele espaço, transformando-o em um parque e área de socialização verde e pública.

Foi muito bom encontrar hoje tanta gente com essa mesma idéia. Pessoas das mais diversas organizações políticas, idades e áreas de atuação diversam deram as mãos para dançar uma bela ciranda (puxada por Lia de Itamaracá) e abraçar a Tamarineira. Foi emocionante e nos motiva a encarar essa luta de frente. Representantes das mais diversas entidades disseram isso lá, assim como outros tantos anônimos, unidos pelo amor pela consciência sutentável, amor à vida e sentimento de justiça. Vamos à luta e até a próxima.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dormindo ministro e... acordando ministro


Use o ex-amigo de seu adversário contra ele. Uma receita muito usada pelo stalinismo. Racionalizações pseudo-ideológicas mascara simples jogo de poder na saída --atirando-- de Juca Ferreira.

Alfredo Sirkis

“Não posso dormir ministro e acordar na oposição”, essas aspas de Juca Ferreira contêm a quase honesta justificativa da sua posição de apoiar a candidatura de Dilma e passar a bater em Marina. Quase, porque a totalmente honesta seria: “Não posso dormir ministro e acordar não-ministro. Quero poder dormir ministro e poder sonhar que vou acordar ministro, até final de 2014, pelo menos”.

Fica mal travestir essa realpolitik, esse pragmatismo egocêntrico, tão enraizado na política brasileira com sentenciosas racionalizações. A língua inglesa tem uma boa expressão: self fulfilling prophecy, uma profecia de natureza a engendrar sua própria realização. É o que praticam os dilmistas --agora, Juca é um deles-- quando tentam nos empurrar para cima dos tucanos.

Esperamos estar no segundo turno. A campanha de Marina está crescendo e costumo dizer --acreditando-- que irá muito mais longe do que eles pensam e muito mais longe que nós mesmos imaginamos. Se, ao fim, ao cabo, não estivermos no segundo turno vamos discutir o que fazer, em Outubro. Seria inteligente da parte deles --é o que o Serra faz-- evitar um tratamento hostil e arrogante. Mas, iria contra uma cultura de esquerda autoritária e beligerante.

Dilma está possuída de soberba e arrogância quando aceita o histórico escorregão de Lula, comparando os presos políticos cubanos com bandidos e, quando recusa-se a defender seus mais elementares direitos humanos, evitando discordar do chefe “nem que a vaca tussa”, para se solidarizar minimamente com o sofrimento desses presos políticos, igual ao dela, no passado.

No mais, é uma velha tática stalinista, escalar alguém próximo para atacar, acusar. Há dezenas de casos assim nos anais da velha esquerda. Detalhe: em geral, esses personagens são utilizados e depois descartados.

Hipocrisia

O PV defende e continuará defendendo --muito mais que o PT-- a discriminalização do aborto e os direitos dos homossexuais. Temos companheiros que, por motivos de consciência religiosa, discordam dessas posições e lhes é assegurada essa clásula de consciência. Marina aceita a união civil de pessoas do mesmo sexo e considera que são temas afeitos ao Legislativo, e que podem eventualmente ser dirimidos por referendo popular.

Exatamente, o mesmo tipo de posicionamento pode ser encontrado no PT. Dentre os aliados de direita e extrema-direita do governo (no PP, PMDB, etc...), há muitos militantemente contrários à discriminalização do aborto e francamente homófobos, coisa que no PV não existe e seria (a homofobia militante) motivo de expulsão.

Juca disse ser o suposto recuo em relação a esses temas a razão de sua dissidência mas, no seu novo lado está cercado por pessoas que também têm posiçõe,s francamente e militantemente, reacionárias a respeito.

É curioso nos acusar, o PV e Marina, de “direita”, por causa da suposição que fazem (a tal self fulfilling prophecy) sobre segundo turno enquanto, eles, já no primeiro, estão na cama com Jader Barbalho, Renan Calheiros, e outros expoentes das oligarquias coronelistas mais tradicionais, que certamente agora merecerão aquele diploma “de esquerda”, que só o PT pode conferir.

Ah, meus amigos...

A pior coisa a respeito de fazer política é vê-la solapar amizades de décadas que a gente julgava definitivas. Sinto que praticamente perdi meus três melhores e mais históricos amigos, de 30, 40 anos e isso, pelo menos para mim, é tremendamente doloroso.

Outro dia me lembrei do filme Spartacus, obra prima dirigida por Stanley Kubrick. Na escola de gladiadores havia um negro fortíssimo, acho que se chamava Garba, que logo foi avisando a Spartacus: “gladiador, nunca faça amigos gladiadores porque amanhã poderá ter que lutar com eles até a morte”.

[Garba não seguiu a própria recomendação e o estopim da revolta dos escravos foi quando se recusou a matar Spartacus --o qual conseguira prender numa rede à mercê do seu tridente-- e foi morto arremetendo contra a tribuna de honra onde estavam os nobres romanos.]

Me lembrei do filme ao me perguntar se nós ao fazer política ficamos como os gladiadores, impossibilitados de fazer amigos ou, no caso, de conservar os que já tínhamos a tantos anos, quando as coisas eram claras e sem todos esses meios-tons.

Prezo muito a amizade. Penso que é uma das coisas mais importantes da vida. Já não se fazem amigos como antigamente. Aqueles de ir na casa, de não ter segredos, de falar sobre as mulheres, de falar besteira sem se policiar. Sou bastante condescendente com defeitos dos meus amigos, espero que sejam, pelo menos, um pouco com os meus. No passado, vivemos situações extremas. Arrisquei a minha vida para tirar dois deles da cadeia e da tortura, penso que teriam feito a mesma coisa por mim se as circunstâncias fossem ao contrário.

Talvez, tenha sido o tempo e certamente foi a política. A relação mudou. Comecei a perceber jogos táticos e estratégicos, não-ditos. Percebi que estava virando uma relação “política”, quando para esses amigos virei “Sirkis”, e não mais Alfredo (ou Alfredão). Um dia virei pessoa jurídica... As relações tornaram-se distantes e permeadas de cautelas, artifícios e eventuais artimanhas. O medo da traição e da rasteira passou morar no quarto dos fundos.

