Fonte: bancariospe.org.br
A greve dos bancários começou forte em Pernambuco nesta quarta-feira, dia 29. Ao todo, 192 agências foram fechadas, o que representa 50% de paralisação e mais de 5 mil trabalhadores em greve. A mobilização foi maior nos bancos públicos, com quase 100% de adesão, mas surpreendeu nas instituições financeiras privadas, com 33 unidades paradas. Os prédios administrativos também fecharam as portas. No final da tarde, o Sindicato fez mais uma assembleia com a categoria, que aprovou por unanimidade a manutenção da greve por tempo indeterminado.
Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a disposição de luta dos trabalhadores foi surpreendente para o primeiro dia de greve. “A quantidade de bancários que participou da assembleia que deflagrou a greve, nessa terça à noite, já foi uma mostra de que a categoria está mobilizada e quer lutar por suas reivindicações. Os próprios bancários fecharam as agências hoje, mesmo nos locais em que o Sindicato não passou. E o movimento tem tudo para crescer ainda mais nos próximos dias”, comenta.
Jaqueline ressalta que os bancários estão dando uma grande lição de mobilização para os bancos, ao manter a greve mesmo com a pressão dos gestores. Logo pela manhã, funcionários de praticamente todas as instituições financeiras receberam telefonemas da chefia convocando os empregados ao trabalho.
“A pressão e as ameaças têm sido muito grande. Os bancários têm reclamado muito. Inclusive os que estão parados na porta das agência estão a toda hora sendo assediado pelos gestores. Mas os bancários estão resistindo bravamente e estão de parabéns. Ressaltamos que qualquer assédio moral ou pressão devem ser denunciados ao Sindicato para que a gente possa agir”, destaca Jaqueline.
No Brasil – Além de Pernambuco, os bancários estão parados em todos os 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Em assembleias realizadas na noite dessa terça-feira em todo o país, a categoria rejeitou a proposta de reajuste de 4,29% dos bancos, que repõe apenas a inflação, e deflagrou a greve por tempo indeterminado.
“Vamos continuar parados até que os bancos atendam nossas reivindicações. Queremos um reajuste de 11% para garantir mais um aumento real de salário pelo sétimo ano consecutivo, valorização dos pisos, PLR maior, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, proteção ao emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades e mais segurança”, afirma Jaqueline.
Conforme levantamento parcial da Contraf-CUT divulgado no começo da noite, no primeiro dia da paralisação os bancários fecharam pelo menos 3.864 agências em todas as capitais e inúmeras cidades do interior onde há presença de instituições financeiras, além de centros administrativos de todos os bancos.
Mostrando postagens com marcador bancários. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bancários. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Bancos propõem 4,29%. Bancários vão a greve a partir do dia 29.

Depois de exatos 30 dias de negociações, a Fenaban rejeitou nesta quinta-feira 22 de setembro a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, como o reajuste de 11%. Os bancos apresentaram apenas a proposta de reposição da inflação dos últimos 12 meses, que é de 4,29% segundo o INPC. O Comando Nacional considera essa postura dos bancos um desrespeito aos bancários e orienta os sindicatos a reforçarem a convocação das assembleias do 28, para a deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 29.
"O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, o lucro dos bancos aumentou em média 32% no primeiro semestre e eles oferecem apenas a reposição da inflação", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve."
Os representantes dos bancos disseram na negociação desta quarta-feira que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Sobre a PLR, só informaram que pretendem aplicar a mesma fórmula do ano passado. E sobre a valorização dos pisos não apresentaram nada.
O Comando Nacional reafirmou as reivindicações da categoria e deixou claro que, além dos avanços econômicos (como aumento real de salário, melhoria na PLR e elevação dos pisos), os bancários exigem melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.
O Comando Nacional encaminhará documento à Fenaban, reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira 27 de setembro para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28.
O que os bancários reivindicam
● 11% de reajuste salarial.
● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
● Previdência complementar em todos os bancos.
● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.
● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
Negociações com BB e Caixa
O Comando Nacional volta a se reunir separadamente nesta quinta-feira 23 com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, para discutir as pautas de reivindicações específicas dos dois bancos públicos federais.
Fonte: Contrafcut
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Bancário do BB é descomissionado no Rio, sofre ataque cardíaco e morre
A notícia é da semana passada, mas vale o resgistro porque muita gente ainda não sabe e por representar o estopim da pressão exercida sobre os bancários.
Com quase trinta anos de trabalho no BB e perto de se aposentar, Luiz Carlos nunca esperava pelo que lhe aconteceu. De gerente administrativo da agência Assembleia, no Rio de Janeiro, foi descomissionado, perdendo a posição de segundo gestor da unidade para retornar ao cargo de escriturário. Além de uma perda salarial importante, o bancário sofreu com a humilhação de ser rebaixado. O motivo: não cumprimento de metas.
A vergonha e os muitos sentimentos negativos foram demais para o coração de 54 anos. O descomissionamento aconteceu numa quinta-feira. O fim de semana foi difícil, com um mal-estar constante. Na segunda-feira o estado de saúde de Luiz Carlos se agravou e, na terça, o bancário veio a falecer, vítima de um ataque cardíaco.
Os colegas ficaram indignados. O assédio moral imposto pelo BB acontece em todos os níveis, em função de metas de venda cada dia mais agressivas. É preciso vender cada vez mais, e os produtos a serem oferecidos são definidos por uma administração central sem considerar as especificidades de cada praça.
Em todo o país, bancários estão sofrendo com esta miopia da direção do banco e têm havido descomissionamentos e até demissões de trabalhadores que ainda estão na fase do estágio probatório. "Temos notícia de que, só este ano, dois concursados foram demitidos. Os descomissioamentos também estão se tornando cada vez mais comuns", relata Carlos Souza, representante do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O Sindicato já mobilizou os dirigentes para tratarem do caso de Luiz Carlos. "Estamos prestando nossa solidariedade à família e aos colegas do bancário e não vamos descansar enquanto não identificarmos os responsáveis pelo descomissionamentos", informa o sindicalista.
Uma manifestação está sendo preparada para esta sexta-feira na agência de lotação do trabalhador morto e o coletivo do BB no município solicita a adesão dos trabalhadores do interior do estado. "Pedimos que todos os bancários do BB no estado vistam preto na sexta-feira, em sinal de luto pelo colega. O assédio moral e as decisões arbitrárias acontecem em todo lugar", convoca Carlos.
O sindicalista ressalta que é fundamental a mobilização dos funcionários do banco em todo o país para combater esta situação. Para o dirigente, este é o momento de intensificar a unidade dos trabalhadores do BB, a partir da indignação pela morte de Luiz Carlos.
"Só com a unidade teremos condição de pressionar o banco a dar um basta na violência organizacional que já chegou a matar um funcionário. "Ou o BB para com o assédio moral, as demissões e os descomissionamentos, ou nós paramos o BB no Rio de Janeiro", anuncia.
Fonte: Seeb-RJ em Contraf-CUT
Com quase trinta anos de trabalho no BB e perto de se aposentar, Luiz Carlos nunca esperava pelo que lhe aconteceu. De gerente administrativo da agência Assembleia, no Rio de Janeiro, foi descomissionado, perdendo a posição de segundo gestor da unidade para retornar ao cargo de escriturário. Além de uma perda salarial importante, o bancário sofreu com a humilhação de ser rebaixado. O motivo: não cumprimento de metas.
A vergonha e os muitos sentimentos negativos foram demais para o coração de 54 anos. O descomissionamento aconteceu numa quinta-feira. O fim de semana foi difícil, com um mal-estar constante. Na segunda-feira o estado de saúde de Luiz Carlos se agravou e, na terça, o bancário veio a falecer, vítima de um ataque cardíaco.
Os colegas ficaram indignados. O assédio moral imposto pelo BB acontece em todos os níveis, em função de metas de venda cada dia mais agressivas. É preciso vender cada vez mais, e os produtos a serem oferecidos são definidos por uma administração central sem considerar as especificidades de cada praça.
Em todo o país, bancários estão sofrendo com esta miopia da direção do banco e têm havido descomissionamentos e até demissões de trabalhadores que ainda estão na fase do estágio probatório. "Temos notícia de que, só este ano, dois concursados foram demitidos. Os descomissioamentos também estão se tornando cada vez mais comuns", relata Carlos Souza, representante do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O Sindicato já mobilizou os dirigentes para tratarem do caso de Luiz Carlos. "Estamos prestando nossa solidariedade à família e aos colegas do bancário e não vamos descansar enquanto não identificarmos os responsáveis pelo descomissionamentos", informa o sindicalista.
Uma manifestação está sendo preparada para esta sexta-feira na agência de lotação do trabalhador morto e o coletivo do BB no município solicita a adesão dos trabalhadores do interior do estado. "Pedimos que todos os bancários do BB no estado vistam preto na sexta-feira, em sinal de luto pelo colega. O assédio moral e as decisões arbitrárias acontecem em todo lugar", convoca Carlos.
O sindicalista ressalta que é fundamental a mobilização dos funcionários do banco em todo o país para combater esta situação. Para o dirigente, este é o momento de intensificar a unidade dos trabalhadores do BB, a partir da indignação pela morte de Luiz Carlos.
"Só com a unidade teremos condição de pressionar o banco a dar um basta na violência organizacional que já chegou a matar um funcionário. "Ou o BB para com o assédio moral, as demissões e os descomissionamentos, ou nós paramos o BB no Rio de Janeiro", anuncia.
