quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Em debate, Marina diz que Bolsa Família será mantido e lembra que PSDB era crítico do programa



Pela primeira vez na campanha, os candidatos à Presidência da República tiveram a oportunidade de falar dos problemas e desafios de uma região específica do Brasil. O Nordeste foi o foco do debate realizado nos estúdios da TV Jornal, em Recife, e organizado pelas afiliadas do SBT, com transmissão simultânea por oito emissoras.

Marina Silva defendeu a criação de ferramentas que possibilitem o desenvolvimento da região e a criação de oportunidades para a população nordestina. “Precisamos investir em educação e profissionalização para que as pessoas tenham uma inclusão produtiva”, afirmou.

O desempenho de Marina foi acompanhado pela Nega do Coque e por Dona Maria, mulheres que a candidata conheceu em julho passado durante visita à comunidade do Coque, bairro com altos índices de violência no Recife no qual está instalada a Escola Popular de Direito Constitucional Pequeno Cidadão, que gera oportunidades para crianças e jovens.

Marina reforçou seu compromisso de manter o Bolsa Família e ampliar os programas sociais já existentes, promovendo integração entre eles, para que possa oferecer “programas sociais de terceira geração” à população. Além da candidata do PV, participaram do debate José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Dilma Rousseff (PT) não compareceu.

A candidata do PV contestou a afirmação de Serra de que não era verdade que o PSDB e o DEM haviam se posicionado contra o Bolsa Família durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. E Marina fez um desafio, “aos jornalistas e aos internautas, inclusive aos da academia, que façam uma pesquisa para verificar se é ou não verdade que durante esses oito anos havia uma crítica severa ao Bolsa Família”. “Como é que agora mudou de posição?”, perguntou a candidata durante a coletiva ao comentar o debate.

A candidata disse que o direito de mudar de “visão política” não está em discussão, mas sim o fato de que a mudança seja feita de forma eleitoreira, sem justificativa. “Pode mudar e é justo que mude, só que tem que dizer que a posição anterior está sendo mudada ou que não concorda mais com os seus colegas de partido, que durante tanto tempo fizeram a crítica.”

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