Não gosto de política tanto assim. Para mim é um meio de emplacar sonhos, projetos, idéias. A atividade, em si, frequentemente me exaspera e incomoda com uma imensa perda de tempo. É mais gostoso escrever, por exemplo. Gosto do executivo, das policies; tenho cada vez mais problemas com as politics propriamente ditas. O inglês faz essa distinção entre políticas públicas (policies) e a política de poder (politics). No seu livro de memórias, o Bill Clinton sustenta que para podermos fazer as primeiras é preciso se garantir na segunda. Deve ter razão.

Segundo parece, para sermos bons de politics devemos, como Garba disse (mas não fez...), abrir mão da amizade e, pior, eventualmente engolir aliados que consideramos do mal. Seres humanos pelos quais temos um perplexo horror ou simplesmente um condescendente desprezo. O preço vai ficando proibitivamente alto em matéria de perdas e de sapos a serem devidamente engolidos.

Política virou um vício, uma cachaça? Será que vale mesmo a pena?

Perdoem os 5 minutos de perplexidade. Isso passa.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Em tempo: Mulheres sustentáveis


Nota do Blog: Tivemos problemas na atualização do blog no último dia 8 (dia Internacional da Mulher), mas ainda é tempo de falar do assunto. Aliás, sempre é.

Por Nádia Rebouças*

Creio que não podemos falar em mulheres genericamente. De que mulher vamos falar? Das executivas que são diretoras de grandes empresas? Daquelas que conseguiram se destacar na política e chegaram até ao cargo mais alto do país? Daquelas que em várias atividades, lutam para construir um mundo melhor, se posicionando como agentes políticos?

Ou será que falamos daquelas que levam de 2 a 3 horas para ir e vir do trabalho, que não tem com quem deixar seus filhos, que cuidam de tudo sozinhas porque os maridos... Essas ficam com medo da adolescência de seus filhos porque ela vem carregada de ameaças: drogas, violência, armas e falta de oportunidades. Encontramos ainda as que sofrem muita violência doméstica, que nos pedem ajuda também para os homens, para que possam melhorar a qualidade de vida. Algumas perdidas na zona rural ou ribeirinhas que vivem situações de violência doméstica em localidades sem qualquer apoio.

Ou falaríamos da novíssima geração, essa sim, contaminada pelos novos tempos que se anuncia que proíbem ou controlam a TV para seus filhos, insistem em novos hábitos alimentares, lêem rótulos de alimentos e remédios, que controlam o consumo do supérfluo? Sonham com as ecovilas, tentam reciclar o lixo em suas casas, para nada (os condomínios e prefeitos não fazem sua parte), têm filhos de parto normal, e escolhem amamentar e amamentar e tentam buscar o difícil equilíbrio entre o profissional e a família?

Nossa, mas ainda temos tantas outras mulheres! Aquelas que escolhem focar em plásticas, academias, regimes e roupas justas. As hetero e as homossexuais e, claro, as bissexuais. Já temos até uma parcela que escolhe viver só, sem filhos.


Além disso, ainda temos as que estão mudando o sentido do que se convencionou chamar de velhice, as mesmas que começaram a revolução, lá atrás. Muitas na mesma luta para construir novos tempos.

Um perigo falar de mulheres. Somos o que somos, o que escolhemos, o que pensamos ou queremos ser. Pelo menos fica claro o que conquistamos, temos muito mais direito de escolha. Nunca em nenhum outro momento da civilização as mulheres foram tão diversas. Uma coisa, no entanto, não mudou, a nossa capacidade de influenciar a educação de futuras gerações, ao contrário, ela só aumentou. A pergunta que fica é o que fazemos com esse nosso poder influenciador para manter nossa casa azul e solta no universo, respirando? Será que daqui a, sei lá, 20 anos, vamos ter uma revolução do feminino, onde homens e mulheres vão redescobrir o sentido da palavra proteger?

(*) Nádia Rebouças é especialista em Comunicação para a Sustentabilidade e sócia da Rebouças & Associados.

O mercado como ferramenta para salvar espécies (?)

Esquemas de compensações ambientais para a preservação da biodiversidade estão se expandindo pelo mundo, porém ainda falta transparência e confiabilidade à maioria deles para que assumam um maior papel na defesa do meio ambiente

Fabiano Ávila

A idéia é simples: se um empreendimento destrói determinada área ambiental, um mangue, por exemplo, ele deve compensar essa devastação financiando a recuperação de algum outro habitat. Esse tipo de iniciativa está se tornando comum em diversas partes do mundo, mas 80% delas ainda não consegue calcular de maneira exata o custo que deveria ser pago pelas empresas.

Essa é uma das conclusões do State of Biodiversity Markets: Offset and Compensation Programs Worldwide, compilado pela Ecosystem Marketplace e publicado na última sexta-feira (5). Durante um ano a equipe por trás do relatório pesquisou esquemas para a preservação da biodiversidade que tornam possível que empreendedores promovam contrapartidas para quaisquer danos que causem ao meio ambiente.

Foram documentados 39 programas governamentais já em funcionamento com iniciativas de “mitigações compulsórias” e outros 25 em formação. Esses esquemas demandam que os empreendedores evitem os danos ambientais sempre que possível e que restaurem outros habitats caso prejudiquem a natureza. O relatório revelou que quando bem estruturados, essas iniciativas criam uma rede de benefícios ambientais que geralmente são maiores que o dano inicialmente provocado.

Mais de 600 “bancos ambientais” funcionam sob esses esquemas. Eles buscam conseguir recursos ao restaurar áreas degradadas que depois são vendidas para empresas que precisem compensar seus danos ambientais. Desses "bancos", 70% são operações privadas que visam lucro, enquanto o restante são ações governamentais ou de ONGs.