Fonte: Seeb-RJ em Contraf-CUT
terça-feira, 13 de julho de 2010
BB é interditado na Bahia por desrespeitar a "lei dos 15 minutos"

A prefeitura de Salvador interditou na manhã desta terça-feira (13) a agência do Banco do Brasil que funciona no shopping Iguatemi, o maior da capital baiana.
Segundo o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB), que comandou pessoalmente a interdição, a agência desrespeitou pela quinta vez uma lei municipal que estabelece um prazo máximo de 15 minutos para os clientes serem atendidos em dias normais.
Nos dias posteriores a feriados, o prazo máximo para atendimento aos clientes, de acordo com a lei, é de 30 minutos - e o tempo começa a contar a partir da passagem pela porta giratória.
"Outras quatro agências, que também foram notificadas quatro vezes, podem ser interditadas a qualquer momento", afirmou o prefeito. A gerência do Banco do Brasil do shopping Iguatemi informou que os advogados do banco devem recorrer da interdição.
De acordo com João Henrique, a lei que estabelece o tempo de atendimento para os clientes, apesar de sancionada há mais de dois anos, só começou a ser aplicada nos últimos dias porque foi derrubada uma liminar da Justiça Federal que impedia a fiscalização da norma.
Cada notificação custa aos bancos uma multa de R$ 5.000. Após a interdição, segundo a lei, as agências ficam cinco dias fechadas para adaptação às regras. Caso a agência persista na irregularidade, a prefeitura cassará definitivamente o alvará de funcionamento, segundo João Henrique.
Para controlar o horário de chegada, os bancos são obrigados a entregar senhas para os clientes. Como há poucos funcionários para fiscalizar todas as agências de Salvador, as notificações somente têm acontecido quando os próprios clientes fazem as reclamações à prefeitura ou ao Ministério Público. Para isso, devem mostrar a senha carimbada com o horário do atendimento.
Fonte: UOL Notícias
Nota do Blog: Os poderes municipais, estaduais e federal dispõem de órgãos de fiscalização da atividade bancária (como os Procons e o Banco Central). Portanto, deveriam tomar mais medidas como a que ocorreu na Bahia para obrigar os bancos a contratarem mais funcionários e atender melhor à população.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Congressos nacionais dos bancários do BB e da Caixa começam nesta sexta
Representantes dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal de todo o país estarão reunidos em São Paulo a partir desta sexta-feira, 28, para a realização do 26º Conecef e do 21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. Convocados pela Contraf-CUT, os encontros definirão as pautas de reivindicações para as negociações específicas com cada banco durante a Campanha Nacional dos Bancários 2010.
O 26º Conecef acontece no Hotel Holiday Inn, no Anhembi, na capital paulista. O evento reunirá 391 delegados de todo o país, entre empregados da ativa e aposentados, além de observadores. Já o 21º Congresso do BB será realizado no Novotel Jaraguá, no centro de São Paulo. No total, 329 delegados e observadores estarão reunidos na cidade. Os dois encontros se encerrarão no domingo, dia 30.
Veja abaixo a programação dos dois eventos:
26º CONECEF
Data: São Paulo, 28 a 30 de maio de 2010
Onde: Hotel Holiday Inn Parque Anhembi (Rua Milton Rodrigues, 100 - São Paulo)
Programação:
28 de maio - Plenária Geral:
14h - Abertura Solene com a participação dos convidados
15h - Debate sobre Conjuntura/ Papel da Caixa no desenvolvimento social do Brasil
17h - Aprovação Regimento Interno
17h30 - Apresentação de teses
18h30 - Jantar
29 de Maio - Trabalhos de grupos:
09h - Instalação dos grupos pela CEE/Caixa
09h15 - Exposição do tema específico
10h45 - Intervalo para café
11h - Debate de grupo (tema específico)
13h - Almoço
14h30 - Debate de grupo - Organização do movimento
16h30 - Sistematização dos relatórios dos grupos
19h - Jantar
30 de Maio - Plenária Geral:
09h - Exposição e deliberação sobre os relatórios dos grupos
12h30 - Apresentação e votação das moções
13h - Encerramento
21º CONGRESSO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BB
Data: São Paulo, 28 a 30 de maio de 2010
Onde: Novotel Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71 - Centro - São Paulo/SP - Fone: 11 2802-7000)
Programa:
28 de Maio
15h00 - Início do credenciamento
18h00 - Abertura e Debate sobre conjuntura Sérgio Rosa
29 de Maio
09h00 - Leitura e votação do Regimento Interno
10h00 - Apresentação das mesas temáticas
11h30 - Apresentação das teses
12h30 - Almoço
14h00 - Trabalho em grupos
18h00 - Encerramento dos trabalhos do 2º dia
30 de Maio
09h00 - Plenária Final
13h00 - Encerramento
Fonte: Contraf-CUT
O 26º Conecef acontece no Hotel Holiday Inn, no Anhembi, na capital paulista. O evento reunirá 391 delegados de todo o país, entre empregados da ativa e aposentados, além de observadores. Já o 21º Congresso do BB será realizado no Novotel Jaraguá, no centro de São Paulo. No total, 329 delegados e observadores estarão reunidos na cidade. Os dois encontros se encerrarão no domingo, dia 30.
Veja abaixo a programação dos dois eventos:
26º CONECEF
Data: São Paulo, 28 a 30 de maio de 2010
Onde: Hotel Holiday Inn Parque Anhembi (Rua Milton Rodrigues, 100 - São Paulo)
Programação:
28 de maio - Plenária Geral:
14h - Abertura Solene com a participação dos convidados
15h - Debate sobre Conjuntura/ Papel da Caixa no desenvolvimento social do Brasil
17h - Aprovação Regimento Interno
17h30 - Apresentação de teses
18h30 - Jantar
29 de Maio - Trabalhos de grupos:
09h - Instalação dos grupos pela CEE/Caixa
09h15 - Exposição do tema específico
10h45 - Intervalo para café
11h - Debate de grupo (tema específico)
13h - Almoço
14h30 - Debate de grupo - Organização do movimento
16h30 - Sistematização dos relatórios dos grupos
19h - Jantar
30 de Maio - Plenária Geral:
09h - Exposição e deliberação sobre os relatórios dos grupos
12h30 - Apresentação e votação das moções
13h - Encerramento
21º CONGRESSO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BB
Data: São Paulo, 28 a 30 de maio de 2010
Onde: Novotel Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71 - Centro - São Paulo/SP - Fone: 11 2802-7000)
Programa:
28 de Maio
15h00 - Início do credenciamento
18h00 - Abertura e Debate sobre conjuntura Sérgio Rosa
29 de Maio
09h00 - Leitura e votação do Regimento Interno
10h00 - Apresentação das mesas temáticas
11h30 - Apresentação das teses
12h30 - Almoço
14h00 - Trabalho em grupos
18h00 - Encerramento dos trabalhos do 2º dia
30 de Maio
09h00 - Plenária Final
13h00 - Encerramento
Fonte: Contraf-CUT
terça-feira, 4 de maio de 2010
Ex-bancário do Paraná ganha indenização no TST por transportar valores
Uma indenização por ter exercido o transporte de valores sem ter sido contratado e treinado para isso. Com esse resultado do recurso julgado ontem (28/4) pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o trabalhador receberá o valor correspondente ao piso salarial destinado aos funcionários de empresas de segurança encarregados do transporte de valores, por cada mês em que exerceu indevidamente a função.
Apesar de ter comprovado, através de prova oral, que transportava valores pertencentes aos empregadores até outras cidades, o trabalhador teve seu pedido de pagamento de indenização negado tanto na primeira instância quanto no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), com o fundamento de não haver previsão legal ou convencional que ampare a pretensão. O trabalhador, então, recorreu ao TST para requerer o pagamento do piso salarial dos funcionários de portaria e segurança.
No recurso de revista, ele alegou que a decisão regional violou o artigo 3º da Lei 7.120/1983, que estabelece as condições para o transporte de dinheiro, e demonstrou haver divergência de entendimento quanto à lei.
Além disso, argumentou que há cláusula convencional que proíbe a prática adotada pelo banco, vedando o transporte de valores por empregado que não tenha sido contratado para essa finalidade e não seja devidamente treinado. Segundo o trabalhador, a norma coletiva previu, inclusive, sanção específica - indenização - no caso de utilização do empregado no transporte de valores fora da agência bancária.
A ministra Maria de Assis Calsing, relatora do recurso de revista, observou a divergência jurisprudencial quanto ao tema. Além disso, verificou que, examinando situações semelhantes, as Turmas do TST têm entendido que a Lei n.º 7.102/1983 "dispõe sobre o transporte de valores de forma a restringir o desempenho da atividade a pessoal devidamente treinado para tanto, tendo em vista os riscos inerentes à atividade".
Após ter reconhecido a violação legal, a Quarta Turma, considerando o risco a que foi submetido o trabalhador pelo transporte de valores em condições inadequadas, determinou, como indenização, o pagamento, ao autor da reclamação, do valor correspondente ao piso salarial pago aos empregados de empresas de segurança encarregados do transporte de valores, por cada mês do período no qual ficou comprovado o transporte de valores pelo trabalhador. (RR - 19600-64.2003.5.09.0668)
Fonte: Lourdes Tavares - TST
Apesar de ter comprovado, através de prova oral, que transportava valores pertencentes aos empregadores até outras cidades, o trabalhador teve seu pedido de pagamento de indenização negado tanto na primeira instância quanto no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), com o fundamento de não haver previsão legal ou convencional que ampare a pretensão. O trabalhador, então, recorreu ao TST para requerer o pagamento do piso salarial dos funcionários de portaria e segurança.