“Nosso pensamento original foi apenas verificar o que estava sendo feito nesse setor ao redor do mundo. Mas assim que começamos a levantar os dados foi como abrir a caixa de Pandora. Nós não imaginávamos que esse setor já fosse tão grande. É como se existisse todo um novo mundo que eu desconhecia”, afirmou Becca Madsen, administradora do programa de biodiversidade do Ecosystem Marketplace e uma das autoras do relatório.

Apenas 20% dos projetos documentados apresentam dados de preços, mas mesmo assim esse mercado já atinge um valor anual de US$ 1,8 bilhões a US$ 2,9 bilhões. Além disso, cerca de 86 mil hectares estariam sendo protegidos a cada ano, o equivalente ao tamanho da ilha de Manhattan.

O State of Biodiversity Markets: Offset and Compensation Programs Worldwide analisou somente programas cujas estruturas funcionam ao redor da “hierarquia de mitigação” (evitar, minimizar e mitigar impactos à biodiversidade). Mas reconhece que existe uma grande gama de instrumentos econômicos para a proteção da biodiversidade.

Foram analisados projetos de todas as regiões, divididos em América do Norte, América Latina, Europa, África e Austrália-Nova Zelândia. O documento também explicou as leis vigentes em cada esquema e os modelos de incentivo para a iniciativa privada.

Brasil

O relatório dedica algumas páginas ao Brasil, que se destaca mundialmente por já ter leis estabelecidas sobre compensações ambientais. A base da proteção ambiental brasileira é a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (LPNMA) e a Política Nacional de Biodiversidade, essa última se aplica especificamente para a compensação ambiental. Em alguns casos existem legislações próprias para determinados ecossistemas, como a Lei da Mata Atlântica.

Outro item importante da política ambiental é o Código Florestal, em vigor desde 1965. Ele determina, entre outras coisas, que proprietários de terras mantenham intactas porcentagens de vegetação nativa. No caso de não conseguirem cumprir esta cota, eles podem compensar financiando a conservação de outra área de floresta nativa, preferencialmente dentro da mesma bacia hidrográfica. O Código está em intensa discussão e pode sofrer grandes alterações ainda este ano, a contragosto de muitos ambientalistas.

Existe ainda a compensação de impacto industrial, que é obrigatória de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei N° 9.985, de 18 de julho de 2000) que exige que um máximo de 0,5% do custo total dos empreendimentos seja direcionado para as Unidades de Conservação através do Fundo de Compensação Ambiental.

Esse fundo está sendo revisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou ilegal a cobrança desses 0,5% por acreditar que muitas obras têm baixos custos e grandes impactos, o que tornaria esta porcentagem uma quantia muito pequena.

Segundo o Instituto Chico Mendes, entre 2000 e 2008 o fundo arrecadou quase R$ 500 milhões em 300 compensações. Entretanto, desses R$ 500 milhões, cerca de R$ 209 milhões estão retidos, esperando a decisão final do STF. Apenas R$ 143 milhões estão disponíveis para o uso em áreas protegidas e R$ 49,5 milhões das compensações foram realmente já executadas.

Tentativa e Erro

O relatório afirma que esses esquemas de compensação tendem a evoluir em saltos, muitas vezes testando fórmulas que não funcionam e voltando para a estaca zero e recomeçando.

“Muitos desses programas atravessam longas fases como piloto, nas quais vão testando os melhores métodos antes de virarem estruturas definitivas e nacionais. Tanto na Austrália quanto na África os esquemas tendem a se manter em escala estadual, mas aos poucos os governos federais estão tomando parte”, explicou Madsen.

Diferentes partes do mundo possuem diferentes tipos de investidores em compensações ambientais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o setor de transportes é o que mais busca essas iniciativas, enquanto na Austrália são as companhias de água e na África as indústrias de mineração e metais.

Muito ainda tem que ser feito para a consolidação desses esquemas, mas o crescimento desse tipo de iniciativa pode representar uma nova fronteira na preservação ambiental. Porém, isso nunca deverá servir de desculpa para que os governos e a própria sociedade diminuam sua responsabilidade com o meio ambiente.

Fonte: Carbono Brasil.

terça-feira, 9 de março de 2010

Caixa causa insegurança nos bancários com extinção de áreas sem aviso prévio


Os empregados da Caixa, em especial os que atuam nas Gifus (Gerências de Administração de Fundos e Seguros Sociais), foram surpreendidos com a implementação de um processo de reestruturação de filiais realizado pela empresa sem comunicação prévia ou mesmo abertura de negociação com os bancários.

Desta forma, o banco deixou ciente os 578 empregados de que as filiais na quais trabalham serão extintas. Esses locais irão se transformar em duas centralizadoras, uma em São Paulo e outra ainda a ser definida. A Caixa prometeu realocar os bancários que não seguirão para as centrais, porém até o momento nada foi divulgado.

"O banco está agindo sem o mínimo de cuidado com os empregados. Quais as alternativas e prazos para que os bancários deixem seus locais de origem?", questiona Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa). "Não houve nenhuma discussão sobre remuneração e garantias aos empregados", completa Jair.

A postura da Caixa vem causando preocupação entre inúmeros empregados, não só aos que atuam nas Gifus, mas a todos que estão em filiais, já que há um grande contingente de bancários trabalhando em setores como este, presentes na maioria dos estados. "E quanto aos demais empregados de filiais, há também a possibilidade de passarem pela mesma situação?", questiona Jair.

A Contraf-CUT cobra que a Caixa tenha mais responsabilidades com a vida dos trabalhadores. "Devidas ou não as modificações, exigimos respeito aos bancários, e que sejam apresentadas alternativas a todos envolvidos no processo de reestruturação", conclui Jair.

"A Contraf/CUT tem solicitado insistentemente na mesa de negociação permanente que os representantes da empresa apresentem para os trabalhadores o chamado 'novo modelo de gestão', já que há rumores desde o final do ano passado de que isto representaria um grande enxugamento nas áreas meio", afirma Plínio Pavão, secretário de saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

Segundo Plínio, "o que também tem preocupado os empregados são os comentários não confirmados oficialmente pela Caixa que estariam sendo inclusas no mesmo plano de reestruturação a redução das Gipes das atuais quinze para apenas cinco em todo o País", diz.

"Além de colocar os empregados que nelas trabalham na mesma situação de insegurança, ainda trarão reflexos negativos à gestão do Saúde Caixa e dos programas de Saúde do Trabalhador. Nesse sentido as entidades sindicais estão colhendo assinaturas em abaixo assinado, cujo prazo de retorno à Confederação se encerra em 20 de março", conclui Plínio.


Fonte: Contraf-CUT

BB paga PLR nesta quarta


Atendendo reivindicação da Contraf-CUT, o Banco do Brasil paga nesta quarta-feira, dia 10, o pagamento do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2009. O BB confirmou a data de pagamento na reunião realizada com a Contraf-CUT no dia 4 de março, em Brasília.

O número total de bancários que terão direito a receber a PLR soma 95.720. O montante a ser distribuído pelo banco no segundo semestre é superior a R$ 770 milhões. Conforme o acordo firmado em 2009, o valor fixo da PLR é resultante da distribuição de 4% do lucro líquido do semestre (que foi de R$ 6,140 bilhões) mais a metade do valor da Fenaban, cabendo, assim, a cada funcionário R$ 3.049.

A essa quantia some-se mais 45% do valor do salário paradigma ou do VR, conforme o caso.

Os ocupantes de cargos de comissão receberão ainda o módulo bônus, de modo a complementar, no mínimo, dois salários. Os postos efetivos irão embolsar cerca de R$ 3.740 e o caixa cerca de R$ 4.100 (valores brutos).

Nossa Caixa

Conforme reivindicado e negociado com o banco pela Contraf-CUT e sindicatos da Fetec-SP, os bancários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro de 2009 receberão o equivalente a um sexto desses valores.

Adicionalmente foi garantido que no caso dos comissionados será pago o módulo bonus, considerando a média aritmética simples dos salários de cada função como o salário paradigma.


Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Brasília

segunda-feira, 8 de março de 2010

A história das coisas



Ótimo vídeo para refletirmos sobre nossos hábitos de consumo e sobre a irracionalidade do homem.

domingo, 7 de março de 2010

Marina por Anselmo Gois (coluna de hoje em O Globo)

Isto é Marina
Marina Silva, candidata do PV à Presidência, tem viajado para cima e para baixo em avião de carreira.
Recusou-se a usar um jatinho cedido pelo empresário Guilherme Leal, presidente da Natura, e provável vice em sua chapa.

Segue...
A senadora pode, quem sabe?, até usar um avião alugado na campanha, desde que esteja dentro das normas do TSE.

Outra...
Marina foi por conta própria a Copenhague, em dezembro, para a Conferência do Meio Ambiente. Viajou de classe econômica.
Recusou passagens oferecidas pelo Senado. Quando o PV soube, fez um upgrade para a classe executiva, na volta.

Para concluir...
O grande pesquisador social Ricardo Paes de Barros, do Ipea, vai ajudar a fazer o programa de governo de Marina.

PV confirma candidaturas próprias em MG, BA, PE e RJ

Em reunião realizada em Brasília, a Executiva Nacional consolidou os projetos de candidaturas próprias a governador, fortalecendo pré-candidatura de Marina Silva

Comunicação do PV - www.pv.org.br

Com a presença de mais de 50 dirigentes nacionais, a reunião da Comissão Executiva Nacional do Partido Verde foi marcada pela análise de conjuntura das eleições 2010. O Deputado Federal Fernando Gabeira, pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, lembrou que as pesquisas eleitorais refletem apenas um momento específico e que não é preciso se preocupar com elas a sete meses das eleições.

A direção verde aproveitou a oportunidade para referendar o apoio a pré-candidatura do Deputado Federal Zé Fernando ao governo de Minas Gerais. Foi aprovado o nome de Ronaldo Vasconcellos para a presidência do diretório mineiro. Em discurso contundente, Zé Fernando afirmou que a candidatura não é apenas para marcar posição e que entrará na disputa para vencer.

Os verdes baianos também receberam o apoio unânime da Executiva Nacional para o seu projeto de candidatura própria no estado, onde o Deputado Federal Luiz Bassuma é pré-candidato a governador.

Ficou decidido também um pedido para o que o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, se licencie do cargo até o dia 31 de março, para se dedicar exclusivamente ao projeto nacional do Partido Verde, representado pela pré-candidatura da Senadora Marina Silva à Presidência da República.

A reunião ocorreu na sede do PV, em Brasília, na última quinta-feira (4/3).

quinta-feira, 4 de março de 2010

Caixa paga segunda parcela da PLR nesta sexta


Atendendo a reivindicação da Contraf-CUT, a Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira, 1º de março, que realizará o pagamento do valor restante da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta sexta-feira, dia 5.

Segundo cálculos da subseção do Dieese na Contraf-CUT, os empregados da Caixa receberão a regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT) (90% do salário base mais R$ 1.024) e mais uma PLR Adicional, cujo valor ficará em torno de R$ 740 (dos quais R$ 532,90 já foram pagos na antecipação).

Além disso, o acordo entre o banco e os trabalhadores prevê que a empresa garanta aos bancários um valor mínimo de PLR de acordo com o cargo ocupado pelo trabalhador, variando de R$ 4 mil até R$ 10 mil. Da PLR calculada com base no lucro auferido pelo banco em 2009, será descontada a primeira parcela já recebida pelos trabalhadores em 3 de novembro de 2009.

É importante lembrar que a Caixa optou por pagar antecipadamente a PLR integral em novembro de 2009. No entanto, as previsões de lucro disponíveis naquela ocasião e que foram utilizadas pelo banco para o cálculo trabalhavam com um resultado menor do que alcançado, levando a um redutor de 23% no valor pago aos bancários. Os empregados receberão agora a diferença entre os dois valores.