No recurso de revista, ele alegou que a decisão regional violou o artigo 3º da Lei 7.120/1983, que estabelece as condições para o transporte de dinheiro, e demonstrou haver divergência de entendimento quanto à lei.
Além disso, argumentou que há cláusula convencional que proíbe a prática adotada pelo banco, vedando o transporte de valores por empregado que não tenha sido contratado para essa finalidade e não seja devidamente treinado. Segundo o trabalhador, a norma coletiva previu, inclusive, sanção específica - indenização - no caso de utilização do empregado no transporte de valores fora da agência bancária.
A ministra Maria de Assis Calsing, relatora do recurso de revista, observou a divergência jurisprudencial quanto ao tema. Além disso, verificou que, examinando situações semelhantes, as Turmas do TST têm entendido que a Lei n.º 7.102/1983 "dispõe sobre o transporte de valores de forma a restringir o desempenho da atividade a pessoal devidamente treinado para tanto, tendo em vista os riscos inerentes à atividade".
Após ter reconhecido a violação legal, a Quarta Turma, considerando o risco a que foi submetido o trabalhador pelo transporte de valores em condições inadequadas, determinou, como indenização, o pagamento, ao autor da reclamação, do valor correspondente ao piso salarial pago aos empregados de empresas de segurança encarregados do transporte de valores, por cada mês do período no qual ficou comprovado o transporte de valores pelo trabalhador. (RR - 19600-64.2003.5.09.0668)
Fonte: Lourdes Tavares - TST
quinta-feira, 25 de março de 2010
Valeu, Darcy

Nesta semana, os bancários, os sindicalistas e os lutadores do povo em geral perderam um grande exemplo de militante. Aos 79 anos, Darcy Leite morreu deixando órfãos uma geração de dirigentes sindicais, em particular os bancários, que aprenderam com ele que mesmo as mais duras adversidades não devem nos impedir de seguir lutando e, sempre que possível, sorrindo.
Darcy Leite foi funcionário do BNB e presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Após o golpe militar de 1964, teve seu mandato cassado, assim como seu emprego no banco e seus direitos políticos. Essa perseguição só cessou em 1979 quando recuperou o posto no BNB graças à Anistia. Mesmo com a idade avançada, voltou a ser dirigente sindical entre 2000 e 2006, quando esteve a frente da secretaria dos aposentados em duas gestões do sindicato.
Perdemos o amigo e o militante, mas seu exemplo permanece vivo. Valeu, Darcy.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Pesquisa do Idec aponta que bancos escondem taxas cobradas de clientes
Depois de um ano avaliando as práticas dos dez maiores bancos do Brasil, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) constatou que o desrespeito às leis por parte das instituições ainda é grande. O balanço apurou que os bancos cumprem pouco mais da metade (55%) do que estabelece a legislação que rege cada aspecto da relação com o cliente.
Para realizar o teste, o Idec abriu e manteve por 12 meses contas nos bancos Itaú, Unibanco (hoje Itaú Unibanco), Santander e Real (hoje grupo Santander), Banrisul, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Nossa Caixa (hoje um só banco) e Bradesco. Nesse período avaliou o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e de resoluções e decretos do Banco Central a cada passo dado no relacionamento, desde a abertura da conta até seu encerramento.
Já no começo, apenas seis dos dez bancos entregaram aos clientes - voluntários do Idec - o contrato de abertura da conta, e nenhum entregou o termo de adesão ao pacote de serviços. "Eles dão folheto mostrando qual é o pacote, mas em nenhum documento oficial há o detalhamento dos serviços e produtos. Com o passar do tempo o cliente esquece qual é o pacote e acaba pagando a mais por serviços avulsos", afirma a economista do Idec e coordenadora do estudo, Ione Amorim.
Em negociação para contratação de crédito, BB, Banrisul e Real sequer forneceram o contrato. Nos demais bancos, houve contratos que previam cláusulas consideradas abusivas e alteração unilateral de cláusulas.
Ione considera insuficiente o nível de informação dada aos clientes de forma geral. Apenas o Itaú informou, sem que o cliente pedisse, o Custo Efetivo Total (CET) da operação de crédito, por exemplo. "O cliente tem o direito de saber tudo, mas não é obrigado a isso. O banco é que tem que fornecer as informações", afirma ela.
O Unibanco que, segundo constatou teste, deixou de dar a informação sobre o CET, argumenta, por meio da assessoria do Itaú-Unibanco, que o dado consta no contrato. "Mas o cliente só vê o contrato depois de fechar o negócio. Ele perde a chance de pesquisar", diz Ione.
A cobrança de tarifas indevidas, detectada em seis bancos, é reclamação recorrente na coluna Advogado de Defesa do Jornal da Tarde. Em caso recente, uma leitora contesta encargos no valor de R$ 162. "O pior não é o valor, mas não me darem protocolo das ligações e ficarem me jogando de um lado par a outro", reclama. A falta do protocolo foi constatada em quatro bancos.
"Os bancos fingem não ver o CDC e as normas do BC", afirma o advogado especialista tem defesa do consumidor Josué Rios. "Eles não encaram a lesão ao consumidor como questão de ética, mas como questão de custo, que já está previsto por eles".
O Banco do Brasil, que durante o teste deixou de entregar o termo de adesão ao pacote de tarifas, afirma, via nota, que essa entrega é praxe, em suas agências.
O Itaú Unibanco afirma que só cobra tarifas de serviços previamente contratados. O grupo Santander afirma, em nota, que falhas na época da pesquisa não refletem a prática do banco e foram corrigidas.
Fonte: Jornal da Tarde
Para realizar o teste, o Idec abriu e manteve por 12 meses contas nos bancos Itaú, Unibanco (hoje Itaú Unibanco), Santander e Real (hoje grupo Santander), Banrisul, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Nossa Caixa (hoje um só banco) e Bradesco. Nesse período avaliou o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e de resoluções e decretos do Banco Central a cada passo dado no relacionamento, desde a abertura da conta até seu encerramento.
Já no começo, apenas seis dos dez bancos entregaram aos clientes - voluntários do Idec - o contrato de abertura da conta, e nenhum entregou o termo de adesão ao pacote de serviços. "Eles dão folheto mostrando qual é o pacote, mas em nenhum documento oficial há o detalhamento dos serviços e produtos. Com o passar do tempo o cliente esquece qual é o pacote e acaba pagando a mais por serviços avulsos", afirma a economista do Idec e coordenadora do estudo, Ione Amorim.
Em negociação para contratação de crédito, BB, Banrisul e Real sequer forneceram o contrato. Nos demais bancos, houve contratos que previam cláusulas consideradas abusivas e alteração unilateral de cláusulas.
Ione considera insuficiente o nível de informação dada aos clientes de forma geral. Apenas o Itaú informou, sem que o cliente pedisse, o Custo Efetivo Total (CET) da operação de crédito, por exemplo. "O cliente tem o direito de saber tudo, mas não é obrigado a isso. O banco é que tem que fornecer as informações", afirma ela.
O Unibanco que, segundo constatou teste, deixou de dar a informação sobre o CET, argumenta, por meio da assessoria do Itaú-Unibanco, que o dado consta no contrato. "Mas o cliente só vê o contrato depois de fechar o negócio. Ele perde a chance de pesquisar", diz Ione.
A cobrança de tarifas indevidas, detectada em seis bancos, é reclamação recorrente na coluna Advogado de Defesa do Jornal da Tarde. Em caso recente, uma leitora contesta encargos no valor de R$ 162. "O pior não é o valor, mas não me darem protocolo das ligações e ficarem me jogando de um lado par a outro", reclama. A falta do protocolo foi constatada em quatro bancos.
"Os bancos fingem não ver o CDC e as normas do BC", afirma o advogado especialista tem defesa do consumidor Josué Rios. "Eles não encaram a lesão ao consumidor como questão de ética, mas como questão de custo, que já está previsto por eles".
O Banco do Brasil, que durante o teste deixou de entregar o termo de adesão ao pacote de tarifas, afirma, via nota, que essa entrega é praxe, em suas agências.
O Itaú Unibanco afirma que só cobra tarifas de serviços previamente contratados. O grupo Santander afirma, em nota, que falhas na época da pesquisa não refletem a prática do banco e foram corrigidas.
Fonte: Jornal da Tarde
terça-feira, 16 de março de 2010
Audiência da Fenae com a presidenta da Caixa debate reestruturação

Reunião foi realizada no dia 11 de março e também abordou Plano de Funções Garantidas, tíquete dos aposentados e temas da Funcef
O presidente da Fenae, Pedro Eugenio, e a vice-presidente da Fenae, Fabiana Matheus, participaram de uma audiência com a presidenta da Caixa, Maria Fernanda Coelho, para tratar dos anúncios de reestruturações que surpreenderam os empregados da empresa na semana passada. A reunião ocorreu na quinta-feira, 11 de março, em Brasília, e teve a participação também da assessora da presidenta, Roseli Moraes.
Os diretores da Fenae questionaram os motivos que levaram a Caixa a implantar a reestruturação da forma como está sendo feita e se não haveria como suspender essas mudanças. A presidenta da empresa, Maria Fernanda Coelho, explicou que o processo é irreversível e que está no Planejamento Estratégico de 2007. Ela reconheceu que existiram alguns problemas na comunicação aos empregados envolvidos mas que a divulgação da CI 012 trouxe mais tranqüilidade ao processo.
Em resposta aos questionamentos da Fenae, da Contraf/CUT e de outras entidades do movimento do pessoal da Caixa, a empresa publicou a CI 012/10, da Surse/Suape/Sudhu com regras para realocar os empregados afetados pela reestruturação. Dentre os itens anunciados, um é relativo aos processos seletivos internos (PSI) e propõe que durante um período de 90 dias os empregados ocupantes de cargos em comissão nas áreas readequadas poderão ocupar cargos em comissão de mesmo nível remuneratório em outras unidades, sem necessidade de PSI.
Outro ponto é que poderão ocorrer condições flexibilizadas para os PSI, visando promover e garantir a retenção de conhecimentos (dentro da própria unidade ou do processo). Além disso, para todos os cargos em comissão será acrescido o benefício adicional de 60 dias para as regras vigentes de asseguramento.
Caso o empregado concorde com a transferência de município, será paga uma ajuda de custo de duas Remunerações Base, sem limitação, pagamento das despesas com mudanças, para o empregado e seus dependentes e cinco dias de trânsito consecutivos com freqüência livre, a ser utilizado em até 365 dias e pagamento de 60 dias de hospedagem em hotel.
Na CI a Caixa também informa que as vagas oriundas de empregados desligados pelo PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria) serão priorizadas para os empregados das unidades que sofrerem mudanças.
Plano de Funções Garantidas (PFG)
Os diretores da Fenae aproveitaram a audiência para cobrar da presidenta da Caixa celeridade em relação ao Plano de Funções Garantidas (PFG), pois esse é um compromisso assumido pela empresa na campanha salarial de 2008. Maria Fernanda informou que a proposta de PFG da empresa está sendo revista devido aos questionamentos feitos pelo Ministério da Fazenda, dentre eles o crescimento horizontal na carreira.
Tíquetes dos aposentados
Os diretores cobraram também uma resposta em relação ao tíquete dos aposentados. A Fenae e o movimento do pessoal da Caixa cobra o restabelecimento do auxílio-alimentação na aposentadoria a todos que ingressaram na empresa até 8 de fevereiro de 1995, data em que o benefício foi extinto.
A Fenae cobrou da presidenta da Caixa a implantação da cláusula 35ª do Acordo Coletivo 2008/2009, que traz o compromisso da empresa de “concluir estudos em andamento e apresentar proposta de acordo extrajudicial ou judicial com empregados que ingressaram antes de 1995 e venham a se aposentar e se desligar da Caixa, para conciliação de demandas relacionadas ao benefício auxílio alimentação”.
Funcef
A Fenae apresentou uma demanda dos participantes ex-Sasse, que poderão ser prejudicados por uma medida do INSS. Os diretores da Fenae solicitaram que a Caixa, juntamente com a Funcef e os representantes dos participantes, estude uma alternativa nos moldes ao que foi feito para o ex-PMPP para garantir que os participantes atingidos pela medida do Ministério da Previdência não tenham seus benefícios reduzidos.
Por fim, os diretores reivindicaram da presidenta da Caixa que a empresa ajude a acelerar o processo de incorporação do REB pelo novo plano da Funcef. A medida já foi aprovada na Diretoria Executiva e no Conselho Deliberativo da Funcef, e encontra-se em análise dos órgãos controladores. A presidenta informou que essa é uma das prioridades dela e que já teve a oportunidade de pautar o assunto com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do conselho de administração da Caixa, Nelson Machado.
Fonte: Fenae
segunda-feira, 15 de março de 2010
Banco do Brasil e Caixa vão represar a alta dos juros
Valor Econômico
Fernando Travaglini, de São Paulo
A Caixa Econõmica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.
A elevação dos juros básicos, que pode ocorrer já na reunião do Comitê de Política Monetária, na quarta-feira, abrirá novo capítulo na concorrência entre bancos públicos e privados. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.
A CEF não pretende alterar as tabelas de suas operações de crédito se a Selic for até 9,5% ao ano. Os bancos médios não devem subir as taxas num primeiro momento, pois têm mercado a recuperar e estão mais líquidos que os grandes, já que não foram afetados pela elevação dos depósitos compulsórios.
Fernando Travaglini, de São Paulo
A Caixa Econõmica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.
A elevação dos juros básicos, que pode ocorrer já na reunião do Comitê de Política Monetária, na quarta-feira, abrirá novo capítulo na concorrência entre bancos públicos e privados. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil dizem poder resistir por um tempo sem repassar o custo mais elevado para o tomador final.
A CEF não pretende alterar as tabelas de suas operações de crédito se a Selic for até 9,5% ao ano. Os bancos médios não devem subir as taxas num primeiro momento, pois têm mercado a recuperar e estão mais líquidos que os grandes, já que não foram afetados pela elevação dos depósitos compulsórios.
terça-feira, 9 de março de 2010
Caixa causa insegurança nos bancários com extinção de áreas sem aviso prévio

Os empregados da Caixa, em especial os que atuam nas Gifus (Gerências de Administração de Fundos e Seguros Sociais), foram surpreendidos com a implementação de um processo de reestruturação de filiais realizado pela empresa sem comunicação prévia ou mesmo abertura de negociação com os bancários.
Desta forma, o banco deixou ciente os 578 empregados de que as filiais na quais trabalham serão extintas. Esses locais irão se transformar em duas centralizadoras, uma em São Paulo e outra ainda a ser definida. A Caixa prometeu realocar os bancários que não seguirão para as centrais, porém até o momento nada foi divulgado.
"O banco está agindo sem o mínimo de cuidado com os empregados. Quais as alternativas e prazos para que os bancários deixem seus locais de origem?", questiona Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa). "Não houve nenhuma discussão sobre remuneração e garantias aos empregados", completa Jair.
A postura da Caixa vem causando preocupação entre inúmeros empregados, não só aos que atuam nas Gifus, mas a todos que estão em filiais, já que há um grande contingente de bancários trabalhando em setores como este, presentes na maioria dos estados. "E quanto aos demais empregados de filiais, há também a possibilidade de passarem pela mesma situação?", questiona Jair.
A Contraf-CUT cobra que a Caixa tenha mais responsabilidades com a vida dos trabalhadores. "Devidas ou não as modificações, exigimos respeito aos bancários, e que sejam apresentadas alternativas a todos envolvidos no processo de reestruturação", conclui Jair.
"A Contraf/CUT tem solicitado insistentemente na mesa de negociação permanente que os representantes da empresa apresentem para os trabalhadores o chamado 'novo modelo de gestão', já que há rumores desde o final do ano passado de que isto representaria um grande enxugamento nas áreas meio", afirma Plínio Pavão, secretário de saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
Segundo Plínio, "o que também tem preocupado os empregados são os comentários não confirmados oficialmente pela Caixa que estariam sendo inclusas no mesmo plano de reestruturação a redução das Gipes das atuais quinze para apenas cinco em todo o País", diz.
"Além de colocar os empregados que nelas trabalham na mesma situação de insegurança, ainda trarão reflexos negativos à gestão do Saúde Caixa e dos programas de Saúde do Trabalhador. Nesse sentido as entidades sindicais estão colhendo assinaturas em abaixo assinado, cujo prazo de retorno à Confederação se encerra em 20 de março", conclui Plínio.
Fonte: Contraf-CUT
BB paga PLR nesta quarta

Atendendo reivindicação da Contraf-CUT, o Banco do Brasil paga nesta quarta-feira, dia 10, o pagamento do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2009. O BB confirmou a data de pagamento na reunião realizada com a Contraf-CUT no dia 4 de março, em Brasília.
O número total de bancários que terão direito a receber a PLR soma 95.720. O montante a ser distribuído pelo banco no segundo semestre é superior a R$ 770 milhões. Conforme o acordo firmado em 2009, o valor fixo da PLR é resultante da distribuição de 4% do lucro líquido do semestre (que foi de R$ 6,140 bilhões) mais a metade do valor da Fenaban, cabendo, assim, a cada funcionário R$ 3.049.
A essa quantia some-se mais 45% do valor do salário paradigma ou do VR, conforme o caso.
Os ocupantes de cargos de comissão receberão ainda o módulo bônus, de modo a complementar, no mínimo, dois salários. Os postos efetivos irão embolsar cerca de R$ 3.740 e o caixa cerca de R$ 4.100 (valores brutos).
Nossa Caixa
Conforme reivindicado e negociado com o banco pela Contraf-CUT e sindicatos da Fetec-SP, os bancários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro de 2009 receberão o equivalente a um sexto desses valores.
Adicionalmente foi garantido que no caso dos comissionados será pago o módulo bonus, considerando a média aritmética simples dos salários de cada função como o salário paradigma.
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Brasília
quinta-feira, 4 de março de 2010
Caixa paga segunda parcela da PLR nesta sexta

Atendendo a reivindicação da Contraf-CUT, a Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira, 1º de março, que realizará o pagamento do valor restante da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta sexta-feira, dia 5.
Segundo cálculos da subseção do Dieese na Contraf-CUT, os empregados da Caixa receberão a regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT) (90% do salário base mais R$ 1.024) e mais uma PLR Adicional, cujo valor ficará em torno de R$ 740 (dos quais R$ 532,90 já foram pagos na antecipação).