Fonte: Contraf-CUT

Em 6 anos, caatinga tem desmatada área equivalente a quase 3 vezes o DF


Total devastado subiu de 43,38% para 45,39% entre 2002 e 2008.
Produção de lenha e carvão vegetal são principal causa, aponta o MMA


São Paulo - O desmatamento na caatinga entre 2002 e 2008 foi de 16.576 quilômetros quadrados, o equivalente a quase três vezes o Distrito Federal, segundo divulgou nesta terça-feira (2) o Ministério do Meio Ambiente. O total desmatado da caatinga saltou de 43,38% para 45,39% nesse período.

A taxa anual média de desmatamento nos seis anos foi de 2.763 quilômetros quadrados - o equivalente às áreas dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro somadas. "Os números são assustadores. É muito. Isso tem de ser reduzido", diz o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

De acordo com os dados do monitoramento divulgados pelo MMA, a principal causa da destruição da caatinga deve-se à extração da mata nativa para produção de lenha e carvão vegetal destinados principalmente aos pólos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo. Outros fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. O uso do carvão em indústrias de pequeno e médio porte e em residências também aparece entre as causas da devastação.


Municípios

Da lista de dez municípios brasileiros que mais desmataram a caatinga nesses seis anos, quatro estão no Ceará (Acopiara, Tauá, Boa Viagem e Crateús), quatro na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Campo Formoso, Tucano e Mucugê) e dois em Pernambuco (Serra Talhada e São José do Belmonte). Segundo o ministério, a emissão média anual de dióxido de carbono (CO2) durante esse período, devido ao desmatamento da caatinga, foi de 25 milhões de toneladas.

Minc destacou que o desmatamento da caatinga é pulverizado, o que significa que não se concentra em uma determinada área, o que torna mais difícil combatê-lo. Entre as principais causas do desmatamento da caatinga estão o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agrícola e pecuário.

*Com informações da Agência Estado

Fonte: Globo Amazonia.

Defesa Nacional e Sustentabilidade


Marina presidente será também a comandante em chefe das Forças Armadas brasileiras. Hoje há pouco debate sobre defesa nacional. Tende-se a discutir o passado, não o futuro. Esse texto abre um debate.

Alfredo Sirkis


O Brasil precisa de uma nova doutrina de Defesa Nacional para fazer frente aos desafios do Século XXI e seus cenários futuros. Novas missões se colocam diante das Forças Armadas que precisarão estar preparadas para fazer frente a novos tipos de ameaças. A discussão sobre Defesa Nacional é importante e oportuna e o Partido Verde busca desenvolvê-la mediante diálogo com diversos setores, inclusive o acadêmico, mas, principalmente, com os militares das três armas.

Identificamos três grandes ameaças ao Brasil que implicam em revisão de doutrina, elaboração de estratágia, preparação e adequação de novos meios:

I – O aquecimento global e seus efeitos sobre o Brasil.

A maior ameaça de defesa nacional se origina no aquecimento global cujos efeitos sobre o Brasil são altamente procupantes. Há evidencias científicadas de que a temperatura no Brasil sofrerá um aumento de mais de 20% em relação a média do planeta e que haverá um intenso impacto sobre a floresta amazônica, com a possibilidade de sua “savanização”, sobre o semi-árico nordestino com sua desertificação e sobre a região centro-sul, provocando uma intensificação de fenômenos atmosféricos extremos que já começamos a presenciar. Também são previsíveis impactos sobre o litoral com a elevação no nível dos oceanos e inundações de áreas de baixadas. Tudo isso implica em graves perdas econômicas, sociais e processos de migração internos acarretando inchaço de periferias de grandes e médias cidades.

Diante dessa ameaça são missões de defesa nacional o combate à destruição das florestas e queimadas para reduzir nossas emissões de CO2 e sua contribuição ao aquecimento global, a prevenção de conflitos em decorrencia direta ou indireta desse processo e o monitoramento, patrulhamento e defesa dos grandes ecossistemas brasileiros o que inclui, naturalmente, a defesa efetiva de nossa soberania sobre eles.

II – Conflitos em países vizinhos e defesa das fronteiras, espaço aéreo e mar territorial.

O Brasil mantem historicamente boas relações com o conjuto das nações vizinhas. Conservar esse feliz legado histórico é um objetivo fundamental. No entanto, não se pode ignorar o recente aumento de tensões internas em alguns desses países por ação de agentes governamentais e não-governamentais que podem provocar futuros conflitos que, em algum momento, desbordem para o território nacional. Nossas Forças Armadas precisam estar equipadas e preparadas legal, doutrinária, logistica e operacionalmente para fazer frente a qualquer contingência. Por outro lado o aprefeiçoamento do controle sobre as fronteiras terrestres, espaço aéreo e mar territorial necessita ser aperfeiçoado para coibir o contrabando de armas e drogas e a criação de infra-estruturas que sirvam a esses propósitos.

III – Quebra no monopólio das Forças Armadas sobre o armamento de guerra, controle territorial e insurgência local.

Embora a segurança pública seja primordialmente missão policial, há aspectos vinculados a modalidades criminosas vigentes que podem eventualmente extrapolar essa esfera e assumir conotações de ameaça à defesa nacional. A posse e uso de armamento de guerra privativo das Forças Armadas por bandos armados do narco-varejo, seu controle sobre territórios e seu enfrentamento direto com as instituições e a sociedade, a partir de uma certa escala, constitui um desafio que justifica a eventual participação das Forças Armadas em apoio indireto ou direto às polícias, em situações extremas. Implica também em atividades rotineiras de inteligência, monitoramento, treinamento e aperfeiçoamento da segurança de unidades militares.

O reconhecimento de uma situação que implica em novas missões e prioridades na Defesa Nacional leva à constatação de que é preciso reverter o processo desvalorização e desmotivação que nos últimos anos caracterizou a relação dos governos com as instituições militares e que se reflete em perdas e inadequações orçamentárias, má remuneração e deficiente interlocução. O Partido Verde entende que o momento é oportuno para um diálogo em torno do orçamento de defesa, do reequipamento das três armas e da valorização da carreira militar bem como das intefaces tencológicas e econômicas e das sinergias que podem ser criadas por investimentos que simultâneamente sirvam a propósitos militares e civis.