Além disso, o acordo entre o banco e os trabalhadores prevê que a empresa garanta aos bancários um valor mínimo de PLR de acordo com o cargo ocupado pelo trabalhador, variando de R$ 4 mil até R$ 10 mil. Da PLR calculada com base no lucro auferido pelo banco em 2009, será descontada a primeira parcela já recebida pelos trabalhadores em 3 de novembro de 2009.
É importante lembrar que a Caixa optou por pagar antecipadamente a PLR integral em novembro de 2009. No entanto, as previsões de lucro disponíveis naquela ocasião e que foram utilizadas pelo banco para o cálculo trabalhavam com um resultado menor do que alcançado, levando a um redutor de 23% no valor pago aos bancários. Os empregados receberão agora a diferença entre os dois valores.
Fonte: Contraf-CUT
segunda-feira, 1 de março de 2010
Oito maiores bancos do país concentram 88% do crédito

Valor Econômico
Fernando Travaglini, de São Paulo
Enquanto lá fora se discute o tamanho dos bancos no pós-crise, aqui no Brasil a concentração não para de avançar. Com a estratégia agressiva dos bancos públicos e as fusões e aquisições realizada entre os privados, a parcela de crédito na mão das oito maiores instituições brasileiras atingiu o percentual de 88,6% do total do sistema financeiro, em novembro do ano passado.
O patamar é 3,5 pontos percentuais acima do nível de junho de 2008, antes da crise, portanto, segundo levantamento feito pelo Valor a partir dos balancetes das instituições publicados mensalmente no site do Banco Central.
Já os médios, que sofreram com a falta de liquidez, viram sua participação de mercado encolher 2,4 pontos percentuais, para 9,2%. O restante, 2,2%, está nas mãos de bancos públicos de pequeno e médio porte. O estudo foi feito a partir de uma amostra de 35 bancos que respondem por 97,3% dos ativos de crédito do sistema financeiro.
A grande responsável por esse movimento foi a já bastante conhecida estratégia dos públicos de acelerar a concessão de crédito em meio à crise. A isso, soma-se a compra não só de bancos como de carteiras de instituições menores.
O Banco do Brasil viu seu "market share" avançar 3 pontos percentuais ao longo do ano passado e hoje a instituição responde por um quinto (20,1%) de todo recurso concedido por meio de empréstimo bancário. Sua carteira própria cresceu 15,5% em 2009, mas ao crescimento orgânico deve-se somar R$ 41 bilhões correspondentes à carteira da Nossa Caixa e à metade do estoque do Banco Votorantim. Com isso, a expansão do BB no ano foi de 35,2%.
Já a Caixa teve ganho de 2,3 pontos percentuais, respondendo por 8,8% dos empréstimos. Somando-se os bancos públicos menores e o BNDES, a participação estatal no sistema financeiro supera 41%.
No outro lado, os privados perderam espaço, especialmente os menores, que tiveram expansão de 6,1% desde junho de 2008, contra 60,6% do públicos e 24,9% dos grandes privados. Renato Oliva, presidente da ABBC, associação que representa os médios, pondera que há uma diferença entre concentração bancária e concorrência. Segundo ele, é até possível que haja forte competição entre as instituições públicas e privadas, por exemplo, e que isso traga benefícios à clientela. Mas ele enfatiza que esse não é o melhor caminho.
Segundo ele, o ponto principal é que o banco médio não tem a mesma estrutura de funding de uma instituição de grande porte e isso limita a concorrência e, consequentemente, a briga por menores taxas de juros.
Com a liquidez restaurada, a mensagem que os médios passaram nas divulgações de seus resultados anuais é de que estão prontos para recuperar parte do espaço perdido. O problema é que os grandes também se preparam para a disputa e os públicos não parecem dispostos a tirar o pé do acelerador. "A tendência é acentuar a concentração. Na ausência de crise, é agora que os bancos querem crescer", diz Oliva.
De fato, Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, disse que o objetivo é pelo menos manter os ganhos na crise e, se possível, "aumentar um pouco a participação de mercado". A Caixa também apresentou discurso semelhante e a expectativa de crescimento da carteira está acima dos bancos privados, que também querem avançar no ano.
Simultaneamente, no resto do mundo, começa a se intensificar o debate sobre o tamanho das instituições financeiras. Em recente entrevista ao Valor, o ex-economista-chefe do FMI, Simon Johnson, disse que deveria haver um volume máximo de ativos em relação ao tamanho da economia, um percentual entre 2% e 4% do PIB como limite para os bancos - nos Estados Unidos, nenhum banco pode ter mais do que 10% dos depósitos de varejo.
Aqui no Brasil, a título de exemplo, o Banco do Brasil fechou o ano com R$ 708,5 bilhões em ativos, o equivalente a mais de 20% do PIB. O segundo colocado, Itaú Unibanco, tem mais de R$ 600 bilhões.
Johnson também pondera que não há evidência de ganhos de escala quando bancos operam com mais de US$ 100 bilhões em ativos. No caso brasileiro, afirma o professor Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, também há um limite para a capacidade dos bancos, mas as instituições ainda estão longe desse teto.
Há, segundo ele, um potencial de lucro muito bom no futuro e os retornos tendem a ser, a médio e longo prazos, maiores do que de países desenvolvidos. A explicação é que os bancos brasileiros já têm ganhos elevados mesmo com carteiras modestas comparadas com pares mundiais. "Se crescerem 50% da carteira, não precisaram aumentar em 50% a estrutura de custo."
sábado, 27 de fevereiro de 2010
PLR do funcionalismo do BB deve ser até 30% superior à do primeiro semestre

O montante que o banco pagará de PLR relativa ao segundo semestre será superior a R$ 703 milhões, um aumento de 38% em relação aos R$ 509 milhões distribuídos no primeiro semestre de 2009. Mas como o número de funcionários aumentou em mais de 10 mil trabalhadores, a proporção no acréscimo do valor da PLR não será a mesma, devendo ficar na casa dos 30%.
Com isso, os postos efetivos, que no primeiro semestre de 2009 receberam R$ 2.890.48 de PLR, deverão embolsar agora algo em torno de R$ 3.700. E os caixas, que tiveram R$ 3.189,34 no semestre anterior, deverão receber mais de R$ 4.100. Os funcionários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro do ano passado receberão o equivalente a um sexto desses valores. Além desse valor, há ainda o módulo bônus para os comissionados.
Pelo acordo aditivo à Convenção Coletiva dos Bancários do ano passado, a PLR semestral do funcionalismo do BB é composta de 45% do salário mais R$ 512,00 fixos, mais 4% do lucro líquido distribuídos linearmente a todos os trabalhadores. "Esse modelo, conquistado em 2004 e que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, acabou se transformando em parâmetro para as reivindicações de PLR dos bancários dos demais bancos", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
Caixa mais uma vez não avança na discussão de jornada e PCC/PFG
Foto: Augusto Coelho/Fenae
Em negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) a Caixa Econômica Federal frustrou as expectativas dos bancários e não avançou na discussão a respeito da diminuição para seis horas da jornada de trabalho para os ocupantes de cargos técnicos e de assessoramento vinculados ao Plano de Cargos Comissionados (PCC) de 1998. A reunião foi realizada nesta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, em Brasília (DF).
O único ponto positivo apresentado pela empresa foi o compromisso de adiar a implantação da nova jornada, inicialmente prevista para o dia 1º de março. Além disso, o banco concordou em discutir alternativas em uma comissão de trabalho, formada por representantes da CEE/Caixa e da empresa, sendo seus integrantes os seguintes: Jair Pedro Ferreira (Fenae e Fetec/CN), Antônio Luiz Fermino (Fetec/PR), Augusto Vasconcelos (Feeb BA/SE), Francisco de Assis Kuhn Magalhães (Feeb/RS), Sebastião Martins Andrade (Caixa), Wesley Cardoso (Caixa), Emílio Ângelo Carmigan (Caixa) e Luciano Peixoto (Caixa). Essa comissão se reúne nos dias 2 e 3 de março, em Brasília, e os pontos discutidos - os consensuados e não-consensuados - serão remetidos para negociação em mesa permanente.
Na reunião com a empresa, a representação nacional dos empregados reafirmou a reivindicação de respeito à jornada de seis horas para todos os trabalhadores, sem redução salarial. A Contraf-CUT deixou claro, mais uma vez, que não assinará acordo aditivo com diminuição de salários, sob qualquer hipótese.
PLR
No início da rodada de negociação, os representantes dos empregados entregaram correspondência à Caixa solicitando o imediato pagamento de parcela complementar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dado que o lucro líquido da Caixa em 2009 foi maior que a projeção apresentada durante a campanha salarial do ano passado. A Contraf-CUT - CEE/Caixa avalia que o crédito dessa complementação serviria como forma de estímulo a todo o corpo funcional, sem o qual esses relevantes resultados não seriam obtidos.
A Caixa concordou com a antecipação, mas não definiu ainda data do pagamento, que será divulgada em breve.
REG/Replan
A reunião prosseguiu com a representação dos empregados formalizando protesto contra a reabertura do saldamento do REG/Replan, aprovada em reunião do Conselho Deliberativo da Funcef, com voto de minerva do presidente dessa instância, nomeado pela Caixa. Na ocasião, seguindo definição do Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais da Caixa, realizado em dezembro de 2009, os conselheiros eleitos pelos trabalhadores se manifestaram contrariamente à medida, pois fica clara a intenção da empresa de pressionar os empregados a abrirem mão do direito à livre opção de permanecerem no REG/Replan não-saldado, caso queiram aderir ao novo PCC. Nas atuais circunstâncias, a reabertura do saldamento é inoportuna. Tanto que quem continuar no antigo PCC, para não ter que mudar de plano de benefícios, ficará estagnado na carreira, sem qualquer possibilidade de progressão.