Finalmente, consideramos que o campo de diálogo e debate sobre os diferentes temas atinentes à Defesa Nacional tem como foco o presente e o futuro. Conflitos passados de nossa história servem de lição e de inspiração para evitar que certos erros se repitam. Não devem, no entanto, ser artificialmente reavivados por motivações políticas de forma a fazer do passado obstáculo para que possamos juntos encarar os futuros desafios que se colocam para a defesa do Brasil.

quarta-feira, 3 de março de 2010

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terça-feira, 2 de março de 2010

Marina visitará Caruaru, Nova Jerusalém e Garanhuns



Marina mira mulheres, cristãos e classes C e D
PV traça estratégia para dar visibilidade à senadora em segmentos populares do eleitorado, lembrando infância pobre e católica

Após gravar participações em programas populares na TV, pré-candidata viajará para Nordeste, onde visitará a Feira de Caruaru, em PE


MALU DELGADO
DA FOLHA DE SÃO PAULO


As classes populares (C e D) e sobretudo o eleitorado feminino cristão são hoje alvos prioritários do PV na pré-campanha da senadora Marina Silva (AC) à Presidência da República.

Coordenadores da pré-campanha constataram que devido ao altíssimo grau de desconhecimento do eleitorado sobre a candidatura é necessário aumentar o grau de exposição de Marina neste segmento, no qual historicamente a penetração do PV é baixa.

Conforme dados da última pesquisa Datafolha, de fevereiro, 44% dos entrevistados não conhecem Marina. Entre os 56% que sabem quem ela é, 30% a conhecem "só de ouvir falar" e 19% "só conhecem um pouco". O melhor desempenho de Marina é entre o eleitorado com curso superior (13% das intenções de voto) e o que recebe de cinco a dez salários mínimos (11%). Os piores índices são justamente entre os eleitores com ensino fundamental (7%) e rendimentos de até dois salários mínimos (8%).

A estratégia do PV explica a participação de Marina na semana passada nos programas de Ratinho e de Netinho, do SBT, e ontem à noite no programa católico de Gabriel Chalita, na TV Canção Nova. Nestes programas, ela tem falado sobre a biografia, as dificuldades da infância e adolescência, os elos com a religião católica -seu sonho era ser freira -, e sobre como enfrentou preconceitos de gênero na família.
"Que diferente", reagiu Netinho, no programa Show da Gente gravado na semana passada, ao saber da ambição juvenil de Marina, hoje evangélica.

A pré-candidata viajará no final do mês a Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde participará de eventos populares, como a Feira de Caruaru. Visitará ainda Nova Jerusalém e Garanhuns, terra natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Marina tem bom acesso a mulheres pobres, um segmento no qual o PV nunca sonhou chegar nem perto, se identificam com ela por sua história, sua vida cristã", disse o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ), coordenador-geral da pré-campanha. Segundo ele, a candidatura de Marina apresenta potencial de crescimento, especialmente neste segmento. "É um eleitorado extremamente fiel, uma vez conquistado. Não está sujeito às oscilações da classe média, que tem voto estratégico e volátil", explicou.
Para o ex-deputado Luciano Zica (PV-SP), responsável pela definição da agenda da pré-candidata, "Marina tem tudo a ver com as classes C, D e E". "É a origem dela", disse. O objetivo central ao definir a agenda, afirmou Zica, é a necessidade "de expor Marina ao maior volume de pessoas, de todas as classes".

"Minha avó sempre dizia: bicho de perna curta corre na frente", contou Marina, semana passada, ao sair do estúdio do SBT. Ela disse não ter a mesma exposição midiática que os rivais Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Ao fim do programa, Netinho disse o que o PV almeja: "Você é uma grande inspiração para mim e para quem veio de baixo".

Fonte: Folha de São Paulo

Omissão do Poder Público

(publicado no Jornal do Commercio de 02.03.2010)

Roberto Leandro*

A notícia da semana no Recife é o projeto de transformação da área do Hospital Psiquiárico Ulysses Pernambucano (Tamarineira) em um complexo cujo centro vai ser um novo Shopping Center, o que vem deixando inconformados boa parte dos moradores dos bairros próximos da região. Uma análise mais profunda do caso demonstra que mesmo que os empreendedores do projeto consigam cumprir a promessa de preservar 70% da vegetação no local (o que pode ser considerado quase inverossímel), a situação configura-se um verdadeiro absurdo e um caso de omissão do poder público em relação a uma das poucas áreas verdes de um muncípio já tão saturado de concreto como o Recife.

A Constituição Federal em seu artigo 5º, incisos XXVIII e XXIV, garante a União, estados e municípios a prerrogativa de desapropriar propriedades privadas por utilidade pública ou interesse social (garantindo justa indenização ao proprietário). Então porque nenhuma das esferas estatais se movimenta efetivamente para transformar aquela área (hoje pertencente à Santa Casa de Misericórdia) em parque público?

Os cerca de 180 pacientes internos do hospital poderão ser transferidos, pela Santa Casa ou Secretaria de Saúde, para outro local onde até podem receber um melhor tratamento (o que já deveria ter ocorrido, independentemente do destino do terreno), mas qualquer pessoa de senso médio sabe que é impossível construir um Shopping Center naquela área sem destruir boa parte da cobertura verde existente. Deve-se lembrar ainda que um empreendimento desse porte causaria impactos ambientais nos arredores também. Como ficaria o já saturado trânsito de veículos das avenidas Rosa e Silva e Norte? Mesmo que a entrada do shopping seja feita na Cônego Barata, é bastante previsível o aumento do fluxo de carros nas vias próximas. E a poluição do ar e sonora produzida no entorno? Certamente, aumentará também.

Um planejamento urbano responsável deve direcionar e estimular grandes empreendimentos comerciais em áreas carentes disso (o que não é o caso da Tamarineira) e, mesmo assim, de forma adequada e cuidadosa, minimizando os impactos ambientais e os compensando com ações como a melhoria do transporte público no local, por exemplo.