Os outros itens negociados na rodada desta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, foram os seguintes:
PCS: promoção por merecimento
A Contraf-CUT - CEE/Caixa cobrou do banco a definição dos critérios de avaliação de desempenho para a promoção por merecimento no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), relativos ao ano de 2009. O atraso nesse processo pode gerar inconvenientes para os empregados. Nas reuniões da comissão que trata do tema chegou-se a vários consensos, incluisve quanto a substituição do atual critério de distribuição que prevê um determinado grupo de empregados, com as menores notas, não recebam deltas, por um que estabeleça uma linha de corte em que todo empregado que atinja uma determinada nota receberá pelo menos um delta. Porém a Caixa ficou de verificar qual seria o impacto financeiro dessa proposta e dar um retorno, mas até o momento isso não ocorreu.
A Contraf-CUT lembrou ainda que a discussão sobre os critérios para 2010 deve ser iniciada assim que estiverem definidos os critérios para 2009, de forma a permitir que os bancários tenham conhecimento dos critérios antes da avaliação e possam adaptar sua conduta. A Caixa concordou com a demanda.
Condições de trabalho
A Contraf/CUT - CEE/Caixa cobrou a substituição dos exaustores instalados nas bancas de penhor. Segundo estudo contratado pelo sindicato dos bancários do Ceará, os equipamentos são inadequados para os objetivos propostos. A Caixa afirmou que está realizando estudos para resolver a questão.
Eleição para as Cipas
As entidades representativas cobraram novamente a realização de eleições para os representantes de Cipa. A Caixa afirma que não tem condições operacionais de implementar todas as Cipas ao mesmo tempo e propõe que as eleições sejam feitas em ondas. Para isso, a empresa ficou de apresentar à Contraf/CUT - CEE/Caixa uma sugestão de cronograma a ser analisado e aprovado pelos bancários.
Dias parados em 2007
A Contraf/CUT - CEE/Caixa voltou a cobrar a solução para os problemas decorrentes da prorrogação das greves de 2007 e 2008. Em relação à greve de 2007, quando a prorrogação aconteceu nas bases sindicais de Belo Horizonte (MG), Bahia e Sergipe, já havia sido definida uma fórmula em mesa de negociação para a solução da questão, da qual os bancários cobraram a implementação. Segundo a proposta, a Caixa irá devolver o dinheiro dos quatro dias descontados e abrir um prazo para compensação de um único dia. Esgotado o prazo, os bancários que não compensarem terão descontado apenas um dia. A empresa se comprometeu a verificar a implantação, mas não deu retorno. Quanto à greve de 2008, a Caixa não tem ainda solução para apresentar.
Reestruturação
Os bancários cobraram da Caixa esclarecimentos sobre as repercussões da implantação do Novo Modelo de Filiais, processo de reestruturação nas áreas meio. O modelo propõe um enxugamento nas áreas-meio do banco, fazendo com que muitas funções desapareçam e deixando muitos bancários sem seus postos de trabalho. Os empregados lembraram de problemas nas RET-PVs, que serão extintas pelo Novo Modelo, deixando os gerentes sem função.
Outra questão levantada é a relativa às Gipes que, segundo comentários, serão reduzidas das atuais 15 unidades para apenas cinco em todo país. Na avaliação dos trabalhadores, a mudança vai comprometer ainda mais o Saúde Caixa e os programas de Saúde do Trabalhador, coordenados nas Gipes. A reivindicação da Contraf-CUT - CEE/Caixa é que exista uma unidade responsável por saúde do trabalhor e Saúde Caixa em cada estado.
Os bancários cobraram que o banco apresente modelo para discussão. Os representantes da empresa comprometeram-se a encaminhar o pleito junto à área responsável.
Segurança bancária
Empregados registraram mais uma vez a necessidade de iniciar debate sobre as condições de segurança nas agências e correspondentes bancários. Os membros da CEE/Caixa destacaram ainda a reportagem veiculada no último domingo no programa Fantástico, da Rede Globo, que focou na falta de segurança das lotéricas e agências de Correio.
A Contraf-CUT informou ainda para a Caixa que a CUT está encaminhando, por iniciativa da Contraf em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) proposta de criação de uma Norma Regulamentadora (NR) sobre segurança no sistema financeiro.
Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA)
A Caixa informou que, até o momento, cerca de 1.250 empregados aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Segundo a empresa, 80% desse contingente encontram-se aposentado pelo INSS, dado que é bastante reduzida a adesão daqueles aptos a se aposentarem até a data de 28 de fevereiro de 2011.
O prazo para adesões encerra-se em 1º de março. Para o desligamento da empresa, o período estabelecido vai de 2 de março a 30 de abril.
Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

Em negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) a Caixa Econômica Federal frustrou as expectativas dos bancários e não avançou na discussão a respeito da diminuição para seis horas da jornada de trabalho para os ocupantes de cargos técnicos e de assessoramento vinculados ao Plano de Cargos Comissionados (PCC) de 1998. A reunião foi realizada nesta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, em Brasília (DF).
O único ponto positivo apresentado pela empresa foi o compromisso de adiar a implantação da nova jornada, inicialmente prevista para o dia 1º de março. Além disso, o banco concordou em discutir alternativas em uma comissão de trabalho, formada por representantes da CEE/Caixa e da empresa, sendo seus integrantes os seguintes: Jair Pedro Ferreira (Fenae e Fetec/CN), Antônio Luiz Fermino (Fetec/PR), Augusto Vasconcelos (Feeb BA/SE), Francisco de Assis Kuhn Magalhães (Feeb/RS), Sebastião Martins Andrade (Caixa), Wesley Cardoso (Caixa), Emílio Ângelo Carmigan (Caixa) e Luciano Peixoto (Caixa). Essa comissão se reúne nos dias 2 e 3 de março, em Brasília, e os pontos discutidos - os consensuados e não-consensuados - serão remetidos para negociação em mesa permanente.
Na reunião com a empresa, a representação nacional dos empregados reafirmou a reivindicação de respeito à jornada de seis horas para todos os trabalhadores, sem redução salarial. A Contraf-CUT deixou claro, mais uma vez, que não assinará acordo aditivo com diminuição de salários, sob qualquer hipótese.
PLR
No início da rodada de negociação, os representantes dos empregados entregaram correspondência à Caixa solicitando o imediato pagamento de parcela complementar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dado que o lucro líquido da Caixa em 2009 foi maior que a projeção apresentada durante a campanha salarial do ano passado. A Contraf-CUT - CEE/Caixa avalia que o crédito dessa complementação serviria como forma de estímulo a todo o corpo funcional, sem o qual esses relevantes resultados não seriam obtidos.
A Caixa concordou com a antecipação, mas não definiu ainda data do pagamento, que será divulgada em breve.
REG/Replan
A reunião prosseguiu com a representação dos empregados formalizando protesto contra a reabertura do saldamento do REG/Replan, aprovada em reunião do Conselho Deliberativo da Funcef, com voto de minerva do presidente dessa instância, nomeado pela Caixa. Na ocasião, seguindo definição do Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais da Caixa, realizado em dezembro de 2009, os conselheiros eleitos pelos trabalhadores se manifestaram contrariamente à medida, pois fica clara a intenção da empresa de pressionar os empregados a abrirem mão do direito à livre opção de permanecerem no REG/Replan não-saldado, caso queiram aderir ao novo PCC. Nas atuais circunstâncias, a reabertura do saldamento é inoportuna. Tanto que quem continuar no antigo PCC, para não ter que mudar de plano de benefícios, ficará estagnado na carreira, sem qualquer possibilidade de progressão.
Os outros itens negociados na rodada desta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, foram os seguintes:
PCS: promoção por merecimento
A Contraf-CUT - CEE/Caixa cobrou do banco a definição dos critérios de avaliação de desempenho para a promoção por merecimento no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), relativos ao ano de 2009. O atraso nesse processo pode gerar inconvenientes para os empregados. Nas reuniões da comissão que trata do tema chegou-se a vários consensos, incluisve quanto a substituição do atual critério de distribuição que prevê um determinado grupo de empregados, com as menores notas, não recebam deltas, por um que estabeleça uma linha de corte em que todo empregado que atinja uma determinada nota receberá pelo menos um delta. Porém a Caixa ficou de verificar qual seria o impacto financeiro dessa proposta e dar um retorno, mas até o momento isso não ocorreu.
A Contraf-CUT lembrou ainda que a discussão sobre os critérios para 2010 deve ser iniciada assim que estiverem definidos os critérios para 2009, de forma a permitir que os bancários tenham conhecimento dos critérios antes da avaliação e possam adaptar sua conduta. A Caixa concordou com a demanda.
Condições de trabalho
A Contraf/CUT - CEE/Caixa cobrou a substituição dos exaustores instalados nas bancas de penhor. Segundo estudo contratado pelo sindicato dos bancários do Ceará, os equipamentos são inadequados para os objetivos propostos. A Caixa afirmou que está realizando estudos para resolver a questão.
Eleição para as Cipas
As entidades representativas cobraram novamente a realização de eleições para os representantes de Cipa. A Caixa afirma que não tem condições operacionais de implementar todas as Cipas ao mesmo tempo e propõe que as eleições sejam feitas em ondas. Para isso, a empresa ficou de apresentar à Contraf/CUT - CEE/Caixa uma sugestão de cronograma a ser analisado e aprovado pelos bancários.
Dias parados em 2007
A Contraf/CUT - CEE/Caixa voltou a cobrar a solução para os problemas decorrentes da prorrogação das greves de 2007 e 2008. Em relação à greve de 2007, quando a prorrogação aconteceu nas bases sindicais de Belo Horizonte (MG), Bahia e Sergipe, já havia sido definida uma fórmula em mesa de negociação para a solução da questão, da qual os bancários cobraram a implementação. Segundo a proposta, a Caixa irá devolver o dinheiro dos quatro dias descontados e abrir um prazo para compensação de um único dia. Esgotado o prazo, os bancários que não compensarem terão descontado apenas um dia. A empresa se comprometeu a verificar a implantação, mas não deu retorno. Quanto à greve de 2008, a Caixa não tem ainda solução para apresentar.
Reestruturação
Os bancários cobraram da Caixa esclarecimentos sobre as repercussões da implantação do Novo Modelo de Filiais, processo de reestruturação nas áreas meio. O modelo propõe um enxugamento nas áreas-meio do banco, fazendo com que muitas funções desapareçam e deixando muitos bancários sem seus postos de trabalho. Os empregados lembraram de problemas nas RET-PVs, que serão extintas pelo Novo Modelo, deixando os gerentes sem função.
Outra questão levantada é a relativa às Gipes que, segundo comentários, serão reduzidas das atuais 15 unidades para apenas cinco em todo país. Na avaliação dos trabalhadores, a mudança vai comprometer ainda mais o Saúde Caixa e os programas de Saúde do Trabalhador, coordenados nas Gipes. A reivindicação da Contraf-CUT - CEE/Caixa é que exista uma unidade responsável por saúde do trabalhor e Saúde Caixa em cada estado.
Os bancários cobraram que o banco apresente modelo para discussão. Os representantes da empresa comprometeram-se a encaminhar o pleito junto à área responsável.
Segurança bancária
Empregados registraram mais uma vez a necessidade de iniciar debate sobre as condições de segurança nas agências e correspondentes bancários. Os membros da CEE/Caixa destacaram ainda a reportagem veiculada no último domingo no programa Fantástico, da Rede Globo, que focou na falta de segurança das lotéricas e agências de Correio.
A Contraf-CUT informou ainda para a Caixa que a CUT está encaminhando, por iniciativa da Contraf em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) proposta de criação de uma Norma Regulamentadora (NR) sobre segurança no sistema financeiro.
Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA)
A Caixa informou que, até o momento, cerca de 1.250 empregados aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Segundo a empresa, 80% desse contingente encontram-se aposentado pelo INSS, dado que é bastante reduzida a adesão daqueles aptos a se aposentarem até a data de 28 de fevereiro de 2011.
O prazo para adesões encerra-se em 1º de março. Para o desligamento da empresa, o período estabelecido vai de 2 de março a 30 de abril.
Fonte: Contraf-CUT, com Fenae
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Lucro do Banco do Brasil atinge R$ 10,15 bi em 2009 e bate recorde do setor
Enquanto isso seus funcionários continuam recebendo salários baixos, muito baixos(nota do Blog)
da Folha Online
da Reuters
O Banco do Brasil registrou no ano passado o maior lucro da história do setor (R$ 10,148 bilhões), com alta de 15,3% na comparação com 2008. O Itaú Unibanco detinha a maior marca até então, com R$ 10,067 bilhões em 2009, considerando os bancos de capital aberto brasileiros.
Essas duas instituições financeiras e o Bradesco ocupam as dez primeiras posições no ranking de maiores lucros do setor, de acordo com cálculos da Economática, efetuados com os resultados ajustados pela inflação medida pelo IGP-DI até dezembro passado.
Lucro do Itaú Unibanco cresce 29% em 2009, para R$ 10,1 bilhões
Lucro da Caixa dispara no fim do ano, mas fecha 2009 com queda de 23%
Lucro do Santander Brasil salta 40% e chega R$ 5,5 bilhões em 2009
Lucro de 2009 do Bradesco foi o terceiro maior da década entre bancos
No quarto trimestre de 2009, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 4,155 bilhões, montante que equivale a um avanço de 41,1% em relação aos R$ 2,944 bilhões obtidos em igual período do ano anterior.
Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 1,819 bilhão entre outubro e dezembro, 11,9% maior que em igual intervalo de 2008. A estimativa média de nove analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 1,802 bilhão.
No final de dezembro, a carteira de crédito do maior banco do país era de R$ 300,829 bilhões, um incremento de 33,8% em 12 meses.
Essa evolução foi puxada pelo segmento pessoa física, cujos financiamentos deram um salto de 88,1%, para R$ 91,79 bilhões.
A inadimplência, medida pelo total de operações vencidas em prazo superior a 90 dias, atingiu 3,3% no trimestre, acima dos 2,4% de dezembro de 2008, mas menor que o pico de 3,6% alcançado em setembro.
Por isso, o saldo das despesas com provisões para perdas esperadas com calores encerrou dezembro em R$ 18,617 bilhões, 2,4% do que três meses antes, embora ainda 36,2% maior do que o de dezembro de 2008.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio --índice de rentabilidade de um banco-- evoluiu de 47,4% para 56,8% entre o quarto trimestre de 2008 e o de 2009. Em bases recorrentes, houve queda, de 24,5% para 22,5%.
As receitas com serviços no trimestre foram de R$ 3,61 bilhões, crescimento de 17,9% na comparação anual.
No fim de 2009, os ativos totais do BB somavam R$ 708,549 bilhões, ante R$ 521,273 bilhões um ano antes, um avanço de 35,9%.
da Folha Online
da Reuters
O Banco do Brasil registrou no ano passado o maior lucro da história do setor (R$ 10,148 bilhões), com alta de 15,3% na comparação com 2008. O Itaú Unibanco detinha a maior marca até então, com R$ 10,067 bilhões em 2009, considerando os bancos de capital aberto brasileiros.
Essas duas instituições financeiras e o Bradesco ocupam as dez primeiras posições no ranking de maiores lucros do setor, de acordo com cálculos da Economática, efetuados com os resultados ajustados pela inflação medida pelo IGP-DI até dezembro passado.
Lucro do Itaú Unibanco cresce 29% em 2009, para R$ 10,1 bilhões
Lucro da Caixa dispara no fim do ano, mas fecha 2009 com queda de 23%
Lucro do Santander Brasil salta 40% e chega R$ 5,5 bilhões em 2009
Lucro de 2009 do Bradesco foi o terceiro maior da década entre bancos
No quarto trimestre de 2009, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 4,155 bilhões, montante que equivale a um avanço de 41,1% em relação aos R$ 2,944 bilhões obtidos em igual período do ano anterior.
Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 1,819 bilhão entre outubro e dezembro, 11,9% maior que em igual intervalo de 2008. A estimativa média de nove analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 1,802 bilhão.
No final de dezembro, a carteira de crédito do maior banco do país era de R$ 300,829 bilhões, um incremento de 33,8% em 12 meses.
Essa evolução foi puxada pelo segmento pessoa física, cujos financiamentos deram um salto de 88,1%, para R$ 91,79 bilhões.
A inadimplência, medida pelo total de operações vencidas em prazo superior a 90 dias, atingiu 3,3% no trimestre, acima dos 2,4% de dezembro de 2008, mas menor que o pico de 3,6% alcançado em setembro.
Por isso, o saldo das despesas com provisões para perdas esperadas com calores encerrou dezembro em R$ 18,617 bilhões, 2,4% do que três meses antes, embora ainda 36,2% maior do que o de dezembro de 2008.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio --índice de rentabilidade de um banco-- evoluiu de 47,4% para 56,8% entre o quarto trimestre de 2008 e o de 2009. Em bases recorrentes, houve queda, de 24,5% para 22,5%.
As receitas com serviços no trimestre foram de R$ 3,61 bilhões, crescimento de 17,9% na comparação anual.
No fim de 2009, os ativos totais do BB somavam R$ 708,549 bilhões, ante R$ 521,273 bilhões um ano antes, um avanço de 35,9%.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Contraf-CUT e Caixa retomam nesta quarta negociações sobre jornada de trabalho
A Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal se encontram nesta quarta-feira, 24, às 11h, em Brasília, para nova rodada de negociações. Inicialmente marcada para o dia 10 de fevereiro, a reunião foi adiada a pedido do banco e representará a retomada das negociações permanentes, iniciadas no dia 22 de janeiro.
Entre os principais temas em discussão estarão a jornada de trabalho e os desdobramentos de conquistas da Campanha Salarial de 2009, como eleições para Cipas, saúde Caixa e comitês de combate ao assédio moral.
A reivindicação da representação nacional dos empregados é de jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução salarial.
Na rodada do dia 22 de janeiro, a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) denunciaram as más condições de trabalho nas agências e áreas-meio da empresa, provocadas principalmente pela falta de empregados nas unidades. A carência de mão-de-obra traz, em consequência, a extrapolação constante da jornada de trabalho.
Fonte: Contraf-CUT
Entre os principais temas em discussão estarão a jornada de trabalho e os desdobramentos de conquistas da Campanha Salarial de 2009, como eleições para Cipas, saúde Caixa e comitês de combate ao assédio moral.
A reivindicação da representação nacional dos empregados é de jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução salarial.