Portanto, é obrigação do poder público tomar para si o terreno da Tamarineira, não apenas para preservar o meio ambiente, mas também para criar mais uma área de socialização na cidade. Em vez disso, infelizmente permanece inerte ou limitando-se a dizer que não foi informado. Ou seja, eximindo-se de sua resposabildade em garantir sustentabilidade ambiental nas intervenções urbanas.

Contra essa omissão das esferas estatais (particularmente municipal e estadual), a única alternativa da população é seu poder de pressão através da mídia ou apelar diretamente aos órgãos responsáveis, Ministério Público ou parlamentares. Agora, nas próximas eleições e depois delas, é preciso colocar questões como essa no centro do debate político. A luta em defesa dos poucos espaços verdes e públicos de socialização como a Tamarineira (e outros que também são constantemente ameaçados por interesses econômicos míopes e imediatistas) não é apenas uma questão local e restrita. Na verdade, está plenamente sintonizada com a busca global da humanidade por um modo de vida sustentável.

*Roberto Leandro é ex-deputado estadual e membro da executiva do Partido Verde (PV) de Pernambuco.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Oito maiores bancos do país concentram 88% do crédito


Valor Econômico
Fernando Travaglini, de São Paulo


Enquanto lá fora se discute o tamanho dos bancos no pós-crise, aqui no Brasil a concentração não para de avançar. Com a estratégia agressiva dos bancos públicos e as fusões e aquisições realizada entre os privados, a parcela de crédito na mão das oito maiores instituições brasileiras atingiu o percentual de 88,6% do total do sistema financeiro, em novembro do ano passado.

O patamar é 3,5 pontos percentuais acima do nível de junho de 2008, antes da crise, portanto, segundo levantamento feito pelo Valor a partir dos balancetes das instituições publicados mensalmente no site do Banco Central.

Já os médios, que sofreram com a falta de liquidez, viram sua participação de mercado encolher 2,4 pontos percentuais, para 9,2%. O restante, 2,2%, está nas mãos de bancos públicos de pequeno e médio porte. O estudo foi feito a partir de uma amostra de 35 bancos que respondem por 97,3% dos ativos de crédito do sistema financeiro.

A grande responsável por esse movimento foi a já bastante conhecida estratégia dos públicos de acelerar a concessão de crédito em meio à crise. A isso, soma-se a compra não só de bancos como de carteiras de instituições menores.

O Banco do Brasil viu seu "market share" avançar 3 pontos percentuais ao longo do ano passado e hoje a instituição responde por um quinto (20,1%) de todo recurso concedido por meio de empréstimo bancário. Sua carteira própria cresceu 15,5% em 2009, mas ao crescimento orgânico deve-se somar R$ 41 bilhões correspondentes à carteira da Nossa Caixa e à metade do estoque do Banco Votorantim. Com isso, a expansão do BB no ano foi de 35,2%.

Já a Caixa teve ganho de 2,3 pontos percentuais, respondendo por 8,8% dos empréstimos. Somando-se os bancos públicos menores e o BNDES, a participação estatal no sistema financeiro supera 41%.

No outro lado, os privados perderam espaço, especialmente os menores, que tiveram expansão de 6,1% desde junho de 2008, contra 60,6% do públicos e 24,9% dos grandes privados. Renato Oliva, presidente da ABBC, associação que representa os médios, pondera que há uma diferença entre concentração bancária e concorrência. Segundo ele, é até possível que haja forte competição entre as instituições públicas e privadas, por exemplo, e que isso traga benefícios à clientela. Mas ele enfatiza que esse não é o melhor caminho.

Segundo ele, o ponto principal é que o banco médio não tem a mesma estrutura de funding de uma instituição de grande porte e isso limita a concorrência e, consequentemente, a briga por menores taxas de juros.

Com a liquidez restaurada, a mensagem que os médios passaram nas divulgações de seus resultados anuais é de que estão prontos para recuperar parte do espaço perdido. O problema é que os grandes também se preparam para a disputa e os públicos não parecem dispostos a tirar o pé do acelerador. "A tendência é acentuar a concentração. Na ausência de crise, é agora que os bancos querem crescer", diz Oliva.

De fato, Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, disse que o objetivo é pelo menos manter os ganhos na crise e, se possível, "aumentar um pouco a participação de mercado". A Caixa também apresentou discurso semelhante e a expectativa de crescimento da carteira está acima dos bancos privados, que também querem avançar no ano.

Simultaneamente, no resto do mundo, começa a se intensificar o debate sobre o tamanho das instituições financeiras. Em recente entrevista ao Valor, o ex-economista-chefe do FMI, Simon Johnson, disse que deveria haver um volume máximo de ativos em relação ao tamanho da economia, um percentual entre 2% e 4% do PIB como limite para os bancos - nos Estados Unidos, nenhum banco pode ter mais do que 10% dos depósitos de varejo.

Aqui no Brasil, a título de exemplo, o Banco do Brasil fechou o ano com R$ 708,5 bilhões em ativos, o equivalente a mais de 20% do PIB. O segundo colocado, Itaú Unibanco, tem mais de R$ 600 bilhões.

Johnson também pondera que não há evidência de ganhos de escala quando bancos operam com mais de US$ 100 bilhões em ativos. No caso brasileiro, afirma o professor Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, também há um limite para a capacidade dos bancos, mas as instituições ainda estão longe desse teto.

Há, segundo ele, um potencial de lucro muito bom no futuro e os retornos tendem a ser, a médio e longo prazos, maiores do que de países desenvolvidos. A explicação é que os bancos brasileiros já têm ganhos elevados mesmo com carteiras modestas comparadas com pares mundiais. "Se crescerem 50% da carteira, não precisaram aumentar em 50% a estrutura de custo."

Carreiras do futuro estão em meio ambiente, serviços e internet

As melhores oportunidades de trabalho nesta década e na próxima estão reservadas para os profissionais que atuarem em áreas ligadas à preservação do meio ambiente, relações internacionais, qualidade de vida e internet. A opinião é consenso entre especialistas e estudiosos do assunto. “As condições econômicas podem mudar, mas esta é uma tendência que já se consolidou no cenário mundial”, afirma o professor de gestão de pessoas do Insper, Marcus Sousa.

Para o Brasil, além destas áreas, a previsão é de grande demanda por profissionais capacitados para a área de serviços. Sousa lembra que dois eventos devem trazer para o País turistas do mundo todo – Copa em 2014 e Olimpíadas em 2016 – e isso valorizará as pessoas com habilidades em relacionamento humano. “São os gestores de redes de relacionamento, os gestores de atendimento e, se tiverem formação em atendimento virtual, será melhor ainda”, explica.

Além disso, a expectativa de continuidade do crescimento econômico no País continuará mexendo com o mercado de trabalho. O País vai precisar de profissionais da área de infraestrutura e de setores da indústria que produzem bens voltados para as classes mais baixas.

O professor do Núcleo de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho do Instituto de Economia da Unicamp, Anselmo L. Santos, cita os setores de calçados, têxtil, material de construção e bens populares. Ele destaca também o setor de petróleo como importante foco para contratações. “A exploração do pré-sal vai exigir mão-de-obra especializada. A Petrobras vai intensificar estas contratações”, prevê.

O que e onde estudar?

O problema, contudo, é o que estudar para atuar nestas áreas. O professor do Insper destaca que, em muitos casos, ainda não existem carreiras específicas. “Uma boa opção é seguir a carreira de engenharia. São profissionais com formação mais completa e ampla. Por isso, têm mais oportunidades de trabalho. Este profissional acaba atuando em várias áreas de destaque, de acordo com a demanda do mercado”, informa Sousa.

Ele lembrou ainda que a especialização destes profissionais depende de investimento em educação no Brasil. “Temos muitos problemas para desenvolver a educação. Há pouco investimento. É preciso levar em conta que a formação necessita de tempo para a maturação. Até por isso, profissionais autodidatas são mais valorizados no mercado”, afirma.

O professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo, José Pastore, afirma que, com as condições atuais, o Brasil não tem como preparar profissionais em tempo hábil para estas áreas. “Estamos numa corrida na qual o alvo é um ponto móvel que se descola a cada dia. Para ‘criar tempo’ será preciso uma ampliação brutal da rede de escolas, sem perder qualidade! É um enorme desafio”, afirma.

Fonte: Ultimo Segundo iG.

Recife terá hoje o dia mais quente do ano

Do Diario de Pernambuco

Quando acredita-se que não dá para ficar mais quente do que a semana que passou, o tempo mostra que pode sim. Esta segunda-feira deve ser o dia mais quente do ano. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta a temperatura máxima de 33 graus e o nível de radiação ultravioleta (UV) chega ao seu número extremo, que é de 14. Quem for enfrentar o sol hoje não pode esquecer do protetor solar, do chapéu, óculos de sol e de beber bastante água. Ontem, a temperatura atingiu a máxima do ano, marcando 32,7 graus, segundo o Inmet, e o nível de radiação UV foi de 13. Marcas que devem ser batidas ainda hoje.

O meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) Vlamir da Silva Júnior explicou que o nível de radiação de UV está extremo e que somados a outro fatores pode aumentar a sensação de que o sol está castigando ainda mais. "O índice está elevadíssimo, mas é comum acontecer no verão. A máxima para o Recife amanhã (hoje) é de 33 graus eo nível de UV é 14. Mas a sensação vai depender também das nuvens, do vento e da umidade. Se está muito quente e muito úmido é pior. Se tem muito vento, acaba refrescando e as pessoas podem se expor mais ao sol", explicou.

Ontem, a falta de nuvens e o alto nível de radiação ultravioleta (UV) deixou a sensação de que o sol estava de rachar. A solução para muita gente foi ir à praia. Em pleno sol do meio-dia e sem uma nuvem no céu para amenizar os raios UV, o público lotava a orla de Boa Viagem. Teve gente que apostou no protetor solar e no guarda-sol para frequentar a praia no horário menos recomendado pelos dermatologistas.

O público que caminhava no calçadão da Avenida boa Viagem ou se amontoava entre cadeiras, cangas e toalhas estendidas pela faixa de areia sentia muito calor, mas nem pensava em deixar a orla. "Apesar do sol do meio-dia, vim caminhar, como faço todos os dias. Acordei mais tarde hoje, mas vim dar minha caminhada. Uso uma camisa especial (que ameniza o impacto dos raios solares na pele), chapéu e protetor solar fator 60 no rosto e 45 no corpo" explicou a comerciante Márcia Vilarim, 45 anos.

Antes de sair de bicicleta com o filho, Lucas, 9, e a neta, Maria Eduarda, 5, o empresário Ari Queiroz, 43, garantiu uma boa camada de protetor solar neles e nas crianças. "Estou achando hoje muito mais quente do que o normal. E esse horário só piora. A gente costuma vir mais cedo, mas hoje não deu", contou.

Na areia da praia, Livia Giseliu Alves, 23, passava o protetor, mas não se escondeu embaixo do guarda-sol. Ficou tomando sol de frente e de costas na cadeira de praia. "Eu fico no sol, mas de hora em hora reponho o protetor", disse. Para aguentar o calor, a estudante se refresca com cerveja. Ela e boa parte do público que se apertava entre os guarda-sóis fogem do calor assim.

Desde a semana passada quem está no Recife e em outras 12 capitais do país tem essa sensação é de que o sol nunca esteve tão forte, por conta desse nível máximo de radiação ultravioleta. Quando coincide com poucas nuvens, a sensaçãoé de que o sol nunca esteve mais forte. O cenário é típico do verão e deve se repetir até o fim da semana.

O Índice Ultravioleta (IUV) é acompanhado pela Somar Meteorologia e pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe). A medição é feita para um prazo de cinco dias com a intenção de medir a radiação do sol na superfície da terra e o efeito dele nas pessoas. A incidência dos raios é calculada de acordo com características geográficas e estações do ano. No Nordeste brasileiro, os índices permanecem na classificação extrema durante o verão por conta da posição do sol mais próxima ao hemisfério Sul. Isso significa que a escala permanece entre 11 e 14 IUV, variando de acordo com a nebulosidade.

Do Diario de Pernambuco