Na rodada do dia 22 de janeiro, a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) denunciaram as más condições de trabalho nas agências e áreas-meio da empresa, provocadas principalmente pela falta de empregados nas unidades. A carência de mão-de-obra traz, em consequência, a extrapolação constante da jornada de trabalho.
Fonte: Contraf-CUT
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Itaú Unibanco, Bradesco e Santander fecharam 9.902 postos de trabalho em 2009
Os três maiores bancos privados que operam no país (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) fecharam 9.902 postos de trabalho em 2009, apesar de apresentarem um lucro líquido superior a R$ 24 bilhões e de terem ampliado o número de agências e a base de clientes no mesmo período, segundo estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos balanços das empresas.
O Itaú Unibanco foi o que mais lucrou e o que mais cortou empregos no ano passado, fechando 7.176 postos de trabalho. O maior banco privado brasileiro tinha 108.816 trabalhadores em dezembro de 2008, após a fusão. Um ano depois reduziu para 101.640 bancários. O Santander cortou 1.652 empregos e o Bradesco 1.074.
"Os grandes bancos privados estão andando na contramão da economia brasileira. No ano passado, apesar do reflexo da crise nos primeiros meses, o Brasil criou 955 mil novos empregos. Não podemos aceitar que o sistema financeiro, que não foi atingido pela crise e continua com esse imenso lucro, reduza postos de trabalho. Os bancos precisam ter responsabilidade social e compromisso com o Brasil", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
A política de corte de empregos dos bancos privados também destoa dos bancos públicos, que estão contratando trabalhadores para fazer frente à expansão de suas atividades no mercado financeiro. Pelos acordos coletivos assinados pela Contraf-CUT com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal, que pôs fim à greve nacional de duas semanas que os bancários fizeram em 2009, as duas instituições assumiram o
compromisso de abrir 15 mil novos postos de trabalho (10 mil no BB e 5 mil na Caixa) até 2011.
"Com a redução do número de vagas e a expansão do número de agências e da base de clientes, significa que aumentará a carga de trabalho de cada bancário, que já é brutal, com impactos negativos na saúde dos trabalhadores", critica o presidente da Contraf-CUT.
Rotatividade para reduzir salários
Pesquisa realizada trimestralmente pela Contraf-CUT e pelo Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostra que, além de cortar postos de trabalho, os bancos privados estão utilizando a rotatividade de mão-de-obra para reduzir a remuneração dos trabalhadores.
Os desligados de janeiro a setembro de 2009 recebiam remuneração média de R$ 3.494,25. Já os contratados têm remuneração média de R$ 2.051,80, o que representa uma diferença de 41,28% - quase a metade.
"Os bancos querem reduzir custos cortando empregos e diminuindo a remuneração dos bancários. Tentaram fazer isso na campanha salarial do ano passado, quando quiseram reduzir a participação nos lucros e resultados (PLR) de toda a categoria para aumentar os bônus dos altos executivos. Os bancários tiveram de fazer a greve nacional de duas semanas para impedir o corte na remuneração", destaca Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
O Itaú Unibanco foi o que mais lucrou e o que mais cortou empregos no ano passado, fechando 7.176 postos de trabalho. O maior banco privado brasileiro tinha 108.816 trabalhadores em dezembro de 2008, após a fusão. Um ano depois reduziu para 101.640 bancários. O Santander cortou 1.652 empregos e o Bradesco 1.074.
"Os grandes bancos privados estão andando na contramão da economia brasileira. No ano passado, apesar do reflexo da crise nos primeiros meses, o Brasil criou 955 mil novos empregos. Não podemos aceitar que o sistema financeiro, que não foi atingido pela crise e continua com esse imenso lucro, reduza postos de trabalho. Os bancos precisam ter responsabilidade social e compromisso com o Brasil", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
A política de corte de empregos dos bancos privados também destoa dos bancos públicos, que estão contratando trabalhadores para fazer frente à expansão de suas atividades no mercado financeiro. Pelos acordos coletivos assinados pela Contraf-CUT com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal, que pôs fim à greve nacional de duas semanas que os bancários fizeram em 2009, as duas instituições assumiram o
compromisso de abrir 15 mil novos postos de trabalho (10 mil no BB e 5 mil na Caixa) até 2011.
"Com a redução do número de vagas e a expansão do número de agências e da base de clientes, significa que aumentará a carga de trabalho de cada bancário, que já é brutal, com impactos negativos na saúde dos trabalhadores", critica o presidente da Contraf-CUT.
Rotatividade para reduzir salários
Pesquisa realizada trimestralmente pela Contraf-CUT e pelo Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostra que, além de cortar postos de trabalho, os bancos privados estão utilizando a rotatividade de mão-de-obra para reduzir a remuneração dos trabalhadores.
Os desligados de janeiro a setembro de 2009 recebiam remuneração média de R$ 3.494,25. Já os contratados têm remuneração média de R$ 2.051,80, o que representa uma diferença de 41,28% - quase a metade.
"Os bancos querem reduzir custos cortando empregos e diminuindo a remuneração dos bancários. Tentaram fazer isso na campanha salarial do ano passado, quando quiseram reduzir a participação nos lucros e resultados (PLR) de toda a categoria para aumentar os bônus dos altos executivos. Os bancários tiveram de fazer a greve nacional de duas semanas para impedir o corte na remuneração", destaca Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Contraf-CUT cobra da Caixa antecipação do pagamento da PLR
A Contraf-CUT irá procurar a direção da Caixa Econômica Federal para reivindicar a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O banco divulgou balanço na última sexta-feira, 12, mostrando lucro em 2009 de R$ 3 bilhões, ultrapassando as previsões da própria empresa.
Segundo cálculos da subseção do Dieese na Contraf-CUT, os empregados da Caixa receberão a regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT) (90% do salário base mais R$ 1.024), mais uma PLR Adicional cujo valor ficará em torno de R$ 740 (dos quais R$ 532,90 já foram pagos na antecipação).
O pagamento da segunda parcela da PLR está previsto para março, de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT). Além disso, o acordo entre o banco e os trabalhadores prevê que a empresa garanta aos bancários um valor mínimo de PLR de acordo com o cargo ocupado pelo trabalhador, variando de R$ 4 mil até R$ 10 mil. Da PLR calculada com base no lucro auferido pelo banco em 2009, será descontada a primeira parcela já recebida pelos trabalhadores em 3 de novembro de 2009.
É importante lembrar que a Caixa optou por pagar antecipadamente a PLR integral em novembro de 2009. No entanto, as previsões de lucro disponíveis naquela ocasião e que foram utilizadas pelo banco para o cálculo trabalhavam com um resultado menor do que alcançado, levando a um redutor de 23% no valor pago aos bancários. Os empregados receberão agora a diferença entre os dois valores.
"Além da antecipação da segunda parcela, queremos discutir com a Caixa a criação de uma regra perene para a PLR dos trabalhadores. A fórmula apresentada pelo banco na campanha salarial de 2009 foi positiva naquele momento, mas não contempla as reivindicações dos trabalhadores. Defendemos uma regra mais justa, que contemple todos os trabalhadores de forma igual na distribuição dos resultados", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa).
Além disso, os bancários defendem que a regra leve em consideração o papel de banco público exercido pela Caixa. "A empresa teve um lucro menor neste ano por conta de sua correta atuação frente à crise internacional, com aumento do crédito. No entanto, essa mesma atuação fez com que a carga de trabalho dos empregados aumentasse muito. Isso precisa ser levado em consideração para o cálculo da PLR", afirma Jair.
Fonte: Contraf-CUT
Segundo cálculos da subseção do Dieese na Contraf-CUT, os empregados da Caixa receberão a regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT) (90% do salário base mais R$ 1.024), mais uma PLR Adicional cujo valor ficará em torno de R$ 740 (dos quais R$ 532,90 já foram pagos na antecipação).
O pagamento da segunda parcela da PLR está previsto para março, de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho nacional dos bancários (CCT). Além disso, o acordo entre o banco e os trabalhadores prevê que a empresa garanta aos bancários um valor mínimo de PLR de acordo com o cargo ocupado pelo trabalhador, variando de R$ 4 mil até R$ 10 mil. Da PLR calculada com base no lucro auferido pelo banco em 2009, será descontada a primeira parcela já recebida pelos trabalhadores em 3 de novembro de 2009.
É importante lembrar que a Caixa optou por pagar antecipadamente a PLR integral em novembro de 2009. No entanto, as previsões de lucro disponíveis naquela ocasião e que foram utilizadas pelo banco para o cálculo trabalhavam com um resultado menor do que alcançado, levando a um redutor de 23% no valor pago aos bancários. Os empregados receberão agora a diferença entre os dois valores.
"Além da antecipação da segunda parcela, queremos discutir com a Caixa a criação de uma regra perene para a PLR dos trabalhadores. A fórmula apresentada pelo banco na campanha salarial de 2009 foi positiva naquele momento, mas não contempla as reivindicações dos trabalhadores. Defendemos uma regra mais justa, que contemple todos os trabalhadores de forma igual na distribuição dos resultados", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa).
Além disso, os bancários defendem que a regra leve em consideração o papel de banco público exercido pela Caixa. "A empresa teve um lucro menor neste ano por conta de sua correta atuação frente à crise internacional, com aumento do crédito. No entanto, essa mesma atuação fez com que a carga de trabalho dos empregados aumentasse muito. Isso precisa ser levado em consideração para o cálculo da PLR", afirma Jair.
Fonte: Contraf-CUT
Assinar:
Postagens (Atom)